terça-feira, 31 de maio de 2016

Karetus- Wall of Love ft. Diogo Piçarra

terça-feira, maio 31, 2016 4 Comments

Ontem, dia 30 de maio, saiu o videoclip dos Karetus ft. Diogo Piçarra. "Wall Of Love" é o nome da música e promete ficar no ouvido de quem a ouvir.
A música é brilhante e o videoclip está simplesmente fantástico! Atrevo-me mesmo a dizer que não sei se gosto mais da música ou do videoclip porque estão ambos maravilhosos. Os Karetus e o Diogo mostraram, mais uma vez, que são artistas de mão cheia e que a música portuguesa merece todo o valor e mais algum. 
Oiçam este trabalho espetacular e ponham, nem que seja por cinco minutos, de parte a música estrangeira em prol do que é nosso! E é tão bom ter artistas assim em Portugal! :)

sábado, 28 de maio de 2016

Vasco Duarte: «A cultura musical no nosso país tem-se vindo a perder.»

sábado, maio 28, 2016 7 Comments
O gosto pela música já nasceu com ele mas foi-se manifestando ao longo dos anos.
Em 2008, Vasco Duarte fazia já parte de “Ossos do Ofício”, uma banda rock onde este era e é vocalista. Ainda no início deste projeto, Vasco chega a concorrer à “Operação Triunfo” mas ficou-se apenas pelos castings. Mas, em 2011, foi convidado a participar no programa “A Voz de Portugal”, sob tutela dos Anjos.
Mais tarde, ainda na área televisiva, participou no programa “Rising Star”, na TVI, onde teve mais uma vez a oportunidade de mostrar um pouco mais o seu talento.

Nesta entrevista, Vasco Duarte fala-nos do seu gosto pela área da música, das suas experiências e do que espera do futuro.


Quando te apercebeste desse teu gosto pelo mundo da música?
O gosto pela música já nasceu comigo, não me cheguei a aperceber pois esteve sempre lá. O meu pai também foi músico e o facto de ter crescido com instrumentos espalhados pela casa ajudou.

Qual foi o teu objetivo ao participares no The Voice Portugal, da RTP1?
Na realidade não tinha grandes objetivos nem expectativas na participação. A produção convidou-me através do meu canal do youtube e eu aceitei. Achei que iria ser vantajoso pela visibilidade que poderia ter.

Essa participação trouxe vantagens para o teu percurso musical?
Para dizer a verdade, não. Já lá vai o tempo em que os programas de talentos lançavam artistas. A maior vantagem que vejo na minha participação na primeira edição do The Voice foi ter conhecido o Sérgio e o Nélson Rosado que, com o tempo, se tornaram bons amigos meus e estão sempre lá. 

Mais tarde, ainda na área televisiva, participaste também no programa Rising Star, na TVI. Estavas à espera de alcançar tanto sucesso?
O sucesso em programas de televisão é muito relativo. Considero que atingimos o sucesso quando fazemos o que gostamos e somos bem sucedidos o suficiente para viver disso.
O que, infelizmente, não é o meu caso. E nem na altura o foi, quanto muito o even flow poderá ter sido uma atuação mediática por nunca se ter tocado um tema tão "pesado" num programa de televisão, nem em nenhum país, e em nenhum formato do programa alguém ter chegado aos 97%.

Foste um dos concorrentes mais votados ao longo do programa. De que forma o carinho do público te motivou a continuar após o programa ter terminado?
O carinho do público (pelo menos a maior parte dele) desaparece com a saída de um programa. Enquanto lá estamos somos "os maiores" e recebemos inúmeras mensagens de apoio que dizem que vão comprar cd's e vão aos nossos concertos, etc. Quando, na realidade, nunca vemos essas pessoas nos nossos concertos e a comprar o nosso trabalho. 
É desmotivante mas se não andasse na música há cerca de vinte anos e a dar concertos há dezasseis, se calhar ficava mais afetado com a atitude do público. Portanto, com ou sem programa, eu já fazia música há  muitos anos e não era por um programa de televisão que ia parar.


Porquê “Ossos do Ofício”?
É a nossa luta desde 2008, estamos a tentar vingar no panorama musical português, são os nossos "Ossos do Oficio".

“Há 8 anos que os Ossos do Ofício lutam pela música feita em Portugal e cantada em português”. Atualmente, como vês o panorama musical em Portugal?
Negro, muito negro. Estamos numa era em que se faz música descartável, em que 80% dos novos artistas são produto fabricado por agentes e "editoras", pouca originalidade, e o que realmente é bom e se faz com muito trabalho não sai cá para fora e tem as portas fechadas.
Dou-vos o exemplo dos festivais. 75% das bandas (estrangeiras) que são convidadas para os festivais nem se conhecem, nem o público que frequenta os festivais os conhece, e desses 75%, possivelmente 60% so têm um single que passa na rádio. Sendo assim, mais valia pôrem projetos nacionais de qualidade, desconhecido por desconhecido, ajudávamos os nossos! Ainda assim, os festivais estão sempre cheios com bilhetes a rondar os 80€ ou mais (sem contar com o que se gasta lá, mas para ir ver uma banda de originais num bar perto de casa com cartão de consumo de 5€ ja é caro.)
A cultura musical no nosso país tem-se vindo a perder. O mercado é muito culpado disso, mas as novas gerações também porque a boa música existe, só temos que procurar.

Oito anos depois, o que conseguiram alcançar durante estes árduos anos de trabalho?
Tirando 2 EP's, 1 álbum, 2 videoclips, um tema com a participação dos Anjos e muita estrada, acho que ainda não alcançámos nada. 

O que falta conquistar?
Tudo!

Para terminar, o que é que podemos esperar de ti no futuro e onde podemos acompanhar o teu trabalho mais de perto?
Eu vou continuar a fazer o que sempre fiz. Mantenho-me com Ossos do Ofício desde 2008 e vou-me manter enquanto houver força para tal. Estou também num projeto de covers que é Nuggyland, ambos os projetos têm facebook e é so ir à página, meter like, acompanhar as novidades e aparecer nos concertos.


Terminada esta entrevista, resta-me agradecer ao Vasco por ter aceite o meu convite e por toda a sua disponibilidade e atenção!




quinta-feira, 26 de maio de 2016

Fim do ano letivo e candidaturas à universidade

quinta-feira, maio 26, 2016 4 Comments
Olá, internautas!
Bem, como vos prometi, já publiquei o vídeo sobre a minha experiência na universidade. Espreitem :)



Deixem nos comentários do vídeo as vossas opiniões sobre a Universidade, em que Universidade estão e se estão a gostar da experiência. Se estão a terminar o secundário, digam que curso gostavam de seguir e coloquem dúvidas que tenham.
Até amanhã, pessoas! :D


quarta-feira, 25 de maio de 2016

Rodrigo Leão e Scott Mathew lançam novo videoclip

quarta-feira, maio 25, 2016 2 Comments
Ficou, hoje, disponível o novo videoclip de Rodrigo Leão e Scott Mathew. That's life é o nome do single que serve como ponto de partida para o álbum em conjunto que está por vir. 
Em 2011, Rodrigo Leão conheceu Scott Mathew. Este aceitou, de imediato, o seu convite para participar no álbum "A Montanha Mágica", e daqui surgiram uma série de outras colaborações entre os artistas. O aliar de um compositor português e de um cantor australiano só tinha tudo para correr bem e a prova disso é que esta colaboração já dura há 5 anos. 
Aos poucos, os artistas foram partilhando connosco algumas melodias e ideias que resultam agora neste álbum em conjunto. O álbum será lançado em Portugal e em Espanha em setembro, sendo que, em novembro, vai seguir-se uma digressão mundial. Este álbum é só mais uma prova de como a voz doce de Scott e as melodias encantadoras de Rodrigo Leão funcionam bem em conjunto. O primeiro single e vídeo deste álbum tem como nome That's life e promete ser um sucesso. 


That's Life é o novo single desta colaboração


No que diz respeito a Rodrigo Leão, este disco sucede-se a O Retiro, álbum lançado no ano passado que fez sucesso, não só em Portugal, mas também em Espanha e no Brasil.



terça-feira, 24 de maio de 2016

«E se fosse consigo?» Maus tratos a idosos

terça-feira, maio 24, 2016 4 Comments

"Maus tratos a idosos" foi o tema do programa "E se fosse consigo?", da passada segunda-feira. Um idoso e uma mulher que trata dele no meio da rua onde milhares de pessoas passam. A mulher trata mal o idoso negando-lhe água e chamando-lhe "velho caquético", afirmando que nem a filha quer saber dele porque ele é um chato. Os maus tratos e as palavras agressivas usadas pela mulher são mais do que suficientes para que a polícia tenha de ser chamada ao local mas são muitos os que passam e ignoram a situação. 
Por outro lado, fiquei bastante surpresa com algumas reações. Uma mulher viu a situação e seguiu caminho mas, passado uns minutos, volta com uma garrafa de água na mão para dar ao senhor e afirma que vai chamar a polícia. Quando se apercebe que tudo se tratava de um programa de televisão, a senhora começa a chorar e diz que lhe custou muito ver a forma como a mulher estava a tratar aquele idoso porque tinha perdido o seu pai há pouco tempo e acha absurdo que as pessoas sejam capazes de tratar assim uma pessoa mais velha. Muitos foram aqueles que passaram e disseram "um dia a senhora também vai chegar lá, vamos todos ser velhos". Uma coisa que me deixou a pensar. Há tantos velhos (e sim, eu digo velhos, porque ser velho não é uma ofensa, é uma dádiva) que são abandonados pelas suas famílias, maltratados e roubados. Será que as pessoas que os fazem não pensam que um dia vão estar na mesma situação? Também não se vão conseguir mexer, vão ter dores pelo corpo todo e, quem sabe, doenças que surgem com a idade. Eu acho, sinceramente, que as pessoas não param para pensar que, um dia, também elas vão precisar que alguém cuide delas, que lhes faça companhia e que lhes dê motivos para aproveitar os últimos dias da sua vida com um sorriso na cara. Mas parece que as pessoas se esquecem disso. Acham que vão ser novas e independentes para sempre. Acham-se donas do mundo e, por isso, os mais velhos já não importam. Mas importam sim. As pessoas que hoje são velhas, ontem foram os jovens que ajudaram o nosso país a evoluir, foram médicos, advogados, eletricistas, professores, e tantas outras coisas. Eles deram o seu contributo ao país e ao mundo e não merecem acabar a sua vida sozinhos e maltratados. Não depois de uma vida repleta de esforço e trabalho.
Os idosos não são um "peso". Como disse um senhor -e muito bem- no programa "os mais velhos são bibliotecas". E como qualquer biblioteca merecem ser preservados e valorizados porque é fácil abandonar, maltratar e desprezar. Difícil é dar amor e retribuir tudo aquilo que algum dia eles fizeram por nós.


segunda-feira, 23 de maio de 2016

Opinião «My girl»

segunda-feira, maio 23, 2016 6 Comments
My girl é um drama de 1991, dirigido por Howard Zieff.

Este é, sem dúvida alguma, um dos filmes que mais me comoveu até hoje. Daqueles em que é difícil conter as lágrimas e os suspiros emocionados. A história do primeiro amor, frágil e inocente mas já cheio de intensidade e de uma carga emocional enorme. O amor verdadeiro entre crianças, o mais puro e inocente de todos mas também aquele que nos marca para toda a vida. 
Este filme é a prova disso. Mostra-nos como o primeiro amor deixa marcas eternas. Aliás, este filme mostra que o amor não tem mesmo idade, duas crianças podem amar-se de forma tão ou mais verdadeira que dois adultos. Acho que é isso que distingue o amor na infância do amor na fase adulta: a inocência, a fragilidade, as não segundas intenções. Se querem ver um filme que vos emocione e vos faça relembrar aquele amor que tiveram na vossa infância, este é o filme ideal.
Esta história fala-nos de uma menina solitária, da sua relação com o seu melhor amigo e dos seus conflitos com a adolescência. O seu único e melhor amigo chama-se Thomas e é o típico menino posto de parte na escola e sem amigos. Com ele, Vada vive inúmeras aventuras, entre elas, o seu primeiro beijo. Para começar o verão da melhor forma, os dois sobem às árvores, o passatempo favorito de ambos. E é numa dessas aventuras que Vada propõe a Thomas darem um beijo para "saberem como é". O primeiro beijo de ambos provou-lhes que aquela amizade talvez fosse algo mais forte que isso, sendo que Thomas chega mesmo a dizer à amiga que quando fossem crescidos iriam casar. Mas até o amor nestas idades pode terminar da pior forma. Numa das aventuras deles na floresta, Thomas acerta num enxame de abelhas e, enquanto fogem, Vada perde o seu anel. Mais tarde, Thomas decide voltar ao anel para procurar o anel dela e poder fazê-la feliz devolvendo-lhe e mostrando o seu amor, mas as abelhas ainda estavam no local e atacaram o menino. Quando a polícia chega a casa do pai de Vada, ele corre para ir contar tudo à menina. Ela fica triste e diz que quer ver o melhor amigo mas é aí que se confronta com a dura realidade. O seu melhor amigo, o seu único amigo, o seu primeiro amor... tinha morrido. Thomas não sabia mas era alérgico a abelhas e as picadas delas desenvolveram uma reação alérgica que o impediu de sobreviver. Vada entra, então, num sofrimento sem fim que é amparado pelo seu pai. Mas a cena mais emocionante, mais surpreendente e que mais me tocou passa-se no velório do Thomas, quando Vada se aproxima e começa a falar com ele dizendo que ele tem de voltar para ela porque têm de subir às árvores juntos. Uma cena tocante e que me deixou sem palavras e em lágrimas.
Desta forma, não vos sei dizer ao certo o que mais me cativou neste filme, mas de uma coisa tenho a certeza: se há filme que mostra bem o que é o amor, este é um deles.

Já viram o filme? :)

domingo, 22 de maio de 2016

Música da Semana #40

domingo, maio 22, 2016 9 Comments

A Beyoncé é das minhas artistas femininas favoritas! Tenho uma enorme admiração por ela desde que me lembro de existir e considero-a mesmo uma diva, uma artista de mão cheia! De todas as suas músicas, a Halo vai ocupar sempre um lugar de destaque na minha lista de preferências porque, em pleno 2016, continua a ser uma das minhas músicas favoritas pela mensagem que transmite, pelo poder vocal da Beyoncé e pela beleza que lhe está implícita!

Também gostam da Beyoncé, internautas?


sábado, 21 de maio de 2016

Joaquim Cunha: «A música tem de ter algum significado, tem de mexer comigo.»

sábado, maio 21, 2016 3 Comments
Joaquim Cunha é um jovem que, aos 19 anos, decidiu mostrar o seu talento perante Portugal no programa Rising Star, na TVI.
Afirmando que “o gosto pela música surgiu no contexto familiar”, Joaquim não esconde a sua verdadeira paixão: o estilo grunge.

Nesta entrevista, Joaquim fala-nos da sua experiência no programa televisivo da TVI e do seu gosto pelo mundo da música.


De onde surgiu esse teu amor pelo mundo da música?
A música surgiu na minha vida por volta dos 11 anos quando eu comecei a ter o gosto por guitarras. O meu irmão já tocava naquela altura e eu queria seguir os passos dele. Lembro-me que o meu pai, quando era novo, também queria ser cantor e também me deu um empurrãozinho para conquistar algo que ele não conseguiu.

Que referências musicais mais te inspiram?
Para mim, a música tem de ter algum significado, tem de mexer comigo. O meu estilo preferido é o grunge mas se uma música me cativar não interessa o estilo.

Porquê o estilo grunge?
Foi um estilo que me ajudou a isolar e a pensar muito nas piores alturas, é um estilo de solidão e palavras sofridas e eu servia-o de amigo nas piores alturas.


Aos 19 anos decidiste participar no programa da TVI, Rising Star. O que te motivou a concorrer a um programa televisivo?
Queria experimentar, fui numa de me divertir e tentar chegar longe.

Já tinhas participado em algum concurso televisivo ou pensado fazê-lo antes?
Tinha participado noutro programa mas não fui ao casting.

Qual foi a fase mais difícil que viveste no programa?
A primeira gala, sem dúvida. Estava super nervoso e bastante ansioso.

O que sentiste quando tiveste de abandonar o concurso da TVI?
Fiquei triste porque achei injusto mas comigo é tudo tranquilo e como eu fui para me divertir...

Durante o programa referiste que esperavas que este te abrisse algumas portas para o mundo da música. Agora que já se passou algum tempo consideras que essas portas foram, realmente, abertas?
Abriram-se algumas mas nada de importante. Na altura trabalhava e não tinha muito tempo para me empenhar no ramo da música, que não é nada fácil.

O que é que tens feito na área da música desde então?
Neste momento, estou parado na música.

E no que diz respeito ao futuro, o que podemos esperar de ti daqui para a frente?
É assim, eu não posso prometer nada, mas que um dia irei me empenhar mesmo na música sim. Vou querer investir em instrumentos de estúdio e começar a fazer covers para me ajudar a ter visibilidade também. É para não parar!


Terminada esta entrevista, resta-me agradecer ao Joaquim por ter aceite o meu convite e pela sua disponibilidade para responder às minhas questões!


Gostaram de conhecer melhor o Joaquim? :)


sexta-feira, 20 de maio de 2016

Clube do coração

sexta-feira, maio 20, 2016 7 Comments

Sendo uma apaixonada pelo Benfica, hoje foi um dia repleto de emoções. Em primeiro lugar, fiquei super feliz porque o Benfica ganhou a Taça da Liga e foi, sem dúvida, merecido! E em segundo lugar, porque ver um dos meus jogadores preferidos em lágrimas me deixou de coração partido. Ter de dizer adeus ao Gaitán passado seis anos é, no mínimo, sufocante. A ele, só posso mesmo agradecer por tudo o que deu ao nosso clube ao longo destes anos e por amar de forma tão forte a camisola que trouxe sempre vestida e a águia que traz ao peito. Obrigado!

Quantos benfiquistas por aí? :)

quarta-feira, 18 de maio de 2016

«E se fosse consigo?» Violência no namoro

quarta-feira, maio 18, 2016 7 Comments

Violência no namoro foi o tema abordado no programa "E se fosse consigo?", da passada segunda-feira.
Sinceramente, de todos os temas que já foram apresentados este foi aquele em que eu estou mesmo à espera de ver mais reações por parte do público porque acredito que, quando se trata deste tipo de violência, as pessoas conseguem agir mais rapidamente do que com os temas dos programas anteriores. Isto passa-se porque os outros programas referiam-se, sobretudo, a preconceito (homofobia e racismo) e, nesse aspeto, acho que, infelizmente, ainda vivemos num país onde as pessoas dizem que "aceitam" mas lá no fundo não conseguem respeitar sequer. Neste caso, ver um namorado a agredir verbalmente e fisicamente a namorada em plena rua, fez com que muitas pessoas manifestassem o seu desagrado e algumas chegassem mesmo a chamar a polícia. Confesso que fiquei bastante contente com o que vi. Pessoas mais velhas, jovens, raparigas, rapazes e até mesmo pessoas de outras nacionalidades, não conseguiram ficar indiferentes quando viram um rapaz chamar nomes e gritar com a namorada enquanto lhe tentava tirar o telemóvel para ver as suas mensagens. "És mau rapaz", foi um dos comentários que uma senhora fez antes de ligar para a polícia. "Ela vem connosco", foi outros dos comentários proferido por um grupo de raparigas que tiraram a vítima do local. Como era de esperar, ainda houve muita gente que passou e ignorou a situação por não saber o que fazer mas o número de pessoas que decidiu ajudar a rapariga foi bastante superior. Deixou-me feliz. Feliz porque já se começa a perceber que os jovens já conseguem identificar situações de violência no namoro. Ainda há uma elevada percentagem de casais jovens que consideram que ver as mensagens do parceiro, decidir que roupa o parceiro não pode vestir ou impedi-lo de ver os seus amigos, não é violência. Mas é. E esta cena realizada por dois atores num jardim mostrou como um namorado exigir ver as mensagens do telemóvel da sua namorada, só por si, já é um ato violento. Por vezes esse é só o primeiro sinal da violência. Primeiro o telemóvel, depois os amigos, depois a roupa e por fim, o primeiro estalo. Às vezes isto é um ciclo. Aliás, a violência no namoro é um ciclo. É um "desculpa, não vai voltar a acontecer" que se vai repetir até que a vítima tenha coragem de pôr um ponto final nesta situação e pedir ajuda.
Mais uma vez, felicito a SIC por este programa excelente que nos mostra estas realidades. Cada programa me faz relembrar de que estas coisas existem e por vezes estão bem perto dos nossos olhos e nós não vemos porque somos demasiado distraídos ou então vemos e ignoramos. E é uma pena que estejamos tão preocupados com coisas secundários e que nos esqueçamos que há muitas situações destas a acontecer no nosso país e que a nossa ajuda é fulcral para que elas parem ou, pelo menos, abrandem.

Têm seguido o programa, internautas?

segunda-feira, 16 de maio de 2016

Divulgação

segunda-feira, maio 16, 2016 9 Comments
Olá pessoas! :p
Hoje trago um post que, provavelmente, vai agradar a muitos de vocês! Como vocês sabem, fiz há pouco o primeiro vídeo para o canal, como vos tinha prometido. Os vídeos com as histórias estão em andamento mas surgiu-me uma outra ideia. Gostava de utilizar um vídeo de 15 em 15 dias para promover os vossos blogs, ou seja, basicamente fazia vídeos onde falaria do vosso blog pessoal, de vocês e de tudo o que vocês quisessem partilhar sobre o vosso blog, e onde o daria a conhecer de forma a promover  a interação e partilha entre blogs!
Caso estejam interessados, enviem mensagem para a página do blog aqui que eu explico tudo o que terão de fazer para que o vosso blog possa participar!



Participem porque é uma ótima oportunidade de promoverem o vosso blog!

domingo, 15 de maio de 2016

Música da Semana #38

domingo, maio 15, 2016 7 Comments


Cry Me a River, do Justin Timberlake, foi a música que elegi como música desta semana! Por ter sido uma música que me acompanhou ao longo dos anos. Porque, após tantos anos, continua a ser uma das minhas músicas favoritas. Porque o Justin Timberlake é um artista de mão cheia. E porque o videoclip está, simplesmente, fenomenal! Não podia não atribuir este "título" a esta música fantástica!

Gostam da música, internautas?

sexta-feira, 13 de maio de 2016

Respostas #1

sexta-feira, maio 13, 2016 7 Comments
Olá Internautas!
FINALMENTE, e digo finalmente porque é mesmo "finalmente", respondi às vossas perguntas como tinha prometido neste vídeo. Peço mil e uma desculpas pela minha demora mas a minha vida académica não me permitiu fazer o vídeo mais cedo. Vão lá fazer a vossa visita, deixem comentários sobre o vídeo e as respostas e, se quiserem, subscrevam o canal porque vão ser postados mais vídeos em breve (a explicação está no final do vídeo).
Obrigada pela vossa participação e, acima de tudo, pelo apoio e pelas mensagens!



Bom fim-de-semana, internautas!


quinta-feira, 12 de maio de 2016

Personalidade da Semana #19: Pai

quinta-feira, maio 12, 2016 6 Comments

Hoje é um dia muito importante para mim. É o dia em que o meu pai completa cinquenta e cinco anos. Como tal, não podia não o considerar a personalidade desta semana. 
Todos os dias alguém diz "como o tempo passa!" e é bem verdade. Os anos vão passando e, hoje, ainda me lembro do dia em que festejei os quarenta anos do meu pai. Já se passaram quinze anos e as memórias continuam bem presentes. É engraçado as coisas que guardamos da nossa infância. Esquecemos a maior parte das coisas mas as mais marcantes ficam sempre na nossa memória, passem os anos que passarem. Sempre dei muita importância a aniversários, afinal é a comemoração de mais um ano que temos de vida, mas há aqueles que não consigo esquecer, de todo. 
Hoje, é mais um dia para nunca esquecer. Quando crescemos apercebemo-nos que os anos passam e nós envelhecemos e é nestas datas que fazemos um balanço de tudo e percebemos que não vamos estar cá para sempre. Desde que me tornei adulta, comecei a perceber isso a cada aniversário que celebrava e percebi que todos os momentos são escassos e devem ser bem aproveitados. Por isso, hoje estou aqui. Larguei tudo e todos, como faço todos os anos, e marquei presença no aniversário do meu pai, a pessoa mais importante da minha vida. Há coisas que não se compram e o amor das pessoas é uma delas. 
E eu amo o meu pai. E ele ama-me a mim. E nós amamo-nos mutuamente. E é fantástico poder celebrar com ele mais um ano! Desejos? Só desejo que este ano se multiplique por muitos outros porque quero-o aqui para acompanhar todas as etapas importantes da minha vida, como ele sempre faz. Obrigado pai, obrigado por tudo! E parabéns, mereces o mundo! <3

quarta-feira, 11 de maio de 2016

Carta a alguém que mudou a minha vida

quarta-feira, maio 11, 2016 3 Comments
Não é fácil. Nada disto é fácil. Mas também ninguém disse que era...
Quando era pequena achava que ser crescida era a melhor coisa do mundo e ansiava por isso. Agora que cresci dava tudo para ser uma criança outra vez. Voltar a brincar na rua, cair da bicicleta e ser levantada pelos meus pais, jogar às escondidas e fazer birra por coisas banais. Mas agora acabou. A rua, já não serve para eu brincar. Aliás, não me lembro da última vez que observei a rua. Quando somos adultos passamos por ela e nem paramos para olhar bem, vivemos tudo com pressa, sempre a correr porque queremos o melhor para nós quando, pelo contrário, quando éramos crianças reparávamos nos pormenores mais inimagináveis. Não havia coisa que nos escapasse mas agora o difícil é impedir que alguma coisa escape. Já não caio da bicicleta, aliás, já nem me lembro de como se anda de bicicleta sequer. As únicas quedas que sofro agora são as da vida, aquelas que ninguém quer mas pelas quais todas passamos. Os meus pais ainda tentam levantar-me mas, com o passar do tempo, tive de aprender a fazê-lo sozinha. Já não faço birras por coisas banais. Às vezes sinto que perdi o direito de fazer birra. A vida não deixa sequer que haja tempo para isso. Quando crescemos somos obrigados a deixar as birras, os amuos e as lamentações de lado. Se queremos sobreviver temos de ser fortes, de ferro e chorar sozinhos para que ninguém pense que somos fracos. É sempre assim, não é? É esta a lei da vida. Somos educados para sermos fortes. "Não faças isso porque te vais magoar", "Não chores, já não és um bebé". Mas e se eu me quiser magoar? E se eu quiser chorar até não poder mais? Porque raio tenho de ser forte o tempo todo? A vida tem valor mas nós temos muito mais. Será que aproveitamos realmente a vida quando vivemos constantemente sob stress porque temos milhares de coisas para fazer em tão pouco tempo? E se pudéssemos esquecer os problemas e seguir em frente sem pensar no que poderá acontecer a seguir?
Hoje, com vinte e um anos, percebi que há coisas mais importantes do que parecem. A amizade é uma delas. Todos nós conhecemos alguém num certo ponto da nossa vida que muda a nossa forma de pensar. Alguém que nos mostra que as quedas da bicicleta, as birras ou as brincadeiras na rua ainda existem só que em formas diferentes. Quando temos alguém que está ali para nós dia e noite voltamos a lembrar-nos da nossa infância e de que ainda somos aquelas crianças inocentes, simplesmente não nos lembramos. Não nos lembramos até que alguém nos faça lembrar disso. Alguém que seja tão importante para nós que sejamos capazes de dar a nossa vida por esse alguém. E aí, tudo o resto não interessa mais. Não importam os nossos problemas, não importa o tempo que temos para fazer tanta coisa, só importa o tempo que temos para poder dedicar a essa pessoa. Uma pessoa que te mostra que a amizade é a coisa mais forte do mundo e que não há nada mais importante do que ela. E é essa amizade que te vai fazer perceber que vale a pena parar na rua e observar a luz do dia, ver em vez de olhar, sorrir em vez de chorar. Uma pessoa que te faça rir e que te traga de volta a alegria de viver pode mudar a tua vida e fazer-te perceber que os problemas não são nada em comparação às coisas boas que a vida já te deu.
Ao longo da minha vida, sempre tive pessoas que me marcaram mas nem todas conseguiam entender o meu lado mais sombrio e triste. Mas, como sempre acreditei, há sempre alguém no mundo que te entende a 100% e que vai entender todas as tuas falhas e defeitos. E eu encontrei essa pessoa há um ano atrás. Alguém a quem eu desejo a maior felicidade do mundo, que merece o melhor do mundo e por quem eu dava tudo para ver sempre feliz. A ti, Cristiano, obrigada por seres uma das pessoas mais fantásticas que já conheci, o amigo que sempre pedi e nunca tive, a pessoa que se esforça por me entender e nunca me julga pelas minhas atitudes. Nunca deixes que te cortem as asas, nunca deixes que te façam desistir. És melhor do que aquilo que todos pensam e superior àquilo que imaginas. Um amigo é a coisa mais importante do mundo e ter-te na minha vida veio provar-me isso mesmo. Luta por ti, pelos teus sonhos e ambições e sê feliz como só tu mereces ser. Porque todos merecemos o melhor da vida pelas quedas que demos quando andávamos de bicicleta, pela inocência que tínhamos quando éramos crianças e por termos enfrentado tantas birras sozinhos no quarto. E tu, mais do que ninguém, mereces ver o arco-íris depois da tempestade. 
Porque todos temos alguém que nos faz mudar a nossa vida de uma forma fantástica. Porque todos temos alguém que nos levanta quando estamos prestes a cair e porque todos temos aquele amigo que nos dá 100 quando, por vezes, só conseguimos dar 50. É esse amigo que levamos para a vida e que guardamos em nós para sempre.

segunda-feira, 9 de maio de 2016

«E se fosse consigo?» Homofobia

segunda-feira, maio 09, 2016 4 Comments
Como ser humano com sentimentos que sou, há certas coisas que me incomodam e a homofobia é uma delas. Esta temática foi abordada no programa de hoje, E se fosse consigo? e não consegui ficar indiferente.
Numa paragem de autocarro, três atores puseram as pessoas à prova. Um casal de rapazes de mãos dadas e uma mulher que os insultava por considerá-los uma aberração causaram algumas reações nas pessoas que por lá passavam. O que mais me chocou foi mesmo ter ouvido as opiniões da maior parte das pessoas. Eu sabia que tínhamos muitas pessoas preconceituosas no nosso país mas nunca pensei que fossem tantas. Havia quem dissesse que eles podiam fazer o que quisessem mas consideravam a homossexualidade uma doença. Sinceramente, para mim, a homossexualidade não é uma doença mas a homofobia é. Não consigo mesmo conter a minha indignação quando oiço coisas como "coitados, eles não têm culpa de ser assim, é uma doença" ou "oh filho, isso não tem cura?". É irritante e ao mesmo tempo agonizante. O mundo não evolui, as mentalidades não evoluem, nada evolui. Fiquei ainda mais indignada quando ouvi uma senhora dirigir-se a um dos supostos homossexuais e dizer "não ligues meu filho, vocês são dois rapazes bonitos. Qualquer dia separam-se e arranjam duas raparigas jeitosas". Mas porque é que as pessoas acham que a homossexualidade se resolve empurrando o homossexual para cima de alguém hetero? Aliás, porque é que as pessoas pensam que a homossexualidade tem de se resolver? Não tem. E não tem porque não é um problema. É uma orientação e cada um tem a sua. As pessoas deviam deixar-se desse vício terrível que é criticar tudo e todos. Como uma jovem referiu e muito bem "o amor é para todos" e não devemos julgar ninguém pela pessoa que escolheu amar. Até porque não se trata de uma escolha, o amor acontece sem que o possamos controlar. 
Não me canso nem tenho vergonha de dizer que tenho orgulho e admiração por pessoas que enfrentam esta sociedade idiota em que vivemos e não têm problemas em admitir o que são. Não faz sentido nenhum haver pessoas a esconderem-se de si mesmas e a não aceitarem-se como são só porque sabem que a sociedade as vai excluir. Porque não são elas que estão erradas, é a sociedade. Esta sociedade mesquinha que vê maldade em tudo. Que sente nojo e raiva de pessoas só porque elas amam pessoas do mesmo sexo. É ridículo e sufocante. Dói-me na alma que hajam pessoas que não dão uma oportunidade de conhecer alguém só porque esse alguém tem uma orientação sexual diferente da sua. Até pode ser uma pessoa fantástica, das melhores que existem mas nunca vai ser vista dessa forma porque ninguém se dá ao trabalho de interrogar-se sobre a sua personalidade porque partem do princípio que essa personalidade está definida na sua orientação sexual. Mas não está. E tenho pena que haja tanta gente a não pensar assim. Na minha opinião, não devíamos sequer rotular as pessoas. Para quê chamar "gay", "lésbica" ou "bissexual"? Para quê estes rótulos? Pessoas gostam de pessoas e pronto. Se todos pensássemos assim e não arranjássemos nomes para tudo o mundo, certamente, seria bem melhor e não haveria tanto preconceito. O amor dá-se entre pessoas e pessoas amam outras pessoas, ponto. Não é preciso dar nomes a homens que amam mulheres e mulheres que amam mulheres. Somos todos pessoas e todos amamos. O facto de eu gostar de homens não significa que sinta repulsa por mulheres que gostem de mulheres. É amor e o amor é bonito em todas as formas. 
Por isto mesmo, acho que devíamos lutar todos juntos para mudar mentalidades. Não ter medo de defender e ajudar aqueles que estão em situações de exclusão por parte da sociedade. Aceitar cada um como é porque somos todos seres humanos e todos merecemos as mesmas oportunidades.

sábado, 7 de maio de 2016

Coimbra é tudo!

sábado, maio 07, 2016 6 Comments
Nunca fui muito boa a controlar as emoções mas sempre consegui conter as lágrimas quando queria contê-las. Guardava-as bem dentro de mim até estar sozinha no quarto e poder deitar tudo cá para fora.
Mas, com o passar dos anos, tudo mudou. Hoje em dia emociono-me com tudo e não consigo sequer impedir que as lágrimas caiam dos meus olhos nos momentos mais inapropriados e em que só quero ser forte. Coimbra é a principal culpada por isso. As emoções estão constantemente à flor da pele, e agora que estou a chegar à reta final do segundo ano da licenciatura é praticamente impossível não sentir um misto de sensações. É uma mistura de missão cumprida com uma saudade que já está a espreitar. É difícil ver pessoas que adoramos ir embora e saber que cada vez estamos mais perto de, também nós, seguir em frente. Sempre me disseram que seguir em frente é uma coisa boa e, de facto, é. Mas não há como negar que seguir em frente também é difícil, exige uma coragem enorme e uma força de vontade ainda maior. Não é fácil habituares-te a novas rotinas, a novas pessoas e a novos hábitos. E hoje, no último mês do meu segundo ano, já são muitas as memórias que me passam pela cabeça quando penso nestes dois anos que passaram. Tem sido uma semana muito emotiva e não me canso de agradecer a mim mesma por ter tido força suficiente para me manter aqui e por me deixar amar esta cidade e estas pessoas. 
Coimbra mudou-me. Coimbra tem sido uma força incrível. Coimbra é tudo. E agora? Agora é aproveitar a Queima e todos os momentos com as pessoas que mais adoro no mundo.

quarta-feira, 4 de maio de 2016

«E se fosse consigo?» Bullying

quarta-feira, maio 04, 2016 7 Comments
No post que fiz sobre o novo programa da SIC, E se fosse consigo?, uma leitora do blog sugeriu-me que fosse falando das temáticas abordadas em cada programa. Achei uma ideia super interessante porque considero que os temas abordados são da máxima importância porque nos alertam para vários problemas existentes na sociedade.
Assim, no terceiro programa, exibido na passada segunda-feira, o tema abordado foi o bullying. Confesso que, até agora, foi aquele que mais me marcou não só pelas reações das pessoas mas pelos testemunhos apresentados. Ouvir uma mãe falar do seu filho que se suicidou por ser vítima de bullying marcou-me de uma forma particular, sobretudo porque a direção da escola nunca alertou os pais do rapaz ou envolveu-se nesta questão por "medo". Por outro lado, o testemunho de jovens na casa dos dezasseis/dezassete anos deixaram-me completamente de rastos. A verdade é que achamos que sabemos tudo sobre bullying mas não sabemos. É sempre pior do que pensamos. Há jovens que passam por situações terríveis e inimagináveis, fazem queixa e não são ajudados porque "são coisas de crianças", ao ponto de crianças de dez, onze e doze anos tomarem anti-depressivos e medicamentos para se conseguirem aguentar e continuarem a estudar porque são muitos aqueles que não têm forças para continuar a sua vida. É incrível a capacidade que o ser humano tem de precisar de fazer alguém sentir-se inferior para se sentir melhor consigo mesmo. É uma dependência extrema do outro. É uma parvoíce total porque ao rebaixarmos os outros não estamos a ser superiores, muito pelo contrário, estamos a ser inferiores. Estamos a agir como animais selvagens tendo como diferença o facto de a natureza dos animais ser assim e a nossa poder ser uma opção nossa. Eu acredito que, quando nascemos, nascemos com duas faces: a boa e a má. Cabe-nos a nós mostrar e desenvolver aquela que queremos. Infelizmente, a maior parte das pessoas opta por escolher a face má e fazer coisas que não só as prejudicam a si próprias, como aos outros. E é isso que me revolta. Magoarmos pessoas inocentes, descarregarmos os nossos erros, falhas e frustrações nos outros. Há objetos próprios onde podemos descarregar a raiva. Os sacos de boxe foram feitos para isso mesmo, para serem pontapeados e agredidos. Se eles existem e servem para isto porque é que continuamos a escolher as pessoas? E digo "nós" porque já todos nós, em alguma altura da nossa vida, descarregámos as nossas frustrações em cima de alguém que não teve culpa nenhuma. 
A verdade é que, na minha opinião, o mundo e a sociedade só vão evoluir quando aprendermos a dar as mãos e a ajudar o outro. Ajudar a vítima de bullying mas também o agressor porque a vítima é quem mais sofre mas o agressor também precisa de ajuda. Ignorar estes casos é simplesmente ridículo porque os jovens que estão a ter "atitudes de criança" são os adultos do futuro. Aqueles que vão conviver com os nossos filhos, contribuir para o desenvolvimento (ou não) da sociedade e, sinceramente, não acredito que crianças com maus comportamentos que não sejam ajudadas consigam seguir um caminho bom. Porque elas escolheram a sua face má e cabe à família, aos amigos e aos educadores ajudá-las a encontrar o caminho certo onde fazer das outras crianças um saco de boxe não faz parte da lista de opções.

segunda-feira, 2 de maio de 2016

Programas de talentos

segunda-feira, maio 02, 2016 5 Comments
Como já se devem ter apercebido, sou uma adepta de programas onde nos são mostrados talentos que não sabemos que existimos. Acho que são bastante importantes no que diz respeito à valorização das artes e da nossa cultura. Mas a questão que se põe prende-se muito com o facto de valorizarmos mais uns talentos do que outros.
Na noite de domingo, doente e sem saber muito bem como me distrair, decidi ver a final do Got Talent Portugal, programa que estava a ser exibido na RTP1. Já tinha acompanhado as restantes galas e, portanto, já conhecia os talentos que se apresentaram na final. Muitíssimo justos, diga-se de passagem. No entanto, não posso deixar de manifestar a minha insatisfação perante os óbvios vencedores deste tipo de concursos. Este é, provavelmente, o único programa português em que podemos ver diferentes artes e diferentes talentos na área da dança, das artes circenses, da magia, entre outras. Aqui não há restrições e isso é fantástico. Já me sinto farta de programas televisivos em que só se valoriza o canto e mais nada. Mas a verdade é que o canto não deixa de ser a arte mais valorizada. E a prova disso está nesta final do concurso da RTP1. No meio de treze talentos, o vencedor foi, claro está, a voz. E não é que eu tenha achado injusto porque a vencedora canta extremamente bem. Mas, na minha sincera opinião, havia candidatos muito mais aptos a ganhar o concurso que talvez não o tenham ganho pelo seu talento ser considerado "inferior". 
Vivemos num país em que a voz vai sobrepor-se sempre à dança. A magia vai ocupar sempre um dos lugares mais inferiores na escala porque, afinal, entre uma voz brilhante e a magia, a voz ganha sempre, certo? Sinceramente, esta atitude deixa-me descontente. Adoro música, adoro boas vozes e adoro ainda mais pessoas que cantam com sentimento. Mas também acho essencial sabermos apreciar um bom grupo de dança. Dançar não é a brincadeira que toda a gente pensa que é. Exige horas de trabalho, noites sem dormir e um conciliar de horários e tempo incríveis. Mas, para a maioria das pessoas, cantar é que é difícil. Porque todos sabemos dar dois ou três passinhos de dança de vez em quando mas para cantar não temos jeito nenhum. Enganem-se. Há artes tão ou mais difíceis que o canto. As artes circenses causam nódoas negras no corpo todo, exigem horas de trabalho que levam à exaustão e uma força corporal incrível. A dança exige tanto amor quanto o canto. Ninguém dança sem colocar lá sentimento e paixão. E a magia exige esforço, dedicação, paixão e, acima de tudo, vontade e desejo de aprender. Fazer magia não é só "enganar as pessoas". É preciso saber fazê-lo de forma sublime e de forma a captar a atenção do espetador. E isso é do mais difícil que pode haver. Atualmente, não é qualquer mágico que consegue prender-nos a atenção, é preciso que ele marque a diferença e se destaque de tantos mágicos que já conhecemos. (E falo destas artes porque foram as que estiveram presentes neste programa)
Não tenho problema nenhum em admitir que, para mim, o vencedor deste concurso seria o João Souto. Não porque tenha mais talento que os outros ou porque esteja a levar isto para o lado pessoal mas porque eu sou a favor do fator "surpresa". Um vencedor deve surpreender-nos e destacar-se dos restantes concorrentes e, nesta final, o João fê-lo. Acho que ninguém esperava um número tão cheio de ritmo e tão natural como o que ele nos apresentou. Fazer magia não é fácil -e acreditem em mim porque eu já tentei-, ainda para mais quando se tem dezoito anos, porra. Magia como deve ser leva anos de aperfeiçoamento, treino e dedicação. Fazer magia não é só pegar num baralho de cartas e fazer uns truques. Fazer magia é muito mais que isso. Não é enganar as pessoas pelo truque em si mas pela forma como ele nos é apresentado. E para que isso aconteça há uma série de trabalho que se exige para que tudo corra bem. O João teve uma atuação menos boa antes desta última e conseguiu superar-se no passado domingo quando nos apresentou um número que nunca tinha sido apresentado neste programa português. Fazer magia é isto: é marcar a diferença, mostrar que a arte não é só a dança ou o canto. A magia também é uma arte, também é entretenimento e merece tanto valor como tudo o resto. Eu sou uma apaixonada por magia e não tenho vergonha de o admitir. Tenho um orgulho enorme em ver que há muitos Souto's por aí a lutarem por um lugar no mundo da magia. E não me custa nada admitir que admiro um miúdo de dezoito anos que consegue esforçar-se para conciliar a magia, que só por si dá imenso trabalho, à medicina, que também não é pêra doce. São estes jovens que vão fazer o mundo andar. Pessoas que, desde tão cedo, se dedicam ao que gostam e trabalham horas a fio para nos darem alguma coisa. Está na hora de valorizarmos aquilo que nos é mostrado. Deixar de dar tanto valor a coisas que não têm jeito nenhum e valorizarmos pessoas como esta, que se esforçam por um mundo onde as artes tenham o mesmo sentido e possam ser valorizadas. Porque as artes têm valor e são fabulosas! E porque, como o João Souto, há por aí muitos jovens que merecem ser reconhecidos pelo enorme talento que têm. 


domingo, 1 de maio de 2016

Música da Semana #38

domingo, maio 01, 2016 14 Comments

Desde pequena que me lembro de ouvir Queen na sala, sentada no colo do meu pai. Ele sempre foi um apaixonado e transmitiu-me um bocadinho dessa paixão. Se pudesse eleger a música dos Queen que mais me acompanhou ao longo da minha vida seria a Bohemian Rhapsody porque foi aquela que mais marcou a minha infância e da qual mais me recordo de ouvir com o meu pai. Acho que a música tem esse poder imenso de nos trazer recordações e de nos fazer criar laços afetivos ainda maiores. É impressionante eu pensar no meu pai e, consequentemente, esta música vir-me de imediato à cabeça por me recordar dele a cantá-la para mim, pela sala, quando eu ainda era uma miúda. E é tão bom ter estas recordações gravadas na memória!


Gostam de Queen, internautas?
Qual a vossa música favorita?

Até logo, Diamond!

Obrigada pela visita!
Volta Sempre :)