segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

É verdade, estou de volta!

segunda-feira, janeiro 29, 2018 5 Comments

Há cerca de quatro meses atrás, não sabia muito bem onde estaria agora. 
Há muitas pessoas que têm medo do futuro. Eu sempre tive uma certa curiosidade. Mas a verdade é que, em Setembro, pela primeira vez, senti medo. Depois de me licenciar não sabia o que se seguiria. Acho que só aí me mentalizei que era uma adulta e precisava de tomar decisões. E, bolas, eu odeio tomar decisões. Não é ter que as tomar, na verdade. Essa é a parte fácil. Difícil é conviver com o que quer que seja que tu decidas. "Se eu fizer isto e não aquilo e depois correr mal?", pensava eu. Por isso, durante o último semestre do meu último ano, a minha cabeça andava tão às voltas que pensei que não me ia conseguir licenciar por não ter cabeça para estudar sequer. Não sabia o que fazer a seguir. Na verdade, sempre soube o que queria fazer, o que me tirava o fôlego e aquilo que me ocupava o coração por inteiro. Só não sabia o que fazer para lá chegar. E se errasse o caminho? 
Quase no final do semestre, tomei a decisão de continuar a estudar. Sabia que a minha saúde não ia melhorar ao fazê-lo e que ficar sossegadinha no meu canto ou a distrair-me com outras atividades seria a melhor opção para o cansaço que o meu corpo já acusava. "Mas e a minha mente?", pensava eu. Sabia que se não continuasse, o meu psicológico iria ficar completamente apagado. Então segui o que o meu coração pedia e esqueci o resto do corpo.
No primeiro mês no mestrado tive a certeza de que era a maior sortuda do mundo por ter conseguido algo que queria tanto. Mas a carga de trabalho e o cansaço que me assombrava há 3 anos fizeram-me pensar, muitas vezes, que não ia conseguir. Tive medo de desistir quando lutei tanto para ali estar. Não conseguia concentrar-me nas tarefas porque o meu cérebro não conseguia pensar em nada. Estava exausta. Perto das avaliações decidi que não. Mas estava a gostar tanto de ali estar, não podia deixar as tarefas por cumprir. Então, contrariei-me. Contrariei o meu corpo e, mais uma vez, não deixei as minhas pernas falharem e treinei o meu cérebro a esperar mais um bocadinho até entrar em mood descanso.
Hoje, é dia 24 de janeiro e eu não podia estar mais feliz. Estou onde queria estar e a fazer aquilo que queria fazer. As noites em que adormeci a chorar de dores não se comparam às lágrimas que verti de felicidade por poder fazer aquilo que mais amo. Há tanta gente que não tem essa oportunidade, não é? 
A última semana foi a mais exaustiva que tive na vida. Como o cansaço não me deixou dar o que queria ao longo do semestre, deixei tudo acumular para a última semana. "Estou perdida. Não vou conseguir sequer entregar nada a tempo", pensei. Achei injusto estar a fazer o que me apaixona e correr o risco de não cumprir uma única tarefa das que me foram propostas. Até que me mentalizei que nem sempre tudo corre como queremos. Não podemos fazer tudo de forma organizada, a horas certas e no tempo a que queremos. Às vezes temos de adiar e pensar em nós. Descansar, chorar e pensar "será quando tiver de ser". Mas isso não significa que não vai acontecer. E quando me mentalizei disso, pus mãos à obra. A uma semana das entregas, levantei-me e decidi que ia não só fazer tudo o que tinha a fazer, como ia ficar orgulhosa do meu trabalho. Foi uma semana horrível, é verdade. Mas ao mesmo tempo tão, mas tão boa! Não falei com praticamente ninguém, não peguei no telemóvel mais do que uma hora por dia, não abri o facebook ou ouvi música. Fui só eu, a Sofia e o meu computador. E foi incrível! Cada palavra que escrevia me fazia sentir realizada. Vocês, que acham que as letras não interessam, nem imaginam a beleza que estão a perder. Conjugar palavras, construir frases, organizar pensamentos... É a melhor coisa do mundo. Dormi 4h por dia, adormeci a chorar todas as noites porque não aguentava as dores nas costas e o peso que tinha nos olhos. Os pássaros começavam a cantar e eu e a Sofia íamos dormir e, dali a 4h, lá estávamos nós outra vez. Comemos muitas vezes comida improvisada e fazíamos turnos para tomar banho. "Primeiro vais tu e eu faço isto e depois vou eu e tu fazes o resto", combinávamos. E resultou. Ao início desta tarde entreguei o último trabalho desta primeira fase e foi uma descarga de energia que ninguém imagina. E o melhor de tudo? Sinto que não podia estar melhor. Estou orgulhosa de mim mas, mais do que isso, estou orgulhosa do que eu e a Sofia fizemos juntas. Nunca conheci ninguém que lutasse tanto quanto eu. Sabia que se eu quisesse lutar seria difícil convencer outro alguém a ficar acordado até às 6h da manhã ou não comer em condições. Desistir é mais fácil quando "se pode fazer para o ano". Mas eu não gosto de desistir. E sabia que a minha parceira também não. E é por isso que eu nos amo. Porque somos lutadoras e juntas fazemos tudo. 
Não sei o que estaria a fazer se naquele dia tivesse desistido de enviar aquela candidatura e, sinceramente, não quero saber. Hoje, estou no sítio onde queria estar. Hoje, consegui fechar uma primeira etapa de muitas que ainda estão por vir. E agora, finalmente, vou dormir em paz e aproveitar o meu merecido descanso.


Isto tudo para vos dizer que, depois de umas semanas inativa, estou de volta ao blog <3

domingo, 14 de janeiro de 2018

quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

O uso de uniforme nas escolas

quarta-feira, janeiro 10, 2018 7 Comments


Há uns dias, li um artigo sobre o uso de uniformes nas escolas e a eventual melhoria que isso provoca na aprendizagem. Depois de fazer uma pesquisa mais aprofundada, percebi que há opiniões bastante distintas acerca deste assunto.
Há, então, quem defenda que usar uniformes na escola poderá contribuir para uma melhoria na aprendizagem. Mas até que ponto será isto verdade? Até que ponto o uso do vestuário influencia a forma como absorvemos todos os ensinamentos? Sinceramente, sou defensora da outra teoria. Penso que o uso dos uniformes por parte das escolas não altera ou favorece em nada a aprendizagem. Acredito que isso possa saber benéfico, sim, a nível social, na medida em que há a igualdade no que diz respeito à nossa aparência. Não há distinções entre “bem vestidos” e “mal vestidos” (que são denominações que nem sequer deviam existir) e todos se apresentam exatamente da mesma forma, não dando espaço a comentários de superioridade só porque uns usam Adidas e Lacoste e os outros não.
No entanto – e não digo que sou contra os uniformes porque, sinceramente, não penso que acarretem resultados negativos-, penso que mesmo deste ponto de vista da igualdade, os benefícios não são assim tantos. Isto porque, na minha opinião, não é camuflando os problemas que eles se resolvem. Há competição porque uns vestem roupas caras e outros não? Não é ao vestirmos todos os miúdos de igual nas escolas que isso vai mudar. Sim, treinamos a mentalidade deles e tentamos transmitir-lhes que isso não importa. Mas a escola é apenas uma parcela de uma vida inteira. Fora dela continuam a existir Adidas, Nike, Lacoste e tantas outras marcas que, para uns são indiferentes, mas, para outros, são uma meta a ser alcançada. Portanto, mais do que pelo vestuário (neste caso, os uniformes) essa mensagem deve ser transmitida por toda a comunidade e, obviamente, na educação. E até que ponto é que isso não passa exatamente por deixarmos cada um vestir o que quer? Não estaremos nós a combater um preconceito através de outro quando os “obrigamos” a vestirem determinadas roupas só para “estarem ao mesmo nível”?
Esta é uma questão que vai sempre gerar alguma controvérsia. Por um lado, defende-se o uso dos uniformes nas escolas e há quem acredite que isso devia ser uma regra a seguir em todas as escolas, públicas ou privadas. Por outro, há quem acredite que não há qualquer vantagem em tudo isto. No meio de tudo isto, a maior verdade é a de que continuam a existir preconceitos relativos ao vestuário. E essa é, certamente, uma das problemáticas mais difíceis de serem alteradas.

Publicado em Repórter Sombra

domingo, 7 de janeiro de 2018

Música da Semana #100

domingo, janeiro 07, 2018 11 Comments


Olá, Diamonds! Estou de volta e com a música número 100! 
Pois é, sei que desde que entrei para o mestrado não tenho tido muito tempo para vir aqui. No entanto, não posso deixar escapar um Domingo sem esta rubrica. E, em particular, hoje porque é o dia de eleger a música número cem do blog!
Pensei muito sobre qual foi, de facto, a música que me marcou mais esta semana. E a verdade é que a minha escolha recaiu sobre a "Risk it all" dos The Vamps. Andei a semana toda com ela na cabeça, cantei-a pela casa, no duche, no carro, em todo o lado. Adoro a letra, é simplesmente perfeita e a melodia é merecedora de estar nesta categoria do blog. Sei que muita gente não a conhece, por isso, espero que a oiçam com carinho e que vos transmita tanta emoção como me transmite a mim. :)

Até logo, Diamond!

Obrigada pela visita!
Volta Sempre :)