domingo, 31 de dezembro de 2017

terça-feira, 26 de dezembro de 2017

Estou de volta!

terça-feira, dezembro 26, 2017 6 Comments


Pessoal, voltei ao youtube e preciso de todo o vosso apoio. Estamos quase nos 100 subscritos e gostava muito de alcançar essa meta antes do ano acabar. Por isso, vejam o vídeo e, se gostarem, subscrevam o canal, deixem comentários e sugestões! :p
Mil beijinhos e BOM ANO! 

domingo, 24 de dezembro de 2017

sábado, 23 de dezembro de 2017

A curiosidade matou o gato… ou não!

sábado, dezembro 23, 2017 2 Comments

Já todos ouvimos o famoso ditado “a curiosidade matou o gato”. Este serve para nos alertar para o facto de a curiosidade nem sempre ser uma coisa positiva. Mas esse “nem sempre” pressupõe que há alturas em que a curiosidade é, de facto, uma coisa boa.
Uma delas está relacionada com os negócios. Ser curioso é, sem dúvida, uma característica que pode contribuir para uma carreira de sucesso. Isto porque os curiosos investigam, procuram as respostas para todas as suas questões e vão para além daquilo que é o conhecimento comum. E isso pode ser uma vantagem, uma vez que qualquer empregador procura a novidade. Alguém capaz de superar as expectativas e, acima de tudo, de se superar a si mesmo. E a curiosidade é um excelente ponto de partida para essa superação.
Se pesquisarmos a palavra “curiosidade” vamos, rapidamente, perceber que grande parte desses sinónimos são palavras negativas. “Intromissão”, “bisbilhotice” e “inconveniência” são algumas das palavras que se destacam nesta definição. No entanto, se olharmos bem, vamos reparar que também existe o oposto. “Raridade”, “preciosidade”, “singularidade” e “originalidade” são, também, sinónimos associados à curiosidade. E, no fundo, são estas as características que vamos tentando conquistar ao longo da nossa vida. E se procuramos ser singulares, originais e raros é porque temos consciência de que isso nos trará sucesso e, consequentemente, felicidade. Então porque é que não nos apercebemos que a curiosidade pode ser um ponto de partida para esse sucesso? Porque, grande parte das vezes, a associamos apenas ao seu lado negativo e nos esquecemos do positivo. No entanto, é extremamente importante entender as vantagens de se ser curioso.
Ser curioso é ter um olhar atento sobre o mundo. É aprofundar o que para os outros é superficial. É fazer a diferença. É questionar. Ser curioso é sinónimo de uma carreira de sucesso. Afinal, não será merecedor de uma excelente carreira aquele que questiona quando o resto do mundo exclama?


Publicado em Repórter Sombra.

domingo, 17 de dezembro de 2017

Música da Semana #98

domingo, dezembro 17, 2017 4 Comments


Adoro descobrir novos covers. Enquanto "passeava" pelo spotify, descobri este magnífico cover da música "Don't wanna miss a thing", dos Aerosmith. É das minhas músicas favoritas de sempre e nunca tinha procurado ouvir um cover dela. Mas encontrei esta união entre a Savannah e o Jake e adorei. Está linda!



quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

És a única coisa que me faz ter medo de morrer

quarta-feira, dezembro 13, 2017 4 Comments
És a única coisa que me faz ter medo de morrer.
Nunca temi a morte. Acho que há coisas que, quando não as podemos mudar, só temos de as aceitar. Por isso, sempre vivi bem e feliz e sempre soube que, se um dia tivesse de ir, ia realizada por tudo o que fui vivendo ao longo da vida. Mas depois chegaste tu. Chegaste de mansinho e viraste-me do avesso. Hoje em dia, não consigo sequer pensar em morrer. Não quero ir embora e não olhar mais para ti. Não quero não ver-te entrar por aquela porta com cara de quem não dormiu a noite inteira e só quer voltar para casa. Não quero deixar de sentir o teu perfume quando, num abraço profundo, te agradeço por me fazeres tão feliz. Não quero não estar aqui para te ver viver, porque ver-te viver é a maior felicidade que tenho na vida.
No entanto, mais do que eu morrer, assusta-me que tu morras. Às vezes penso nisso, sabes? A vida é tão curta e a morte passa-nos à frente tantas vezes. E depois penso que um dia tu podes não estar aqui. Podes estar feliz a conduzir sem destino e, no instante a seguir, não estares aqui porque alguém decidiu passar o sinal vermelho. Ou então o corpo pode falhar-te e os médicos não te salvarem a tempo. Às vezes penso nisso e choro, sabes? Imagino como seria olhar para ti numa cama do hospital enquanto a tua respiração ia ficando mais fraca até não respirares mais. E eu ali ao lado, com a consciência de que tinha tantas coisas para dizer que não disse. É isso que acontece quando alguém que amamos morre, não é? Lamentamos não termos dito, não termos abraçado, não termos amado o suficiente. A diferença é que eu lamento tudo isto contigo vivo. A diferença é que eu amo o suficiente, mas nem sempre o suficiente chega para abraçar sem medo.
Quando penso que a vida te pode levar sem avisar sinto uma dor maior do que a que sinto que a vida me pode escolher para ir embora a qualquer momento. Acho que é porque não consigo conceber a ideia de não te ver entrar por aquela porta, ouvir-te procurar a chave do carro dentro do bolso ou sentir o movimento dos teus lábios a esboçarem um sorriso quando digo uma parvoíce qualquer. É isso que me atormenta, sabes? Pensar que um dia tudo isso vai acabar e tu não vais estar aqui. E eu também não. E não vamos passar de memórias.

O mistério da vida é nunca sabermos quando não vamos estar cá. Dizem que, por isso, devemos sempre dizer aos que amamos que os amamos. Na falta de coragem para to dizer, escrevo-to. São 01:44 e não sei se amanhã acordo. Nunca sabemos. Por isso, quando eu já não estiver cá e a única coisa que sobrar de mim forem as memórias não te esqueças que foste a primeira pessoa que amei sem medida e continuaste a ser tu no meu último suspiro.

Texto da minha autoria publicado em Sabes Muito.

sábado, 9 de dezembro de 2017

Opinião: «À Primeira Vista»

sábado, dezembro 09, 2017 5 Comments
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"SINOPSE
Havia três coisas que Jeremy Marsh jurara nunca fazer: abandonar Nova Iorque, ceder à paixão, e, acima de tudo, ser pai.
Ironicamente, Jeremy vive agora na pacata cidade de Boone Creek, está perdidamente apaixonado por Lexie e aguarda com ansiedade o nascimento da filha de ambos. E nunca pensou ser tão feliz. Mas este estado de graça parece ter os dias contados. À medida que tenta integrar-se, o nova-iorquino apercebe-se de quão doloroso é abdicar dos seus hábitos urbanos. Talvez essa seja a razão por detrás do bloqueio criativo que o atormenta. Mas não é certamente a única razão ou, até, a mais importante… Embora tente ignorar as misteriosas mensagens que tem recebido e que questionam a integridade e lealdade de Lexie, Jeremy não consegue evitar relembrar o passado que tudo fez para esquecer."

Terminei de o ler há, sensivelmente, um mês. No entanto, só agora consegui arranjar um tempinho para vir partilhar esta experiência literária no blog. 
Como vocês tão bem sabem, o Nicholas Sparks é dos meus escritores favoritos (não fosse eu toda dada ao sentimentalismo), sendo que um dos meus objetivos de vida é, sem dúvida, ler todos os livros dele. Já vos trouxe aqui algumas resenhas e, desta vez, não podia ser diferente. No meio da livraria e numa secção repleta de livros do Sparks, escolhi este aleatoriamente. Não havendo um motivo específico para a escolha, guiei-me pelo meu instinto. E não me desiludi, como sempre. 
Em primeiro lugar, para quem não gosta de livros muito grandes, este é uma ótima escolha porque não é muito difícil de ler. Infelizmente, demorei mais do que pretendia porque tive de abdicar das leituras em prol de trabalhos para a faculdade e afins e acabei por me desleixar um pouco. No entanto, admito que é um livro de leitura bastante fácil e rápida, porque a escrita é bastante simples. As descrições a que o Nicholas tão bem nos habituou continuam lá mas, neste livro, de forma muito mais subtil. Aqui, a preocupação maior é descrever ao máximo a forma como o amor atua em nós como uma flecha, sem que consigamos controlar a forma como nos invade e a intensidade com que o faz. Jeremy e Lexie são personagens muito bem pensadas e o romance que vivem leva-nos a pensar que o que Nicholas quer, nesta leitura, é que percebamos esse amor. Mas, nas últimas duas ou três páginas do livro, percebemos que o objetivo não é bem esse. É quase como se andássemos o livro todo enganados acerca do amor de que Sparks nos fala. Jeremy e Lexie, pensamos. Mas percebemos que o amor mais intenso não é o de Jeremy por Lexie. É o de Jeremy para com outro ser. E isso é revelado assim que Sparks decide um futuro para Lexie completamente diferente daquele que estávamos à espera. E essa decisão é a prova de que o amor de Lexie foi importante, sim, mas para nos fazer chegar à conclusão final daquela história. Um amor usado para chegar a outro. E é isso que emociona neste livro: o final. O final que nos deixa de lágrima no olho. E o caminho que percorremos até lá chegar que, a certa altura, nos tira o fôlego tal é a ansiedade.
Por isso, se gostam de mistério, suspense, romance e drama, este livro é mais do que indicado porque contém tudo isso. É uma mistura de géneros incrível e capaz de provocar em nós as mais diversas sensações. Afinal de contas, onde está a magia de uma leitura se não nos sentimentos que nos provoca?

domingo, 26 de novembro de 2017

Música da Semana #97

domingo, novembro 26, 2017 3 Comments


Adoro o Calum e adoro esta música. E esta música na voz do Calum fica, simplesmente, perfeita. É daquelas músicas que parece que nasceram para a nossa voz, sabem? É incrível o arrepio que sinto sempre que oiço o Calum cantá-la. Não podia ser outra a música desta semana. Não podia não a mostrar a vocês. Oiçam e, acima de tudo, sintam.

sábado, 25 de novembro de 2017

Marcos Nogueira «É sempre bom partilhar as nossas vitórias com alguém que partilha o mesmo sonho.»

sábado, novembro 25, 2017 1 Comments
Por onde passam, partem corações, não fossem eles os HeartBreakers. No Factor X, programa da SIC, ficaram conhecidos como os “segundos Anjos”, mas foi no The Voice Portugal que ganharam asas ao lado do seu mentor, Mickael Carreira. Marcos e Rui Nogueira são irmãos e a música está-lhes no sangue. Juntos, formam uma dupla que precisa da música para viver.

Marcos Nogueira vive, ao lado do irmão, o sonho da música. A mãe é professora de música, o que contribuiu para que este “bichinho” só fosse crescendo ainda mais. Os Festivais da Canção deram-lhes experiência, e os concursos televisivos, visibilidade. Nesta entrevista, Marcos fala-nos do sonho da música e do caminho que os HeartBreakers têm vindo a traçar.

Fotografia: Carlos Carvalho

És mais HeartBreaker desde que participaste no The Voice?
(Risos) Claro que não. Acho que o The Voice, neste sentido, veio mostrar que cada vez mais temos trabalhado e, acima de tudo, nunca desistimos de lutar.

O que é que o programa te trouxe quer a nível profissional quer pessoal?
O nosso principal objetivo em participar no The Voice Portugal foi tentar mostrar ao público português todo trabalho e evolução que temos tido, sozinhos, ao longo dos anos e, ao mesmo tempo, o quanto queremos aprender cada vez mais! Este tipo de programas ajudam-nos sempre a evoluir enquanto pessoas e profissionais, pois exigem um esforço e dedicação acrescido da nossa parte para tentar superar todos os desafios que nos vão surgindo. Temos excelentes profissionais que nos acompanham e nos ajudam e é muito gratificante trabalhar ao lado deles. Vemos esta oportunidade como uma ajuda para lançar a nossa carreira como cantores e músicos e também na esperança de alguém nos “ajudar” nesta caminhada para a qual tanto trabalhamos e que é o nosso sonho, a nossa vida!

É mais fácil participar com um irmão do que sozinho?
São situações muito distintas. Desde sempre que tenho participado com o meu irmão neste tipo de programas pois sinto-me bem e mais seguro com ele ao meu lado. Nunca fui sozinho mas, por enquanto, não vejo necessidade de tentar.

O facto de terem uma mãe professora de música contribuiu para este bichinho?
Claro! Podemos dizer que a música está no sangue. Ela sempre foi um pilar base no nosso progresso e evolução.

O The Voice foi a vossa mais recente aparição televisiva. No entanto, desde 2002 que participam em vários festivais. Que prémios já conquistaram?
Sim, antes das nossas aparições em televisão, já cantávamos e participávamos em vários festivais da canção. Em 2002, foi a nossa primeira participação no “III Festival da Canção de Terras de Bouro”, organizado pelo Município de Terras de Bouro, onde ganhámos o prémio de melhor Música/Canção (Escalão Infantil). Em 2003, nova participação e novamente prémio de melhor Música e Letra (Escalão Infantil) no “IV Festival da Canção de Terras de Bouro”, organizado pelo Município de Terras de Bouro. Em 2004 e 2005, também consecutiva participação no festival da canção. E em 2011, fomos participantes na fase distrital final do concurso “Canta Comigo”, em Braga, promovido pela TVI.

E sabe melhor essas vitórias serem partilhadas com o teu irmão?
É sempre bom partilhar as nossas vitórias com alguém que partilha o mesmo sonho. E sendo o meu irmão melhor ainda.


 Rui e Marcos ao lado do mentor, Mickael Carreira

Regressando ao universo televisivo, em 2013 foram participantes da primeira edição do Factor X. Em que é que isso vos ajudou a regressar à televisão e a continuar a perseguir o vosso sonho?
Foi no Factor X (1ª edição) que começámos o nosso percurso juntos no mundo da música, ainda éramos um pouco inexperientes quando decidimos embarcar nesta aventura. Foi uma experiência muito gratificante, aprendemos muito e foi a base da nossa caminhada até aos dias de hoje. Ficámos conhecidos como os segundos “Anjos”, grupo musical composto pelo Sérgio e Nelson Rosado. Ficámos muito contentes pois, para nós, eles são um modelo a seguir! Não queremos ser uma cópia, mas sim um reflexo do que eles construíram juntos. Gostávamos muito que eles um dia nos pudessem apadrinhar para, quem sabe, sermos a sua segunda geração.

Como foi participar num dos concertos do Mickael Carreira?
Foi uma experiência única que jamais pensámos ter, tão cedo, na nossa jovem carreira. Pisar o palco de uma das maiores salas do país, e com lotação esgotada, foi qualquer coisa de fenomenal! Foi uma descarga de adrenalina enorme e, acima de tudo, o realizar de um sonho. Partilhar estes momentos com pessoas incríveis como os nossos colegas, e com o público que sempre nos apoiou, é indescritível! Agradecemos do fundo do coração ao nosso mentor do The Voice (Mickael Carreira) por ter confiado em nós e nos ter dado um oportunidade como esta. Um momento que iremos recordar para o resto da nossa vida.

Que conselho é que ele, enquanto mentor, vos deu que pretendem guardar pelo vosso percurso fora?

Acima de tudo, nunca desistir daquilo que realmente nos faz sentir vivos: a música!

E, atualmente, por onde é que vocês andam a partir corações? Onde é que vos podemos encontrar?
Temos atuado em desfiles de moda no distrito de Braga, porém, de momento, temos estado um pouco parados no que toca a concertos, pois estamos a trabalhar nos nossos originais.


Terminada esta entrevista resta-me agradecer ao Marcos por toda a disponibilidade e, acima de tudo, por ter aceitado o meu convite.



domingo, 19 de novembro de 2017

quarta-feira, 15 de novembro de 2017

terça-feira, 14 de novembro de 2017

«Jacaré»: a peça que junta Brasil e Portugal num só palco

terça-feira, novembro 14, 2017 4 Comments
Se pensarmos em subir a uma árvore para fugirmos de um jacaré parece-nos uma situação caricata e impossível. No entanto, na peça de Cláudio Torres Gonzaga, não há situações impossíveis.
Em “Jacaré”, um guia turístico e uma turista ficam presos no cimo de uma árvore quando tentam escapar da perseguição de um jacaré. Depois de muitos momentos tensos e divertidos chegam à conclusão de que só um poderá sair dali com vida. Mas quem?
Os atores são o humorista António Raminhos e a atriz Abbadhia Vieira, que nos vão falar um pouco acerca da peça.




A peça “Jacaré” estreia no próximo dia 16 de Novembro. O que é que nos podem dizer sobre ela?
Abbadhia: Primeiro, é um processo ricamente cultural, porque a peça original é uma peça totalmente em português brasileiro e essa adaptação para o português de Portugal foi muito curiosa, porque havia palavras que nós não conhecíamos. Eu não conhecia algumas expressões aqui de Portugal e o Raminhos não conhecia algumas palavras que estavam no texto, então, foi muito rico nesse aspeto. Depois, embora seja uma comédia, tratamos questões muito delicadas nesta peça como o valor da vida, quando estamos em perigo e quanto vale a vida de um ser humano.
Raminhos: A peça é sobre um guia turístico e uma cliente que, por acaso, enfrentam uma situação normalíssima, que consiste em ficarem os dois presos em cima de uma árvore, porque lá em baixo está um jacaré e eles não conseguem fugir. A peça acaba por ser quase uma luta entre duas pessoas para perceberem como é que eles podem sair os dois com vida dali. Portanto, é uma comédia ligeira que faz muito mais pensar sobre as decisões que temos de tomar na vida.

Pegando um pouco pelo facto de esta peça unir Brasil com Portugal, como é que surgiu a ideia de juntar a Abbadhia e o Raminhos?
Abbadhia: Nós temos em comum o autor e diretor da peça, Cláudio Torres Gonzaga, que, quando soube que eu estava a caminho de Portugal, me indicou o nome do Raminhos. Eu não conhecia o Raminhos e, quando cheguei a Portugal, apresentei-me e nós fizemos a leitura, conversámos e chegámos à conclusão de que era possível realizarmos esta peça aqui em Portugal. E faz parte dos nossos planos levá-la também ao Brasil.
Raminhos: A Abbadhia veio viver cá para Portugal e o Cláudio Gonzaga, há uns tempos, convidou-me. E eu como tenho aquela atração pelo abismo disse-lhe que sim. Ainda nem sequer tinha lido a peça e já estava a dizer “bora, vamos fazer”. Geralmente, eu tenho esta atração pelo abismo de fazer coisas que não estou habituado a fazer nem que seja para poder dizer “olha, pelo menos isto já fiz”.

Mas, geralmente, tem corrido sempre bem...
Raminhos: Sim, mas há sempre uma primeira vez para tudo! O meu maior medo é, obviamente, esquecer-me de falas ou de deixas. Até porque, eu tenho bem presente que a única peça de teatro que eu fiz foi quando andava no sexto ano. Eu fazia muitas peças e, então, há uma em que há uma fala que era de um ator e que passou para mim e eu só tinha de dizer “desde aqui da cidade do Olimpo, só vemos Barcelona” e eu disse “desde aqui da cidade do Olimpo só vemos Bruxelas” (risos).

O Raminhos está, pela primeira vez, a fazer teatro. Como se está a sair? (risos)
Raminhos: É horrível (risos). Horrível mas não é no mau sentido! O processo em si é gratificante, ou seja, estarmos a ensaiar e vermos as coisas a ganhar forma. No entanto, fazer as coisas muito bem e aprender a fazer as coisas, é horrível nesse sentido, porque é muito exigente. E, para além disso, eu continuo na rádio, tenho os espetáculos, tenho os eventos, tenho que ensaiar, tenho que aturar três miúdas em casa... (risos) Portanto, tudo isto faz puxar muito mais. Mas tem sido muito engraçado ver aquilo que no início são palavras em folhas ganhar forma.

E o facto de ser uma peça onde o humor está incluído não acaba por, também, facilitar um pouco as coisas?
Raminhos: Mais ou menos. Já tive peças que são misturas de stand up com teatro, mas aí eu tenho muito mais liberdade para improvisar. Agora, aqui, trata-se de uma peça de teatro escrita por um autor, neste caso, pelo Cláudio Torres Gonzaga, e ao ser uma peça escrita obriga a que esse improviso não possa ser assim tão grande. Eu tenho de dizer as coisas de determinada forma e com uma determinada intenção, o que acaba por não facilitar muito. Basicamente, eu estou cheio de medo (risos).

Para a Abbadhia, é fácil trabalhar com alguém com um sentido de humor tão apurado? Na medida em que a própria Abbadhia também está relacionada ao humor...
Abbadhia: Sim, sim. É um processo onde a cada ensaio a gente acrescenta alguma coisa de distinto que vai colaborar com a peça no sentido do humor. A dificuldade maior é que o Raminhos é uma pessoa acostumada a estar sozinha no palco. Então o processo mais delicado de adaptação foi fazer com que duas pessoas de humor que estão acostumadas com o humor solo, se adaptem agora a uma coisa de dueto e não um monólogo, que é uma coisa mais solo. Esse é o desafio, mas um desafio bom.

O Raminhos está habituado a atuar sozinho e agora tem de dividir o palco com outra pessoa. É complicado fazer essa divisão?
Raminhos: Não. Só é complicado mesmo nessa parte de termos de dar as deixas. Essa parte poderá, eventualmente, ser mais complicada. Mas nós damo-nos bem, criámos uma química engraçada, a Abbadhia é divertida, então, divertimo-nos bastante.

Voltando um pouco atrás, uma das coisas que a Abbadhia mencionou foi exatamente o facto de haver uma união entre Portugal e Brasil e de, no ensaio, haver uma dificuldade com a questão das palavras. Também sentiu essa dificuldade?
Raminhos: Nós temos mais facilidade porque vemos muitas novelas brasileiras, não é? Eu li a peça e falei com o Cláudio e disse que havia muitas coisas para alterar para o português de Portugal, porque não iam fazer sentido ou nós nem sequer usamos essas expressões. E, ao mesmo tempo, é muito engraçado porque às vezes eu estou a falar com a Abbadhia, fora dos ensaios, e parece que estou a falar com as minhas filhas porque de 30 em 30 segundos eu tenho de lhe estar a explicar o que é que lhe estou a querer dizer, porque há palavras que ela não percebe. Claro que eu lhe ensinei todas as asneiras possíveis e imaginárias (risos).

E, em média, quanto tempo demora uma peça destas a ser devidamente preparada e ensaiada?
Abbadhia: Eu cheguei aqui em Abril e estamos a ensair desde Maio/Junho. Tivemos alguns intervalos porque eu viajei, ele tinha as atividades dele mas, efetivamente, a gente está há três/quatro meses se preparando para isso porque, tanto ele quanto eu, temos outras atividades.


Porque é que as pessoas têm de ir ao teatro ver esta peça?
Abbadhia: Eu aposto 100%, no mínimo, pela curiosidade de ver um português e uma brasileira disputando o palco. Mas, para além disso, é uma experiência quase reflexiva porque vai fazer pensar. O cenário é diferente ao que as pessoas estão acostumadas, a situação não é uma situação comum, por isso, é uma experiência quase sensorial. Aí, somamos a estreia do Raminhos no teatro, uma brasileira que está cá há pouco tempo se acostumando com os sotaques, além de ser um espetáculo muito divertido.
Raminhos: Primeiro, porque é uma produção luso-brasileira muito simples e muito divertida. E, para quem gosta de mim ou tenha curiosidade, é a minha estreia no teatro. Espero que possa matar essa curiosidade nem que seja para me ver espalhar ao comprido (risos).



“Jacaré” é o nome da peça do conhecido humorista, Cláudio Torres Gonzaga, e tem estreia marcada para dia 16 de Novembro, no Teatro Armando Cortez, em Lisboa.


Por Cátia Sofia Barbosa in Miraonline.



domingo, 12 de novembro de 2017

Música da Semana #95

domingo, novembro 12, 2017 3 Comments


Na minha opinião, não há nada que transmita mais sentimento que o som. Sou uma apaixonada por som e, principalmente, se, com ele, vier uma mensagem tão forte como esta. Sempre adorei a voz da Alessia que, para além de doce, não é a típica voz de "diva" que toda a gente procura. É simples e é a prova de que o simples pode ser tão ou mais apaixonante que tudo o resto. Confesso que sempre que oiço esta música, oiço-a com todo o meu coração. É das mensagens mais bonitas que podem ser transmitidas. E se os artistas são, muitas vezes, vistos como um exemplo, então que o usem para fazer coisas bonitas como estas. Porque elas podem, de facto, mudar vidas. E tenho a certeza que esta música já mudou muitas. Well done, Alessia!



domingo, 5 de novembro de 2017

quinta-feira, 2 de novembro de 2017

Alfredo Costa: «Gosto de experimentar tudo o que sei que me aprofunda e alarga a existência»

quinta-feira, novembro 02, 2017 2 Comments
O primeiro som que ouviu foi Amália Rodrigues. A música sempre esteve presente na sua vida de uma forma ou de outra, mas foi no ensino secundário que percebeu que era isso que queria fazer para o resto da vida.

Alfredo Costa nasceu em Cabo Verde, mas veio para Portugal aos sete anos. Amante das palavras e da Arte, Alfredo afirma que “musicar as palavras é um desafio de estética muito interessante”. Assim, em 2015 decide mostrar a Portugal o seu talento através do programa The Voice Portugal. Fez parte da equipa de Marisa Liz e garante que o programa o ajudou a evoluir na forma de fazer música.



A minha vida é a palavra e a música que consigo fazer com ela”. Se a tua vida fosse um género musical, qual seria?
Seriam tantas quantos estados de espírito existem. Se estiver a jantar ou a ter uma conversa, Jazz. Se estiver a jogar futebol ou PS, rock/metal. Se estiver a escrever, o silêncio serve-me bem. Se estiver a ler sobre política, qualquer malha do Kusturica.

Em que altura surgiu esta paixão?
O primeiro som que me lembro de ouvir foi Amália. Habituei-me à presença da música ainda antes de a ouvir conscientemente. Acredito que essa presença acabou por cultivar essa paixão em mim. Acabei por dar por mim a cantar, sempre escondido, sempre com vergonha que a minha mãe (que cantava deliciosamente o seu fado) ouvisse. O momento exato em que essa paixão acordou definitivamente terá sido algures no secundário, quando tive de cantar, pela primeira vez, para um público: os meus colegas de Teatro. A expressão na cara deles disse-me tudo o que eu precisava de saber acerca do iria fazer para o resto da vida.

Sei que escreves poesia desde os treze anos. Achas que uma paixão acabou por influenciar a outra?
Surgiu quando me apaixonei a sério, pela primeira vez. A palavra escrita ajuda muito, quando a boca treme perante quem se ama. Mas a música, quando apareceu, ajudou-me a escrever melhor. Musicar as palavras é um desafio de estética muito interessante.

Já fizeste inúmeras coisas na área da música, da comunicação e da arte. És daquelas pessoas que não consegue estar parado?
Sou um apaixonado pelas palavras, pelo teatro, pela música e pelo poder construtivo de uma conversa. Tudo isto acaba por me levar a explorar várias artes. Gosto de experimentar tudo o que sei que me aprofunda e alarga a existência. Viver é, para mim, isso mesmo. Afrontar as fronteiras, nutrir e cultivar a arte que temos dentro. E é quando sais da zona de conforto que aprendes verdadeiramente e evoluis não só como profissional ou artista, mas essencialmente como pessoa.

Lutar e fazer: tem sido isso que te tem permitido continuar a lutar pelos teus sonhos?
Acreditar, fazendo. Lutar e resistir, quando as circunstâncias te puxam o tapete. A resiliência é o que distingue o capricho, da paixão. Cultivar o sonho. Criar. E nunca esquecer que “a sorte é um feliz encontro entre o talento e a oportunidade”.

Na imagem: Alfredo Costa e Luís Sequeira

“O mundo dos grandes continua a chamá-los, mas eles não atendem”. Como manter os pés bem assentes na terra num mundo tão conturbado?
Por mais que o mundo desabe e que isso até te possa mudar, de alguma forma (e muda, inevitavelmente), o importante é que essa mudança seja no sentido da aprendizagem, não da (des)evolução. Ou se ganha, ou se aprende. É essencial lembrar os princípios, a sensibilidade e o bom senso com que os nossos pais nos moldaram o caráter. E ainda que olhemos tempo demais para o abismo e que ele nos devolva o olhar, a memória do que éramos antes é a derradeira salvaguarda do nosso equilíbrio. Os amigos e a família também ajudam. 

Em 2015 foste finalista do The Voice Portugal. O que recordas desta experiência?
Maravilhoso. Primeiro a incredulidade. Depois a realidade. Entretanto a magia da concretização. A adrenalina de cantar em direto para quase 2 milhões de pessoas. O coração da Marisa. O carinho da produção. O carinho das pessoas, na rua. E uma mão cheia de bons amigos com a mesma paixão do que eu.

O que é que mudou desde então?
Talvez tenha evoluído na forma de fazer música. Não era um amador quando fui para o programa. Tinha cerca de 10 anos de música, estrada e palcos: lembro-me que meses antes tinha tocado para 20 mil pessoas. Porém, acredito que as conversas que tive com a Marisa, as interacções que partilhei com outros artistas, as pessoas que conheci, tudo isso ajudou-me a ganhar alguma coisa que, quero acreditar, me tornou melhor no que faço.

O que nos podes dizer sobre os Skills and the Bunny Crew?
Para já, nada. As coisas vão acontecer. No tempo certo.

Para quando o álbum a solo?
Comecei, pela primeira vez desde que tenho a banda, a tratar do meu projeto a solo. Senti que estava na hora. Está a dar-me pica que eu imaginava. Mas é algo para acontecer apenas depois da banda estar lançada. Cada coisa a seu tempo. Primeiro a banda. Depois eu.



Terminada esta entrevista, resta-nos agradecer ao Alfredo por toda a sua disponibilidade e atenção e, acima de tudo, por ter aceitado o nosso convite.

domingo, 29 de outubro de 2017

Música da Semana #93

domingo, outubro 29, 2017 5 Comments


Não há nada melhor do que vermos evoluções e crescimentos. O Niall é um desses casos. Acompanho-o há anos. A diferença do antes para o agora é que sempre o vi enquanto artista de uma banda. Hoje, consigo vê-lo como um artista solo completamente único. Sempre soube que esse dia ia chegar porque sempre acreditei no talento que o irlandês tinha para mostrar e que estava, algures, disfarçado. O momento chegou e a This Town será sempre a recordação do que é vermos alguém como o Niall voar e mostrar ao mundo que somos do tamanho dos nossos sonhos. 

sábado, 28 de outubro de 2017

Opinião: «The Boss Baby»

sábado, outubro 28, 2017 5 Comments
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Na semana passada, vi pela segunda vez este filme. Quando reparei que ainda não tinha escrito sobre ele aqui no blog fiquei chateada comigo mesma. Como assim ainda não vos tinha falado do The Boss Baby? É só dos meus filmes de animação favoritos! Está super bem conseguido e é um filme incrivelmente querido. Posto isto, e para vos abrir o apetite, vou falar-vos um pouquinho sobre este filme.
The Boss Baby é um filme de animação americano baseado num livro de Marla Frazee. Lançado em Março de 2017, conta com as vozes de Alec Baldwin e Steve Buscemi nos papéis principais e é dirigido por Tom McGrath.
No que diz respeito ao enredo, a história dá-nos a conhecer Tim, um menino de sete anos que é filho único e que vê a sua vida mudar com a chegada de um irmãozinho. A questão é que o irmão não é um bebé qualquer. Ele chega de terno e fala. Quando se apercebe disso, Tim faz de tudo para provar aos pais que o bebé não é de confiança e para expulsá-lo de casa. O que ele não sabe é que, para expulsar o bebé de sua casa, vai ter de se unir a ele.
Penso que, do ponto de vista da história, este filme é bastante interessante porque, para além de brincar com a questão "de onde vêm os bebés?", aborda de forma bastante sensível o que é ter um irmão e o que é que isso implica para os pais e para as próprias crianças. Tenho um irmão e sei o quão incrível é a sensação de partilha. O filme aborda bem essa questão, mas também aborda a questão dos ciúmes que uma criança mais velha sente quando a atenção que antes era totalmente sua passa a ser dividida com outro ser. E essa questão é muito bem apresentada pela personagem de Tim, que sofre bastante quando sente que o coração dos seus pais pode deixar de ter espaço para ele. 
Posto isto, e se são fãs de filmes de animação, recomendo vivamente que vejam este. É incrível e os personagens criados estão bastante interessantes. Para além disso, a própria história em si é deliciante. Tenho a certeza que não se vão arrepender! 


Já viram este filme?
Qual foi o último filme que viram?



domingo, 15 de outubro de 2017

Música da Semana #92

domingo, outubro 15, 2017 8 Comments


Sou super super fã do Shawn Mendes. Na minha opinião, tem uma das vozes mais bonitas de sempre e canta com um sentimento incrível! Ruin é uma das músicas que mais gosto de ouvir. Tem uma letra lindíssima e chega-me diretamente ao coração, motivo pelo qual é a música desta semana!



Aproveito para vos pedir desculpa pela minha ausência mas com o mestrado tem sido super complicado ter tempo para tanta coisa. Espero que continuem desse lado! <3

domingo, 1 de outubro de 2017

Remember Teen Wolf

domingo, outubro 01, 2017 5 Comments


Disse "adeus" à minha série favorita de sempre! Sou viciada em séries, como vocês bem sabem. E, por isso, sigo imensas. No entanto, nunca nenhuma superou Teen Wolf. É, de longe, a minha série favorita.
Há uma semana vi-a ter fim. Não consegui ver logo o último episódio porque não estava preparada para dizer aos meus atores favoritos e às melhores personagens alguma vez inventadas. Entretanto, vi-o duas vezes. Precisei de me despedir duas vezes e, mesmo assim, não o sinto como uma despedida. Há três anos, estas personagens entraram na minha vida e depositaram-lhe mais alegria, fantasia e magia. Acima de tudo, ensinaram-me a acreditar. E acreditar é tão raro hoje em dia. Amo a ficção por isso mesmo. Porque, apesar de ser ficção, mostra-nos exatamente aquilo que a vida devia ser e tantas vezes nos esquecemos. E, depois de Teen Wolf, a minha vida ganhou um novo rumo. Hoje, acredito que a nossa força vence tudo. Sou mais corajosa graças ao Scott e mais divertida graças ao Stiles. Tenho uma personalidade forte como a da Lydia e sei ser fria quando é preciso como o Theo. Tenho a sensibilidade do Liam e a valentia do Derek. Na verdade, retirei um bocadinho de cada personagem e depositei-a em mim, afinal, às vezes só precisamos de um empurrãozinho para descobrirmos aquilo que, de facto, queremos ser. E, outras vezes, esse empurrão está na ficção e naquilo que brilhantes atores nos contam através de fantásticos personagens.
Obrigada Jeff, por esta série! E obrigada, Teen Wolf, pelas lições de vida e de amizade!



domingo, 24 de setembro de 2017

Música da Semana #91

domingo, setembro 24, 2017 3 Comments



Já acompanho o Niall há muitos anos. Os One Direction fizeram parte da minha adolescência e, ainda hoje, vou ouvir aquela música quando sinto aquela saudade. Continuei a acompanhá-los nos seus percursos a solo. Esta música faz-me sentir calma e voltar aos tempos em que não me preocupava com nada. Faz-me ter memórias e sentir-me em casa onde quer que esteja. É das músicas que mais oiço ultimamente e, agora, a música da semana.




quinta-feira, 21 de setembro de 2017

Realizações de 2017 #8: Colocação em Mestrado

quinta-feira, setembro 21, 2017 9 Comments
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Terça-feira regresso à cidade do meu coração. Há uns tempos escrevi um post sobre o facto de querer que Coimbra me recebesse de novo. Na segunda-feira, ao acordar, tive a melhor notícia de sempre: fui colocada em Mestrado. 
Quando concorri, concorri só para Coimbra. Passei o último ano da Licenciatura a ponderar e cheguei à conclusão de que não queria lugar nenhum a não ser a FLUC. Infelizmente, não o consegui à primeira. Mas insisti porque acho que somos do tamanho dos nossos sonhos. Assim, tentei mais uma vez e o resultado foi positivo. A prova de que nunca devemos desistir daquilo que realmente queremos. Vejo, assim, começar uma nova etapa na minha vida: o Mestrado em Jornalismo e Comunicação, na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. A faculdade que me viu nascer e aquela que fez de mim o que sou hoje.
Estou tão feliz e ansiosa que nem imaginam. Agora, desejem-me sorte. Sinto que vou precisar.


Nunca desistam daquilo que querem!


terça-feira, 19 de setembro de 2017

Mulher para presidente? Não!

terça-feira, setembro 19, 2017 9 Comments


Colocaram-me a questão: “porque é que um homem teme uma mulher para presidente?”. Tentei refletir e encontrar uma resposta certa para essa pergunta, mas percebi que não a tinha. Lembrei-me, então, de um título que li algures “homem não teme mulher independente, mas teme mulher autónoma”.
A verdade é que, durante muitos séculos, a  mulher foi sustentada pelo marido. Era vista como incapaz e impotente. E, atualmente, as coisas já não funcionam assim. As mulheres ganham o seu próprio dinheiro e são independentes. Mas penso que não seja a independência o que mais assusta os homens, mas a autonomia. Sim, porque autonomia e independência são duas coisas distintas. Enquanto uma mulher independente pode não ser autónoma, uma mulher autónoma vai ser sempre independente. Isto porque vai à luta, procura, investiga, toma iniciativa e não tem medo de mostrar que não precisa de ninguém para se afirmar.
Ora, partindo deste princípio, talvez se encontre uma possível resposta para a difícil questão colocada no início deste artigo. Quando uma mulher decide que quer ser presidente é, claramente, autónoma. Aliás, é dos maiores atos de autonomia que podem existir. É o querer ir mais além, é o querer governar. E se uma mulher que tem autonomia quanto a si mesma já assusta um homem, imaginem com autonomia quanto a um país inteiro. Isso, aliado ao facto de a mulher já ter sido dependente e vista como um ser inferior, assusta. Nem todos os homens estão habituados ou aceitam que o estatuto da mulher tenha mudado ao longo dos anos. Alguns ainda a encaram como incapaz de assumir algumas funções, funções essas que, para eles, são funções apenas de homens. E quando uma mulher tenta assumir essas funções, nem todos estão de acordo.
Posto isto, penso que a questão “porque é que um homem teme uma mulher para presidente?” vai ser sempre difícil de responder. Acho que nem os próprios homens têm a resposta certa para essa pergunta. Mas também penso que é exatamente por aí que temos de começar a refletir. Não será que o facto de não termos resposta para essa questão já é, por si só, uma resposta?

Publicado em Repórter Sombra.


domingo, 17 de setembro de 2017

quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Sara Madeira: «Sinto que já nasci com uma grande paixão pela arte em geral.»

quarta-feira, setembro 13, 2017 9 Comments
Em 2009, vimo-la ganhar asas no programa Uma Canção Para Ti. A “voz limpa” da Sara não passou despercebida ao público, que contribuiu para que a jovem chegasse às meias finais do concurso da TVI. Mas a sua paixão pela música –e pelas artes em geral- não a deixou desistir e, atualmente, Sara Madeira é vocalista da banda Secret Lie, primeira banda portuguesa a alcançar o top internacional da Balcony TV.
Para além da música, Sara está também ligada ao teatro. E, nesta entrevista, fala-nos de todos estes aspetos e, sobretudo, de todo o seu percurso no mundo artístico.




Estás ligada à música e ao teatro. Sentes que nasceste para ser artista?
Sinto que já nasci com uma grande paixão pela arte em geral. Não só pela música ou pelo teatro. Adoro dança, apesar de não ser de todo o meu dom, mas também pela pintura. Adoro pintar sempre que tenho tempo livre, por isso estaria sempre envolvida neste meio que é o que mais me apaixona.

O que é que ser vocalista de uma banda te tem ensinado?
Tem-me ajudado muito no meu desenvolvimento profissional e pessoal, obviamente. Sempre fui tímida em ambientes que desconheço, e um concerto é uma exposição, é estar num espaço novo a actuar para pessoas que nos admiram mas que não conhecemos. Foi preciso crescer e ter uma certa coragem e disponibilidade, que teria de adquirir mais tarde ou mais cedo, visto que tanto na música como no teatro é fundamental.

E como surgiu essa oportunidade de seres vocalista dos Secret Lie?
Fiz um casting no Teatro São Carlos, na altura dos Santos Populares. Lembro-me perfeitamente. Estava muito descontraída porque, na realidade, não esperava de todo ser escolhida, tinha 16 anos e estava a "competir", digamos, com vozes muito mais maduras e com uma experiência que eu não tinha. Pelos vistos era exactamente isso que eles procuravam, o que foi óptimo para mim.

Numa palavra, como definirias o vosso percurso?
Posso utilizar duas? Rico e complicado.

Hoje em dia, ainda há muita gente a abordar-te como sendo a “Sara do Uma Canção Para Ti”?
Hoje em dia já não. Na altura lembro-me que foi uma febre, e era estranho porque éramos crianças e andávamos sempre juntos. Mas ao mesmo tempo achávamos muita piada a esse reconhecimento e a esse "cheirinho" do que é ser conhecido.

Quando olhas para trás e regressas a esse tempo, que memórias se sobressaem?
O descobrir do mundo por detrás das câmaras, a loucura que era estar em bastidores, ser maquilhada e penteada ao lado de caras que conhecemos da televisão e que acompanhamos. Tive o prazer de cantar com Simone de Oliveira, Anabela e Fernando Tordo, grandes nomes que sempre admirei, acompanhada de uma orquestra de músicos extraordinários. E, claro, todos os amigos que fiz e que se mantêm até hoje e que com certeza serão meus amigos para sempre!




Em que é que o programa foi benéfico para te ajudar a chegar onde estás hoje?
Eu digo sempre que tudo começou com o programa. Foi o empurrão e a ajuda que precisava para fazer o que já faço hoje em dia. Foi a primeira vez que cantei em público, e acho que esse choque foi necessário. Conheci muitas pessoas com quem já trabalhei entretanto e aprendi muitas coisas que me são indispensáveis hoje em dia.

E o teatro: em que momento surge na tua vida?
Sempre fez parte dos meus objectivos, mas só apareceu mesmo quando entrei na universidade.

Estas duas áreas acabam por completar-se na tua vida profissional. No entanto, preferes que as pessoas te recordem como a Sara cantora ou a Sara atriz?
É uma boa questão! Se conseguir ser mesmo boa nas duas áreas prefiro que me recordem como actriz cantora!

Para além da voz, o que é que tu e a Vaiana têm em comum?
Temos as duas pêlo na venta (risos) e não ficamos felizes com um "não", somos teimosas e determinadas e queremos sempre ver mais além do que nos é imposto. Sonhamos muito e achamos que conseguimos mudar o mundo!




Terminada esta entrevista resta-me agradecer à Sara por ter aceitado o meu convite e, acima de tudo, por toda a disponibilidade e simpatia.

Até logo, Diamond!

Obrigada pela visita!
Volta Sempre :)