domingo, 29 de novembro de 2015

Música da Semana #18

domingo, novembro 29, 2015 11 Comments


Como já devem ter percebido, eu adoro a Sia. A verdade é que ao longo destes dias, a música Elastic Heart não parou de tocar no meu telemóvel. Adoro e estou completamente viciada!
Identifico-me bastante com esta letra talvez porque, tantas vezes, penso que tenho um coração elástico. Às vezes é complicado sentir os puxões mas a verdade é que ele continua aqui e enquanto temos coração sentimos, sofremos e aguentamos, até ao fim.

O que acham desta música?
Gostam da Sia?

sábado, 28 de novembro de 2015

Diogo Piçarra: « Acho que com uma boa base de fãs, um bom reportório e espetáculos inesquecíveis se consegue criar uma carreira sustentável.»

sábado, novembro 28, 2015 16 Comments

Diogo Miguel Ramires Piçarra é um jovem cantor natural de Faro que, aos 25 anos, está a viver o seu sonho no mundo da música.
Desde cedo, Diogo, deu os passos necessários para lutar pelo seu sonho através da participação em alguns programas televisivos mas, foi no ano 2012, que a sua vida mudou. A passagem pelo programa Ídolos, onde se sagrou vencedor, abriu-lhe muitas portas. Esse foi só o começo de uma carreira que tinha tudo para dar certo. Assim, aproveitou a London Music School –experiência concedida pela sua participação no programa- para aprender produção musical, piano e teoria musical.
Quando regressou a Portugal, o jovem artista trouxe consigo todo o seu talento, os números começaram a crescer e o sucesso a aumentar. No youtube já são mais de 77 mil subscritores e  mais de 11,9 milhões de visualizações nos seus vídeos. No VEVO, conta já com mais de 26.400 subscritores. No Facebook já ultrapassou a marca dos 149.000 seguidores sendo um dos artistas mais procurados pelo público português.
Nesta entrevista, Diogo fala-nos um pouco acerca da forma como gere todo este sucesso, do seu gosto pela música e dos seus projetos futuros.


O que te inspirou para o caminho da música?
A música entrou na minha vida de uma forma muito espontânea e natural. Em 2005 lembro-me de falar com os meus pais sobre o desejo de aprender um instrumento e, imediatamente, eles levaram-me a um vizinho ali perto que dava aulas de piano, bateria e guitarra. A partir daí, a música tomou conta da minha vida.

Consideras que o facto de teres sido vencedor do programa Ídolos te abriu muitas mais portas para conseguires realizar o teu sonho?
Admito que o Ídolos abriu-me uma pequena janela para alcançar aquilo que eu sempre quis: uma carreira e vida repleta de música. No entanto, fui eu quem teve de encontrar as chaves certas para abrir essas respectivas portas.

Espelho, o teu álbum de estreia mostra-nos a tua veia de compositor /autor. O que te inspirou a escrever as canções para este álbum? Que mensagem querias deixar a quem o ouvisse?
A partir do primeiro dia de aulas de guitarra comecei logo a compor e a escrever. Coisas boas, coisas más, o que interessa é que tinha descoberto um veículo para me expressar. O disco Espelho não é nada mais, nada menos, que o conjunto de canções escritas durante os últimos 3 anos durante os quais a minha vida deu imensas voltas, tanto emocional como profissionalmente.

Dois meses depois de ter sido lançado, o teu single Tu e Eu atingiu mais de 1 milhão de visualizações no youtube. Este mérito não é assim tão comum num cantor português num período de tempo tão curto. O que achas que levou as pessoas a gostarem tanto deste tema?
Nunca esperei que uma música como a Tu e Eu fosse chegar onde chegou. No entanto, passados alguns meses, percebo o que fez as pessoas gostarem da música. Por ser simples na sua composição, letra e instrumental, ou seja, mais facilmente chega ao coração.

O teu irmão foi uma ajuda preciosa para que este tema se tornasse um sucesso tão grande em Portugal. Ter o teu irmão a ajudar-te no álbum foi um incentivo para que te dedicasses ainda mais e o deixasses orgulhoso?
O meu irmão ajuda-me todos os dias. Somos uma equipa desde o primeiro dia em que decidimos começar a fazer vídeos de versões para o YouTube, e ainda hoje conto com ele como irmão, colega de trabalho e melhor amigo. E tê-lo ao meu lado é o melhor incentivo que podia ter pois, sem ele, acho que não estaria onde estou hoje.

Quando lançaste o single Verdadeiro, o single anterior –Tu e Eu- já tinha ultrapassado as 3 milhões de visualizações. Tinhas como objetivo atingir essa marca com este novo single ou consideraste que o single anterior era aquele que iria ficar mais “marcado” na memória das pessoas por ser o primeiro?
Na música não há regras e, por isso, nunca guardo expectativas em relação aos meus temas. Tal como disse, nunca acreditei muito na Tu e Eu e a Verdadeiro sempre foi uma das minhas músicas preferidas. Contudo, em conjunto com a editora, achámos que o primeiro single tinha de ser a ponte para o que eu tinha vindo a fazer até àquele momento: baladas e versões acústicas. E a verdade é que foi a escolha mais sensata e acertada. 

A verdade é que cada vez mais é difícil viver da música em Portugal. Como digeriste o facto de teres conseguido esgotar os concertos de apresentação em Lisboa e no Porto pouco tempo depois de o teu disco ter entrado diretamente para primeiro lugar no top de vendas?
É difícil mas não é impossível. Acho que com uma boa base de fãs, um bom reportório e espetáculos inesquecíveis se consegue criar uma carreira sustentável. No meu caso, não sei explicar como esgotei os primeiros concertos ou como tenho vindo a ter concertos quase sempre lotados. Talvez por curiosidade, por gostarem do que ouviram nas rádios, e também por não ser de todo desconhecido do grande público. Resta-me aproveitar as casas cheias e mostrar às pessoas que valeu a pena apostarem em mim e terem saído de casa para me ver e ouvir.

Como vês o panorama musical em Portugal?
O "problema" do nosso país é ser pequeno, o que também pode ser uma vantagem! Mas o facto da população ser tão pouco numerosa encarece as vendas de discos, que já são poucas, e os concertos nunca serão assim tantos como lá fora. Mas acredito que a música portuguesa, isto é, a cantada em português, está a ganhar imenso terreno nas rádios e nas prateleiras das lojas e, por isso, só consigo prever um futuro risonho para nós, artistas portugueses.


O teu sucesso tem sido estrondoso e o número de pessoas que te seguem aumenta todos os dias. O que pretendes trazer de novo para a música portuguesa, isto é, de que forma o Diogo Piçarra continuará marcado na música portuguesa daqui a 10 ou 15 anos?
Uma pergunta muito difícil que todos nós, artistas, respondemos da mesma maneira. É claro que queremos trazer algo de novo para a música portuguesa, seja pela musicalidade, seja pela interpretação ou letras. No meu caso, espero conseguir sempre surpreender e agradar pois tento superar-me a mim próprio e mais ninguém. Considero-me o meu próprio inimigo e por isso, tudo o que já fiz, tenho de fazer mais e melhor.

Que mensagem gostarias de deixar aos teus fãs que te têm acompanhado ao longo do teu percurso e que te têm deixado mensagens de apoio e carinho?
 Não podia deixar de agradecer a todas as pessoas que me têm acompanhado, mas acima de tudo, esperado! Demorei 3 anos a lançar este meu primeiro trabalho e ver que ninguém me abandonou e esperou carinhosa e atenciosamente é um acto de carinho sem igual. Por isso, tudo o que faço é por elas mesmo, e espero nunca as desiludir.



Terminada esta entrevista resta-me agradecer não só ao Diogo, mas a toda a equipa do Diogo pela disponibilidade e por toda a atenção que deram, não só a mim mas também ao jornal Miraonline -onde está entrevista será também publicada.
Foi um privilégio poder realizar esta entrevista e mostrar-vos um bocadinho mais acerca deste grande artista português.



sexta-feira, 27 de novembro de 2015

PIMC #2

sexta-feira, novembro 27, 2015 3 Comments
Olá internautas!
Hoje trago-vos a segunda peça que eu e a Joana Veríssimo realizámos no âmbito da nossa colaboração com o PIMC. 
Desta vez, eu e a minha colega de equipa, fomos entrevistar um grupo de alunos que está a desenvolver um website que permite localizar empresas de impressão 3D em Coimbra. Curiosos? Acedam à peça aqui.

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

«As gerações e os métodos para o sucesso»

quarta-feira, novembro 25, 2015 3 Comments
O meu próximo artigo para o Repórter Sombra sai já amanhã! No entanto, quero mostrá-lo aqui no blog, em primeira mão, para que sejam os primeiros a lê-lo. 
O tema desta semana prende-se com o facto de haver diferenças no trabalho derivadas da idade de cada trabalhador. A questão que se coloca é: haverá uma idade para o sucesso?

«Há empresas que optam por ter só jovens a trabalhar enquanto que outras preferem pessoas mais velhas, mas qual será a melhor opção? Aliás, haverá uma só opção? Talvez a resposta passe por unir ambos.
Um facto é que, por vezes, gera-se um conflito de gerações no ambiente de trabalho exatamente por esta distinção entre funcionários jovens e funcionários séniores. Este problema seria facilmente resolvido se todos se preocupassem em unir as suas diferenças e alcançar o sucesso através delas. O sucesso vem do inesperado. Algo que sempre teve sucesso não vai ter a mesma importância que algo que surgiu inesperadamente e de forma bastante positiva. Assim, se as diferenças entre júniores e séniores se unissem, haveria muito mais força para alcançar o sucesso exatamente porque é o diferente que cativa e produz mais resultados.
A dinâmica atual dos negócios reúne diferentes gerações, mas, para que elas funcionem em conjunto, é necessário tirar o máximo proveito das qualidades de cada uma. Porque não ouvir a sabedoria dos mais velhos e as ideias dos mais jovens? Os mais velhos têm a experiência, a sabedoria, a vivência da vida e os mais jovens têm as ideias, a modernidade, o atual, a energia.. Tudo isto unido não daria mais resultado? Certamente que sim. A melhor forma de lidar com os conflitos no trabalho é saber entender as diferenças, sendo que, para isso, é necessário que jovens e séniores se vão conhecendo e estabelecendo relações laborais. O Coaching é uma exelente ajuda para esta harmonia, porque os incentiva a trabalhar em equipa e a produzirem resultados conjuntos para determinada empresa.
Certamente é isso o mais importante: o convívio, as relações desenvolvidas no trabalho e a capacidade de trabalho em equipa. Uma equipa bem preparada alcança mais facilmente o sucesso do que uma equipa em que as quebras se sobrepõem às uniões. A união entre estas duas gerações é o ideal, porque acaba por permitir um prolongamento do passado para o presente aliando a experiência dos séniores às ideias e inovações dos mais jovens.»
Amanhã o artigo vai estar disponível no site para que o possam reler e partilhar!
Qual a vossa opinião sobre o tema internautas?

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Turistando #2

segunda-feira, novembro 23, 2015 18 Comments
Olá internautas!
Antes de mais quero pedir-vos desculpa pela minha ausência na última semana mas tem sido tanto mas tanto trabalho que não tive tempo nenhum para vir aqui. Se vos disser que, ao mesmo tempo, estive a trabalhar para vocês acreditam? Preparem-se porque vem aí uma nova reportagem para o projeto PIMC, um novo artigo para o Repórter Sombra e uma nova entrevista!
Hoje, o post é inteiramente dedicado a um passeio que eu e uma amiga fizemos há duas semanas. Estamos em Coimbra há, consideravelmente, um ano e meio e nunca tínhamos ido visitar a Quinta das Lágrimas. Um crime, não é? A verdade é que um dia acordámos e dissemos "é hoje!" e lá fomos nós e devo dizer-vos que tenciono voltar lá o mais brevemente possível!

Como devem saber, a Quinta das Lágrimas localiza-se em Coimbra, mais precisamente, em Santa Clara. A entrada só por si já é fantástica!



Mas é nos jardins que estão acumuladas memórias que já surgem desde o século XIV. Nas árvores, por exemplo, é bem visível a história que está por detrás desta quinta.







A história conta-nos a paixão de D.Pedro por Inês de Castro. Esta paixão está marcada na Fonte dos Amores, designação que lhe foi atribuída por ter presenciado o amor de ambos.



A outra fonte da quinta foi denominada de "Fonte das Lágrimas", afirmando-se que esta nasceu fruto das lágrimas vertidas por Inês de Castro ao ser assassinada a mando de D.Afonso  IV de Portugal. O sangue de Inês terá ficado preso àquelas rochas até hoje, motivo pelo qual esta fonte é tão visitada e admirada.






É impossível visitar esta quinta sem sentir a história, ela entra em ti de uma forma arrebatadora e é uma sensação fantástica, Adorei, pretendo lá voltar e recomendo a todos que visitem este lugar maravilhoso!


Fotografias: Cátia Barbosa













domingo, 15 de novembro de 2015

Música da Semana #17

domingo, novembro 15, 2015 18 Comments


Às vezes há sentimentos que não conseguimos controlar. Às vezes há sentimentos que nos custa a gerir. Às vezes o amor é tudo, Aliás, o amor é sempre tudo.
Esta semana a música que escolhi foi "How Long I Will Love You", da Ellie Goulding. Uma música que me faz pensar, uma música que exprime o que sinto, uma música que me toca imenso...

sábado, 14 de novembro de 2015

Ivo Soares: «O público é o foco principal do artista.»

sábado, novembro 14, 2015 10 Comments
Ivo Soares é um jovem de 20 anos cujo talento para a música lhe está nas veias desde que se lembra de existir. A verdade é que, desde que entrou no mundo da música, Ivo nunca mais parou. Primeiro, decidiu aventurar-se no programa Portugal Tem Talento na SIC e, mais tarde, participou no programa Factor X, exibido no mesmo canal televisivo.

Nesta entrevista, Ivo vai falar-nos não só da sua experiência em programas televisivos, mas também do seu gosto pela música assim como das suas aspirações futuras.


Quando é que descobriste que tinhas talento para a música?
Eu desde sempre estive ligado à música pois os meus pais também são músicos e artistas. Mas, foi por volta dos 9 anos, que comecei a ir aos bares de karaoke e a ficar fascinado com a arte de cantar e de estar em palco.

O facto de os teus pais estarem ligados ao mundo das artes influenciou de alguma forma esse teu gosto?
Tendo ouvido música desde bebé, acho que já cresci com um grande ouvido para a música. Eles sempre me ofereceram disponibilidade e oportunidades para estudar música e sempre me apoiaram no meu percurso musical.

Em 2010 participaste no programa da SIC Portugal Tem Talento. O que é que a tua passagem pelo concurso televisivo mudou na tua vida enquanto artista?
Mudou tudo. Eu já cantava antes mas era um miúdo muito tímido, não me conseguia soltar muito em palco pois achava que as pessoas nunca fossem gostar do que faço. Quando fui ao Portugal Tem Talento e percebi o carinho e o apoio que o público português me dá, isso transformou a minha vida por completo, foi daí que percebi que quero mesmo seguir música para o resto da minha vida.

Mantiveste o mesmo estilo musical após o término do concurso?
Não, definitivamente. Ultimamente tenho andado em Chill out music, alternativo, muito RnB, e os meus próximos singles vão reflectir esta minha mudança. Tenho 20, já tenho barba, muita coisa mudou desde 2010 no Portugal Tem Talento.

Mais tarde concorreste também ao programa Factor X. Qual a razão de teres decidido voltar a um concurso televisivo?
Sempre fui um grande fã do formato do Factor X americano e britânico e quis tirar a minha sorte em mais um programa televisivo 'Porque não?' era a minha atitude. O apoio do público nesse programa foi fantástico. 

Após alguns anos continuas aqui a lutar pelo teu sonho. O que tem mudado ao longo do tempo no teu percurso?
Já luto há algum tempo mas, ultimamente, cada vez menos me preocupo com visualizações, com vendas, com números e 'fama'. Preocupo-me agora a 100% a ser honesto comigo mesmo musicalmente, a fazer a música que eu gosto, as coisas artísticas que eu gosto, e a não satisfazer ninguém. Estou finalmente a criar a minha identidade musical.


Tens, certamente, recebido bastante feedback por parte das pessoas. De que forma o carinho dos teus fãs te molda enquanto artista?
Molda tudo porque é dessa forma que eu percebo o que é que os meus fãs gostam mais de ouvir de mim. E se não fossem eles, para quem eu iria tocar e cantar? O público é o foco principal do artista.

“As músicas de Ivo Soares são o espelho da sua alma”. A música soa melhor quando sai de dentro da alma?
A música quando sai da alma, sente-se. É quando uma pessoa está a ouvir alguma coisa que foi escrita com alma que chora, que se arrepia, que dança. Música fabricada não cria esse tipo de efeitos nas pessoas porque não foi criada com a energia certa e autêntica.


Para finalizar, o que podemos esperar de ti daqui para a frente?
O que podem esperar de mim são músicas com alma, é cantar com alma, autenticidade, originalidade, criatividade, e uma dedicação ao público que vai durar para sempre. Obrigado.




Terminada esta entrevista resta-me agradecer ao Ivo por toda a sua disponibilidade e, acima de tudo, por ter aceite responder às minhas questões.
Caso queiram acompanhar mais de perto o seu trabalho podem encontrá-lo nos seguintes locais:



sexta-feira, 13 de novembro de 2015

«Os Nossos Velhos»

sexta-feira, novembro 13, 2015 5 Comments
Olá internautas! 
Hoje trago-vos o meu habitual artigo semanal para o site Repórter Sombra. Desta vez, o tema que abordei prende-se com a forma de como a população mais idosa é vista na nossa sociedade.

«Um tema que, sem dúvida, devemos ter em consideração no nosso país são os velhos. E sim, chamo-lhes velhos, porque não é uma ofensa, muito pelo contrário. Ser-se velho é ser-se sábio, é ter uma história de vida, é ter vivido intensamente e continuar a dar ao país aquilo que sempre se deu.
A realidade é que, cada vez mais, esta população está a aumentar no nosso país. Porém, será que isso faz com que ganhem mais respeito da sociedade? Não. Não, porque os jovens é que são o futuro. Eles é que são empreendedores e vão trazer algo de novo ao nosso país. Eles é que trabalham diariamente para obter lucro e eles é que têm uma vida pela frente. Parece-me que a nossa sociedade está mecanizada para pensar desta forma. Então e as pessoas que deram tanto ou mais que os jovens ao nosso país? E aquelas pessoas que trabalharam uma vida inteira? Não merecem respeito?
Nem toda a gente coloca estas questões. Nem toda a gente se preocupa com o bem-estar daqueles pelos quais o tempo passou e deixou marcas. O país só existe, porque houve um passado, mas as pessoas tendem demasiado a dar atenção apenas ao presente. O presente importa sim, mas ele só existe, porque houve um passado que lhe permitiu ser o que é agora. E nós só existimos, porque houve alguém que nos trouxe ao mundo e que cuidou de nós para sermos o que somos hoje. Contudo, infelizmente, parece-me que a sociedade olha para os velhos de uma forma negativa, como se fossem um peso que carregamos a mais, como se – por já não terem muito para dar ao país – fossem completamente desnecessários. E não são. São seres humanos, pessoas que precisam de viver como todos vivemos. São pessoas que merecem as melhores condições possíveis e não serem abandonadas como se de lixo se tratassem. Talvez a maior crise que há na sociedade seja o respeito.

É completamente necessário colocar um ponto final nisto. Aprender a tratar os velhos com respeito, acompanhá-los e evitar que vivam na solidão. Este país é o país deles e é importante que a sociedade os faça sentir isso, assim como é importante que todos façamos com que eles se sintam cuidados, protegidos e acompanhados.»

Este foi, sem dúvida, o artigo que me deu mais gosto escrever porque retrata uma realidade que me toca bastante. Espero que tenham gostado!

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Turistando #1

quinta-feira, novembro 12, 2015 5 Comments
Não sei se já tiveram a oportunidade de ir à Covilhã mas, se não tiveram, aconselho vivamente. Fui lá no fim-de-semana passado e adorei. 
Já desde o ano passado que andava para lá ir visitar uma amiga minha mas, por culpa da faculdade, nunca consegui. Desta vez, esqueci-me que sou uma universitária por um fim-de-semana e foi uma experiência fantástica!

Em primeiro lugar, a Covilhã não é aquele meio "parado" que toda a gente pensa. Tem pessoas excelentes e nota-se um espírito diferente que nem eu sei explicar. 
Em segundo lugar, a arte está por todo o lado naquela cidade. Andei uma tarde a passear por umas ruas onde a arte está espalhada pelas paredes e adorei. Não são simples rabiscos, são desenhos que devem ter levado um tempão para serem terminados e que estão tão mas tão bem feitos!





Havia muitos mais destes mas, infelizmente, o tempo é escasso e não deu para encontrar todos.
Seguindo caminho, a Mariana mostrou-me mais algumas coisas na cidade entre elas o local onde a serenata costuma ser realizada e é completamente diferente do que estou habituada a ver em Coimbra. De facto, uma coisa que adoro ver pelos sítios onde viajo são as diferenças entre cada um. 





Por fim, adorava ter tirado muitas fotos à Câmara Municipal da Covilhã mas não consegui. É enorme e super iluminada. Faz as noites super bonitas mesmo. 


Não tenho muito a dizer-vos sobre esta experiência. Só sei que adorei. O tempo estava ótimo (tive sorte). Uma caraterística da Covilhã é, de facto, o frio mas apanhei um fim-de-semana fantástico e a temperatura estava no ponto. Um dia espero lá voltar e mostrar-vos muito mais do que consegui mostrar aqui. Espero conseguir conhecer tudo o resto porque é, sem dúvida, uma cidade lindíssima. 




quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Luís Travassos: “Eu já oiço fado desde que me lembro de ouvir música.”

quarta-feira, novembro 11, 2015 6 Comments
Como já sabem, eu e a Joana Veríssimo, do blog Upside Down fazemos alguns trabalhos para o jornal Miraonline. Desta vez aventurámos nas reportagens escritas. O primeiro protagonista deste novo projeto foi o Luís Travassos, ex-concorrente do programa Ídolos.
Fica, então, aqui a reportagem realizada por nós duas.

O jornal Miraonline dirigiu-se ao Diligência Bar e teve oportunidade de assistir ao concerto intimista de Luís Travassos. Com raízes no Baixo Mondego, o concorrente da 6ª edição do programa Ídolos falou-nos da sua aventura no programa da SIC e dos seus projetos musicais.
L Travassos
“Sempre ouvi música, os meus padrinhos e a minha família sempre me incentivaram a ouvir coisas mais antigas”, disse-nos o jovem artista que confessou não ter noção de como surgiu o seu gosto pela música. Denominando-se um autodidata, contou-nos como foi o seu primeiro contacto com os instrumentos musicais: “emprestaram-me uma guitarra e eu, sem saber como é que se tocava, fui aprendendo com várias pessoas” sublinhando a dificuldade existente na altura de ir simplesmente ao YouTube ver tutoriais. “Eu tenho uma formação em viola clássica, mas todos os instrumentos que toco, consigo tocar sempre um bocadinho estudando. Tenho ouvido absoluto, isto é, consigo pegar num piano, tocar uma nota, imaginar uma música e saber qual a nota que vem a seguir. Partiu tudo daí. Claro que depois tive de ter formação na viola porque o fado é uma coisa muito exigente de acompanhar.”
“Entretanto, com um grupo de amigos que já tinham um projeto comecei a trocar ideias. Dávamo-nos todos muito bem e estávamos todos sozinhos. Nem eles tinham noção do que é que eu cantava ou tocava, nem eu tinha noção de se eles realmente tocavam alguma coisa.” Foi este o ponto de partida para a criação dos Cachimbanda, um projeto de música portuguesa que teve sucesso junto do público que esteve presente nos vários concertos da banda.
“Mas o fado nasce um bocadinho depois disso nesta casa, no Diligência.” Foi na casa de fados mais antiga da cidade de Coimbra que uma amiga de Luís Travassos o incitou a cantar o que lhe valeu ser convidado a ser fadista residente, papel que desempenha há dois anos.
O seu percurso no programa da SIC.
Um dos desejos do cantor para o presente ano era participar num programa televisivo. Esse desejo tornou-se realidade quando recebeu uma chamada da Freemantle Media, a convidá-lo para participar num programa da SIC. Embora não sabendo bem o que o esperava, pegou na guitarra e foi. Depois de lá estar e tendo em conta que o formato do programa não lhe agradava, achou que não devia desistir. O “alternativo de Coimbra”, como Paulo Ventura lhe chamou, guardou até ao fim da sua participação uma informação que não podia ser revelada: “fui convidado a participar”.
Travassos contou-nos que costumava cantar na rua com músicos amigos e foi um desses momentos musicais que agradou à Freemantle Media.
Afirmando-se como uma pessoa “de raízes muito vincadas”, justifica assim o facto de não ter desistido de um programa cujo formato nada tinha a ver consigo. “Em todos os programas de televisão portugueses que eu já tinha visto as pessoas acabavam por se ir moldando ao concurso para o tentar ganhar. Eu, pelo contário, fui para ali como sou, até ao ponto de me impingirem duas músicas que me permitiram demonstrar as minhas qualidades musicais.” Orgulhoso, afirma que “nunca houve ninguém a ir ao Ídolos cantar um fado e eu cantei-o.”
Sendo ele o único concorrente que nunca tinha tido contacto televisivo, sublinha a pressão do direto que não permite falhas. “Podes estar cinco galas impecável, mas se numa das galas te cai um tripé ou algo corre mal, passas de ser a pessoa que teve um percurso muito bom para ser o concorrente cujo tripé caiu.”
Cantar em português foi uma opção própria, já que o concorrente procura um público que o entenda. “Estamos aqui numa sala em que 60% das pessoas têm mais de 50 anos. Se cantares em inglês, essas pessoas podem não entender e, para mim, é de certa forma estar a privá-las de sentirem a música.”
“Nós somos portugueses e temos de nos assumir.”
“A música em Portugal é um bocado desprezada”, avança Luís Travassos, acrescentando que as rádios com maiores audiências passam pouca música portuguesa. Isto explica-se, segundo ele, pelo facto de “as pessoas não serem educadas para conseguir ouvir um género musical e enquanto músicos devemos procurar mudar isso.”
Luis Travassos
A sua relação com a Natureza foi um tema assente durante a reportagem. Oriundo de um meio completamente natural, contou-nos que tem uma quinta onde cultiva diversos produtos biológicos. “A Natureza é uma das minhas maiores fontes de inspiração. Nós estamos numa altura da nossa vida em que o simples é o mais bonito, o que se deve ao facto de estarmos a ser formatados para dar mais importância ao dinheiro, à beleza. A Natureza é ser-se simples, descansado, é ser-se bonito, é seres tu e na música temos isso tudo. De certa forma acho que todo o músico vai buscar coisas à Natureza, porque é o que está à nossa volta.”
E depois do Ídolos?
“Depois do Ídolos é seguir carreira.” Os projetos de que nos falou foram vários: a banda Futrica, que une Fado de Coimbra a música ligeira portuguesa e de intervenção com adaptação à concertina minhota e à viola clássica; o projeto Sentidos, com Daniel Ferraz, um colega da sexta edição do Ídolos; os Cachimbanda que de momento se encontram parados; o Fado Fora de Portas, que reúne um conjunto de guitarristas que, juntamente com o cantor, fazem espetáculos por convite; por fim, o Diligência Bar que representa “o [seu] cantinho”.

Por Cátia Barbosa e Joana Veríssimo

domingo, 8 de novembro de 2015

Música da Semana #16

domingo, novembro 08, 2015 15 Comments

Mesmo estando cheia de coisas para fazer e super cansada, não consigo deixar de vos vir trazer a música da semana. 
Breathe Me, da Sia foi a música eleita desta semana e é das minhas músicas favoritas! Acho que toda a gente já se identificou com ela em algum momento da sua vida. Às vezes só precisemos de alguém que nos proteja e que esteja do nosso lado nos momentos em que nos sentimos mais fracos. 

E vocês internautas, gostam da música?

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

PIMC #1

quinta-feira, novembro 05, 2015 9 Comments
Boa noite internautas!
Como já devem ter percebido há uma nova categoria aqui no blog! Bem, recentemente decidi colaborar com o PIMC (Projeto Especial Imagem, Media e Comunicação). 
Sendo eu aluna da Universidade de Coimbra acho super importante colaborar com este tipo de projetos. É ótimo para ganhar alguma experiência e para aprender coisas mais práticas que me vão ser úteis no futuro. 
Esta experiência tem sido excelente! Já aprendi imensas coisas e só me fez perceber ainda mais o quão importante é fazermos aquilo que gostamos. 
Na passada quarta-feira, eu e duas amigas fomos enviadas para fazer uma reportagem acerca de um evento. Foi a primeira e confesso que estava super nervosa e com medo que tudo corresse mal. O resultado não foi perfeito mas foi melhor do que esperava, sem dúvida! 
Decidi, então, criar esta categoria para vos mostrar todos os trabalhos que faça daqui para a frente. Neste post vou deixar-vos o link da primeira reportagem realizada por nós para que possam ver.
Um bom fim-de-semana a todos! :D


terça-feira, 3 de novembro de 2015

Opinião: «Camp X-Ray»

terça-feira, novembro 03, 2015 16 Comments

Camp X-Ray é um drama americano cujos protagonistas são Kristen Stewart e Payman Maadi. O filme estreou em 2014 e esta semana decidi, finalmente, vê-lo. 
O filme conta-nos a história de Amy Cole (Kristen Stewart), uma jovem que larga a sua vida "normal" para se alistar no exército. O problema é que ela é enviada para um local que ela não esperava: uma prisão em Guantánamo, no sudoeste de Cuba. Lá, ela encontra uma rotina que se baseia em ódio e abuso de líderes muçulmanos. O trabalho dela é vigiar os presos durante o dia só que ela acaba por conhecer um preso diferente. Ali (Payman Maadi) é um jovem que está preso há 8 anos com quem Amy acaba por travar uma amizade. Como é óbvio esta amizade entre duas pessoas que estão em lados opostos da guerra acaba por ser polémica sendo que Amy vai ter de enfrentar alguns obstáculos. Entre eles, tentar salvar a vida de Ali quando este decide suicidar-se. Será que ela vai conseguir? Ou Ali não aguentará o facto de ter sido preso injustamente?
Sinceramente, gostei bastante do filme. Acho que mostra mesmo que os laços afetivos se sobrepõem a tudo. A guerra não significa nada quando existe amor dentro do coração das pessoas e acho que este filme mostra um bocadinho disso. Aconselho vivamente a que o vejam e tirem as vossas próprias conclusões. Tenho a certeza que vos vai tocar imenso!

domingo, 1 de novembro de 2015

Até logo, Diamond!

Obrigada pela visita!
Volta Sempre :)