As
notícias do último ano mostraram-nos muitos refugiados a atravessar o
Mediterrâneo, à procura de alguma esperança na Europa. No entanto, nem todos os
acolheram da melhor forma. A questão que se coloca é “porquê?”
A
verdade é que, no geral, as pessoas desconfiam do diferente. E isso inclui
também culturas diferentes. Não é fácil receber aqueles que nos são
desconhecidos e é ainda mais difícil aceitar dividir aquela que é a nossa casa
com eles. Falta compaixão. Falta solidariedade. E a prova disso é que, juntos,
conseguimos ajudar aqueles que precisam dentro do nosso país. Então porque é
que não nos juntamos também para ajudar aqueles que procuram auxílio em nós? Porque
temos medo. Temos medo do que não é nosso.
Os
refugiados procuraram ajuda junto de nós, é verdade. Mas procuraram, acima de
tudo, um bocadinho de esperança. Não será que, ao não termos compaixão por
eles, lhes estamos a retirar parte dessa esperança? Afinal, como pode o mundo
ser bom se as pessoas só são generosas com aquilo que lhes é próximo e afastam
o desconhecido? Não pode. Não pode enquanto não se unir. E, por isso, penso que
a melhor arma para resolver este tipo de situações é espalharmos compaixão.
Ensinarmos os que nos rodeiam a respeitar as diferenças e a aceitar que pessoas
de culturas diferente sentem o mesmo que nós. Sofrem, choram, riem e querem ser
felizes. Assim como nós queremos. E se quando estamos num momento de aflição
procuramos toda a ajuda possível, porque é que não ajudamos os outros quando
eles nos procuram? A máxima do “não faças aos outros o que não queres que te
façam a ti” tem de ser aplicada a tudo. E a realidade é que enquanto
continuarmos a olhar de lado para o vizinho da frente porque é homossexual ou a
desviarmo-nos do novo morador porque é negro, não vamos nunca conseguir aceitar
aqueles que vêm de um país completamente diferente do nosso. Afinal, se não
aceitamos as pessoas que nos são próximas, como vamos aceitar as que estão
distantes?
Por
tudo isto e muito mais, penso que o essencial é a união. Dizem que a união faz
a força e eu não vejo verdade maior que essa. O planeta Terra é habitado por
todos nós, logo, todos devemos dar as mãos como a família que somos. Só assim
conseguiremos crescer. Só assim conseguiremos diminuir a maldade existente e
trazer um bocadinho mais de luz: com união e sem preconceito.
Publicado em Repórter Sombra
«A verdade é que, no geral, as pessoas desconfiam do diferente», acho que esta frase define muito bem a situação, porque se aplica, como referes, às próprias culturas. Como sociedade, devíamos olhar mais pelos outros. Infelizmente, não se pode confiar a 100%, porque há sempre alguém que se aproveita, mas também não podemos desconfiar na totalidade
ResponderEliminarr: É mesmo!
Concordo plenamente :)
EliminarEsse assunto dá pano para mangas!
ResponderEliminarCompletamente!
EliminarNão é fácil porque não somos educados a isso. Se ensinarmos as crianças o que de facto é a igualdade a discriminação entre raças não existe!
ResponderEliminarConcordo! :)
EliminarObrigada! Claro que sim :)
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