terça-feira, 13 de junho de 2017

# amor # O amor não requer sacrifício

O amor não requer sacrifício


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Não me considerava um ser humano. Talvez porque um ser humano tem sentimentos e eu tinha-me esquecido dos meus. Depois descobri-te. E descobrir-te fez-me descobrir-me.
Não me lembro de um único dia em que tenha pensado só em mim. Sempre pus os outros em primeiro lugar. Achava eu que isso é a maior prova de amor que podemos dar àqueles que nos são queridos: pô-los sempre em primeiro lugar e estarmos lá com um sorriso mesmo quando o nosso mundo está prestes a desabar. Mas, como em qualquer conto de fadas, aparece sempre algo ou alguém que nos vira de cabeça para baixo e nos faz mudar completamente a perspetiva que temos do mundo. Essa é a vantagem de convivermos com pessoas diferentes de nós. Elas dão-nos uma visão diferente e fazem-nos refletir sobre aspetos sobre os quais nunca tínhamos sequer pensado.
Apareceste do nada. Não sei bem de onde nem sei bem como. Não sei porque raio tinhas de cruzar o meu caminho. Ou eu tinha de cruzar o teu. No meio de tantas possibilidades, fui logo tropeçar em ti. E o pior é que gostei. Porque foi graças a ti que iniciei um processo de descoberta de mim mesma. É incrível como a pessoa certa no sítio certo pode mudar a nossa vida. Deste-me a força que eu precisava para ser tudo aquilo que eu sempre quis ser mas que nunca consegui. Acho que sempre precisei de um empurrão de alguém que fosse especial e que me conseguisse trazer de volta à vida. E, bolas, tu conseguiste. Não sei que poder tens, mas conseguiste! Mudaste-me de uma forma tão absurda que dou por mim a não me reconhecer. Talvez porque nunca me tenha conhecido realmente e isso só esteja a acontecer agora. Só agora comecei, realmente, a pensar em mim. E é uma sensação tão boa!
Amar os outros não implica anularmo-nos em função deles. Achava eu que sim. Ao contrário do que muitos dizem, o amor não requer sacrifício. A partir do momento em que eu sinta que estou a fazer um sacrifício, então talvez já não seja amor. Amor é liberdade. Liberdade de sermos um com o outro e não um em função do outro. E liberdade é sermos, de vez em quando, egoístas. E tu ensinaste-me a ser egoísta. A olhar para mim e para aquilo que me faz bem. A entender-me. A ouvir-me. A dar-me a mim mesma quando tudo o que eu fazia era dar-me aos outros. E no meio de tanta dor por não estares aqui, eu não podia estar mais feliz. Porque sinto que aos poucos eu sou eu mesma, mesmo que todo este processo doa mais do que devia.
A vida é boa quando temos alguém que nos aceita como somos. Mas é espetacular quando alguém chega de fininho e nos empurra para o desconhecido a fim de nos tornar alguém melhor. E hoje, eu não sei se sou uma pessoa melhor ou pior que ontem. Mas de uma coisa tenho a certeza: sou, sem dúvida, uma pessoa mais forte e completa do que algum dia fui. Pudesse eu dizer-te tudo isto. Tenho a certeza que um dia vou dizer-te isto. Não me desses tu a força necessária para ser corajosa, sem saberes que é para ti que preciso de maior coragem.

6 comentários:

  1. Sem palavras para a capacidade que tens de transpor para o papel tanto sentimento, que nos chega e nos faz identificar de imediato e sem nunca precisar de o termos dito a ninguém. #tensumdom <3

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  2. Adorei o texto, está fantástico *.*

    r: Há jogadores que nos marcam precisamente pelo profissionalismo, pela entrega e pelo amor com que jogam. Vejo tudo isso no André, daí admirá-lo tanto. E é mesmo um orgulho saber que esta opinião é partilhada por pessoas de diferentes clubes.

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Até logo, Diamond!

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