sexta-feira, 22 de maio de 2015

# Entrevistas # Got Talent Portugal

«Não há nada melhor do que ter oportunidade para trabalhar.» Miguel Pinheiro

Miguel Pinheiro é um jovem de 19 anos natural de Odivelas. Estudante de medicina, nunca deixou de lado uma outra paixão: a magia. Esta semana, o blog  Viagens pelo Mundo, teve a oportunidade de entrevistar Miguel e perceber um bocadinho mais acerca da sua verdadeira paixão: o ilusionismo.





Miguel Pinheiro no programa "Got Talent Portugal"

Quando é que percebeste que tinhas gosto pela magia?
Não sei bem, acho que o impossível sempre me fascinou, como fascina qualquer pessoa, diria eu. Mas foi com 4 ou 5 anos que recebi uma caixa de magia no Natal. Lembro-me de me apaixonar imediatamente pelos truques que lá estavam dentro e mostrá-los a toda a gente, aos pais, à irmã, aos vizinhos, aos colegas… Também via todos os programas de magia que passavam na televisão e sonhava um dia ser eu do lado de lá, embora pensasse que fosse impossível.

Já tinhas tido contacto direto com alguém ligado ao mundo dos mágicos?
Não tinha amigos nem familiares ligados ao ilusionismo. Fui autodidata e fui, gradualmente, entrando no meio onde conheci pessoas fantásticas que muito me ajudaram e a quem devo parte do sucesso.

Como é que começas a dar os primeiros passos na magia?
No início, fazia magia para mim próprio e para as pessoas mais próximas, treinava muito em casa em frente ao espelho e aprendia sozinho. Só mais tarde, quando tinha 12 anos, descobri que havia congressos de magia, competições e um meio muito interessante por explorar. Foi aí que me inscrevi na Associação Portuguesa de Ilusionismo e assisti ao meu primeiro congresso de magia em Valongo onde vi, pela primeira vez, alguns dos meus ídolos internacionais ao vivo. No ano seguinte, já estava a concorrer e a levar para casa o Prémio Revelação 2009.

Este ano, Miguel teve a oportunidade de participar no programa da RTP1 "Got Talent Portugal". Ser o concorrente mais votado pelo público na semifinal permitiu-lhe continuar no programa e, consequentemente, chegar à final.


Este ano tiveste a oportunidade de participar no programa da RTP1 Got Talent Portugal. Quando decidiste entrar no programa, qual era o teu principal objetivo?
Para ser sincero, entrei no Got Talent Portugal um bocado a medo e sem grandes expectativas. O resultado final foi melhor do que alguma vez esperei. Chegar à final como o mais votado na semifinal foi uma coisa inacreditável. O carinho das pessoas na rua e nos meus espetáculos é algo que devo, em parte, ao programa.


Miguel na final do programa "Got Talent Portugal"



O que sentes que ganhaste com a tua participação no programa?
Neste momento, faço muito mais espetáculos, resultado da grande exposição que nos dá um programa como o Got Talent Portugal. E têm surgido oportunidades muito interessantes, eventos que nunca pensei fazer e viagens que não pensava fazer tão cedo em trabalho como para Itália e Macau. Estou neste momento a trabalhar com uma equipa num espetáculo a estrear muito em breve. Não há nada melhor que ter oportunidade para trabalhar.

Qual a sensação de ouvir o Pedro Tochas dizer que és o melhor mágico que passou pelo Got Talent Portugal?
O Tochas é, dos 4 jurados, aquele que percebe mais de magia. Ele viaja imenso e já viu muitos mágicos por todo o Mundo. Por essa razão, o facto de ele me considerar o melhor mágico que passou pelo programa é um elogio que vale por muitos. Eu esforço-me por melhorar e aprender qualquer coisa todos os dias, sempre na esperança de que isso se reflita na performance.


Miguel Pinheiro (esq.) e Pedro Tochas (dir.)

Com apenas 19 anos, Miguel já tem um vasto percurso no mundo do ilusionismo. Em 2011 fez parte de uma equipa de 8 mágicos portugueses que realizaram a primeira Semana Portuguesa de Magia em Hollywood, sendo o mais jovem português a atuar na sala "Magic Castle".Foi também o mais jovem português a pisar o palco no "Close Up Stars of Tomorrow Show", em Las Vegas. O seu caminho continuou e, Miguel, teve a oportunidade de atuar no "Monday Night Magic", a mais prestigiada casa de espetáculos de magia em Nova Iorque. 
Em 2012, Miguel ganhou o 2º prémio de "Close Up" no concurso internacional de magia e, nesse mesmo ano, foi-lhe atribuído o “Prémio Especial Magic in Rio". 

Com apenas 19 anos já tens um vasto percurso no mundo da magia. Foi fácil para ti conciliar a magia, a escola e a vida pessoal?

De facto, olhando para trás, já fiz umas coisitas. Nem dei pelo tempo passar mas, de facto, considero-me com sorte por poder ter feito tudo o que fiz até hoje. Claro que não é nada fácil conciliar com os estudos mas se fosse fácil não tinha graça. Muitas vezes tenho de ir a estudar durante as viagens para os espetáculos e a pensar em várias coisas ao mesmo tempo. O segredo é mesmo a pontualidade, o sono e a organização, não pode faltar nada. E o café, também ajuda. Dizem que quem corre por gosto não cansa, eu diria que cansa… menos.

Sei que estás a estudar Medicina. Consegues encontrar uma ligação entre a Medicina e a Magia?
A Medicina é a verdadeira Magia a meu ver. Não sei se terá alguma relação, tem a relação que cada um lhe quiser dar. No fundo, a disciplina que tenho de ter para uma coisa tenho de ter para outra. Gosto muito das duas áreas, estimulam-me de diferentes maneiras.

E no futuro, gostavas de conciliar o “ser médico” com o “ser mágico”?
Sim. Não tenho planos a muito longo prazo mas sem dúvida que sim.

Por fim, qual é o truque para se ser um bom mágico?
Curiosamente, acho que é sair do mundo da Magia e viver tudo o resto, ver espetáculos, ir ao cinema, sair, ser crítico e claro, treinar, treinar, treinar e fazer espetáculos. Quanto mais vezes atuamos melhores ficamos, se formos espertos e não nos acomodarmos.





 Espero que tenham gostado da entrevista desta semana!
Resta-me agradecer ao Miguel a disponibilidade para responder às minhas questões. Podem ver diversos vídeos dele aqui e deixarem-se envolver pelo mundo da magia que ele tão bem representa.

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