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domingo, 15 de julho de 2018

Não tem de doer

domingo, julho 15, 2018 2 Comments
D.R.

Um dia destes disseram que me amavam. Uma coisa tão sincera e forte. Nunca fui boa a lidar com isso. Sempre fui melhor a amar do que a ser amada e o medo de "fazer asneira" apoderou-se de mim. Não queria ser o que já foram comigo. Não queria magoar. Não queria fazer doer. Queria ser a pessoa que não consegue retribuir mas que está lá. Que entende. Que apoia. Que ouve e se preocupa. 

Durante quase três anos, também amei alguém. Um amor diferente de todos os outros. Daqueles que te tira o ar e que não te deixa dormir à noite. Desta forma, quando alguém me disse que me amava, lembrei-me dessa fase da minha vida. Inspirei-me na pessoa que amei e no que ela foi para mim... diferente de todos os outros. O único amor que não doeu. O único que, ao invés de me fazer sentir pequenina, me engrandeceu. Um amor que, apesar de não ser correspondido, me ensinou que não precisa de o ser para ser mágico.
Esse amor foi o amor que eu quis ser para aquele que, infelizmente, não pude corresponder. Afinal, ninguém pode obrigar ninguém a amar. Mas não retribuir um sentimento não implica deixarmos o outro completamente no vazio. Isso é feio e triste. Quando alguém diz que me ama é o maior elogio que me pode fazer, por isso, eu não vou embora. Não me afasto. Não magoo. Porque raio é que vou partir o coração a alguém que me elogia dessa forma? Dizer que te amam é o mesmo que dizer que existes. Que importas. Que ocupas um espaço importante na vida desse alguém. E isso é tão bonito que nunca entendi porque é que tem de doer. Até conhecer alguém que me mostrou o contrário. 
Só dói se tu deixares. Não podes forçar-te a retribuir uma coisa que não sentes, mas podes estar lá. Podes perguntar "o que é que queres que eu faça? Diz e eu faço". Podes escolher aprender a lidar com isso ao invés de fugir a sete pés. Foi o que me fizeram e, por isso, durante 3 anos, não doeu. Porque a pessoa que eu amava soube tomar conta de mim. Soube ensinar-me a ver a vida de outra forma. Soube mostrar-me que eu sou especial de qualquer das formas. Fez-me sentir única, especial. Soube agradecer-me pelo facto de estar lá todos os dias. E isso, por si só, já é um gesto de amor. É compreensão. É ser-se adulto e é saber reconhecer que amar faz parte da vida e só um covarde magoa quem diz que o ama. E eu tive a sorte de, por uma vez na vida, me ter apaixonado por alguém que não era covarde. Que não foi embora e que escolheu ficar até hoje.
Por isso, não. O amor não tem de doer. Podes perfeitamente amar alguém que faz com que doa o menos possível. Alguém que te faça sentir orgulho em amar essa pessoa. "Eu amo-o, mas ele merece". É tão bom sentir isso. Mau é quando amas alguém que não merece. Que te trata como se o amares fosse errado. Nesse caso, vai embora e escolhe amar alguém que, mesmo não conseguindo amar-te de volta, cuida de ti e diz "eu estou aqui".
É esse o tipo de pessoa que eu quero ser. Aquela que cuida e não vai embora. Aquela que dá carinho ao invés de desprezar quem dá tudo por si.


terça-feira, 8 de maio de 2018

Viver com ansiedade

terça-feira, maio 08, 2018 3 Comments

Pensei que ia enlouquecer. O coração começou a saltar de uma forma alucinante. Deixei de ter controle na minha respiração e o meu corpo começou a ficar fraco. Viver com ansiedade é isto.
Um dia perguntaram-me se eu já me tinha sentido discriminada por sofrer de ansiedade. Sem querer, um “sim” saiu-me da boca. Engraçado, nunca tinha pensado nisso mas a resposta tinha saído de forma completamente natural. Acho que o meu interior já a sabia há muito tempo. A verdade é que não é fácil seres compreendido numa situação destas. És o mimado, o fraco, a vítima... Acho que só quem passa, sabe. E muitas vezes nem esses. Porque todos somos diferentes e se vives bem com o facto de seres ansioso, vais sempre ver de forma diferente aquele que tem dificuldades em enfrentar o mesmo problema que tu, ao teu ritmo, enfrentaste.
Não é só “ansiedade”. Muitos generalizam como se fosse uma coisa natural. É estares sentada a ouvir uma aula e do nada o teu corpo começar todo a tremer e tu ficares completamente em pânico porque não queres que ninguém repare. Porque sabes que vão olhar para ti com aquela cara de “está a tremer, porque é fraca e está nervosa”. É estares 100% segura de que aquele exame vai correr bem, mas a tua mente insitir em dizer-te “não sejas assim, é óbvio que vai correr mal”. É quereres viver um dia de cada vez mas ouvires o teu cérebro dizer-te “qual futuro? vais ser tão infeliz. Não vais ser nada daquilo que queres”. Mas tu és uma pessoa positiva. E as pessoas sabem disso e, por isso, não querem saber dos dias em que estás mais negativa. “Oh dizes isso mas...”, “oh, amanhã já estás toda animada outra vez”. E isso só mexe mais com os teus nervos. O sangue começa a ferver, o coração a acelerar, as mãos a tremer, ouves as vozes lá no fundo, parece que vais desmaiar. Arranhaste umas quantas vezes porque precisas de libertar energia. Partes umas quantas coisas. Choras, gritas “mas eu sou fraca às vezes, também preciso”. Tiras um tempo para ti. Mandam-te mensagens, chamadas,... “Está estudar”, pensam eles. Abres a porta, sais do quarto, bebes um copo de água, tomas mais um daqueles medicamentos que estás farto de tomar mas que sabes que são essenciais para aguentares mais uma semana de tormento e depois voltas a sorrir. Passado umas horas, está tudo bem. Já acreditas na vida outra vez. O sorriso torna-se verdadeiro. Mas choras porque naquela hora e meia no teu quarto eras só tu. Só tu e a tua ansiedade. E sabes que vai ser sempre assim porque, por mais que as pessoas digam que entendem, nunca entendem. Afinal, somos todos diferentes. E ninguém tem culpa de não entender, exatamente por esse motivo.
Durante estes 3 anos de Licenciatura percebi que a ansiedade não é a pior coisa do mundo. E não é por ser “normal”, como muita gente acha. Mas porque durante estes 3 anos foi a minha companhia diária. Eu aprendi a lidar com ela e ela aprendeu a lidar comigo. Ela ensinou-me a ser mais egoísta e a preocupar-me, em primeiro lugar, comigo. E eu aprendi com ela que mais importante que a nossa saúde física é a nossa saúde mental. Agora, não tenho vergonha de dizer “sou uma pessoa ansiosa” por medo do revirar de olhos do outro lado. A ansiedade ensinou-me que as outras pessoas são apenas isso: as outras pessoas.


Nunca fez tanto sentido.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

Prefiro amar-te.

sexta-feira, dezembro 16, 2016 4 Comments
Sabes quando alguém te magoa tanto que tu choras dias a fio e achas que nada dói mais no mundo? Deixar-te dói mais. E dói porque não dá para viver longe de ti. Parece ridículo e dramático mas é verdade. 
Nunca somos dependentes até, de facto, dependermos de alguém. E não é uma dependência causada por obrigações ou laços. É uma dependência incontrolável que se impõe a nós e àquilo que realmente queremos. Porque o que queremos nem sempre é aquilo que sentimos. Se fosse, eu preferia optar por continuar independente em relação aos meus sentimentos. Não te deixava controlares-me mesmo que não saibas que me controlas. Não me permitia sentir a saudade que sinto sempre que tenho de ir embora e virar costas sem sequer dizer-te "adeus". Porque dói mais do que quando alguém nos espeta uma faca nas costas. Porque dói mais do que qualquer dor que já senti na vida. No meio de tanta dor que sinto ao olhar para ti devia odiar-te, afinal, se não fosses tu eu continuava a sorrir o tempo todo como alguém que não tem problemas na vida, mesmo que eles existam. Mas cada vez menos isso acontece. O sorriso já não sai nem forçado. Talvez porque há dores tão fortes que nos tiram a capacidade de fingir. E é isso que mais admiro em ti: a capacidade que tens de me fazer ser eu mesma, sem sorrisos forçados ou falsos "estou bem". Tens a capacidade de trazer toda a minha dor escondida cá para fora. Ensinas-me que nem sempre as escolhas que fazemos nos trazem aquilo que realmente queremos mas todas têm um lado bom. E tu não és o lado bom, és o lado melhor. Porque me fazes sentir uma pessoa melhor. Porque me dás a força que preciso para ser melhor todos os dias, nem que seja para que te sintas orgulhoso de mim. Porque me fazes ser e pensar de forma diferente. Fazes-me pôr de lado todas as rotinas e planos, porque contigo tudo é novo e apaixonante. E sem ti nada importa! E eu já sinto a tua falta. Tua e do teu sorriso sincero quando me vês chegar. O mesmo sorriso que levas contigo quando te vejo partir e o meu coração fica mais apertado. O sorriso que eu desejo ver todos os dias. 
Por agora, não te digo adeus, aliás, nunca vou dizer. Adeus significa um fim e nada me vai separar de ti. Prefiro dizer "até ao próximo pensamento", porque aí tu estás sempre. E quando o mundo te odeia, eu prefiro amar-te. Os meus pais sempre me disseram que tenho a mania de ser do contra.

terça-feira, 2 de agosto de 2016

«Porque mereço não pelo sucesso»

terça-feira, agosto 02, 2016 3 Comments
«Porque mereço não pelo sucesso». Penso tanto nesta frase sempre que tento explicar a alguém o porquê desta minha paixão pelo trabalho do Diogo. 
A verdade é que acredito que há coisas que não nasceram para ser explicadas, nem mesmo pela ciência. E aquelas que nasceram da arte. do talento e do que quer que seja que lhe queiram chamar, é uma dessas coisas. A devoção que sentes por um artista é algo inexplicável. Boa música, há muita. Boas vozes, há muitas. Mas alguém que esteja sempre no "topo da tua tabela" perante os milhares de artistas que existem no planeta, é uma proeza. E quando te pedem um porquê é difícil dares uma razão porque a boa voz, a boa música e a boa onda, todos os outros que ouves também as têm. Mas a verdade é que há sempre aquele artista que te marca de uma maneira especial e, a mim pessoalmente, esse artista sempre foi o Diogo Piçarra. Não me perguntem porquê porque, como já referi, há coisas que não se explicam, há pessoas que nos tocam de uma maneira especial e o Diogo consegue chegar ao fundo do teu coração. Acho que não houve uma única vez em que ouvisse qualquer música dele e as lágrimas não me quisessem cair dos olhos porque é impossível não sentir cada palavra, cada som. É como se os teus sentimentos todos estivessem em cada música que ele traz e quando o ouves cantá-la te confrontasses com eles e percebesses que não há melhor coisa no mundo do que sentir. Sentir, acho que é por isso que ele é o meu artista favorito. Porque me faz sentir em cada palavra. Porque me faz perceber o verdadeiro propósito da música: sentir. Sentires a mensagem. Sentires com todas as tuas emoções. Acho que é também por isso que não consigo ouvir ninguém cantar músicas do Diogo para além do próprio Diogo. Porque sentem-se de tal forma que mais ninguém consegue passar a mensagem que ele passa e, portanto, mais ninguém as canta como ele. E isso faz-me confusão. Faz-me confusão ouvir uma música do Diogo cantada por outro alguém porque o sentimento não está lá. Pelo menos não está lá o sentimento que ele tão bem coloca. E isso não me acontece com mais ninguém. Adoro covers e oiço covers de praticamente todas as minhas músicas favoritas mas não sou capaz de gostar de um cover de uma música qualquer do Diogo Piçarra porque não é ele que a está a cantar e, por isso, perde todo o brilho e sentimento. É como se ele as cantasse a 100% e todos os outros a 50%: Mesmo que até estejam a dar tudo e cantem bem, não é a mesma coisa. Penso que é isso que me faz gostar mais do Diogo do que de qualquer outro artista. Porque ele me faz sentir exatamente aquilo que a música deve fazer sentir. Porque ele se entrega a cem por cento àquilo que faz. Porque ele deposita todo o amor necessário em palco. Porque ele não precisa de ser loiro, de olhos verdes, usar jeans apertadas e cantar para um público adolescente para que o admirem. Nada nele é falso ou forçado, é tudo tão verdadeiro que chega a ser um orgulho para Portugal porque nem fora do país existe um artista assim. Tragam todos os artistas estrangeiros que quiserem que eu vou sempre escolher ouvir o Diogo. Porque num mundo onde o que vende são músicas "que estão na moda" e que não passam sentimento nenhum, o Diogo consegue produzir música que te passa todas as mensagens e mais algumas. E, acima de tudo, faz música que te acompanha todos os dias, em todos os momentos e fases. E não é isso que nós procuramos na música? Um refúgio? E foi por tudo isto que escolhi a frase que abre este texto. Porque eu -e tantas outras pessoas- não admiro o Diogo pelo sucesso. Admiro-o porque merece e merece-o como nenhum outro artista português merece de mim. Porque o mundo para quando o Diogo canta e tudo o que eu estou a fazer deixa de ter importância quando se trata de o ouvir.
Para minha infelicidade (até agora), nunca tive o prazer de ouvir o Diogo ao vivo. Vou vê-lo pela primeira vez no próximo dia 4 de Agosto na Expo e, para que conste, já levo o pacote de lenços de papel preparado e a garganta bem afinada. Porque nesse dia, um dos meus maiores sonhos vai realizar-se e eu não caibo em mim de feliz. Depois? Depois é só esperar pelo dia em que poderei dar-lhe um abraço e agradecer-lhe por orgulhar tanto o nosso país e por salvar-me sempre naqueles dias em que a tua vida está tão má que só te apetece desistir. Todos temos desses dias, a diferença é que nos meus o Diogo está sempre lá através da música. E esse dia vai chegar. Afinal, os meus pais sempre me ensinaram a não desistir dos meus sonhos.


segunda-feira, 27 de junho de 2016

Eu fui capaz, agora é a tua vez!

segunda-feira, junho 27, 2016 8 Comments
Devia ter uns dez anos quando comecei a sonhar em ser adulta e encontrar aquilo que todos queremos... O amor. Anos mais tarde, ele apareceu, mas as coisas não são um conto de fadas como parecem quando somos crianças...
Como todas as crianças, cresci. Tornei-me naquilo que sempre quis ser: uma rapariga determinada, com vontade de viver e de ser feliz. Sempre lutei por aquilo que queria e nunca deixei que alguém me cortasse as asas, mas há coisas que nós não conseguimos controlar. Chegou o derradeiro dia. O dia em que somos atacados pelo “cupido”, pelas “borboletas”, ou pelo que quer que seja que lhe queiram chamar. Já me tinham avisado que o amor é arrebatador, faz-nos ficar sem ar e leva-nos a ser pessoas “idiotas”, no sentido mais positivo da palavra. O que nunca me disseram foi que o amor cega, talvez porque isso eu teria de vir a aprender sozinha.
Já adulta, ali estava eu. A viver aquilo que sonhava desde criança. Uma história de amor sem limites, com o meu próprio princípe encantado e substituindo o cavalo branco por palavras e promessas futuras. Mas as promessas são só isso, promessas. E porra, nunca me tinham dito que da mesma forma que o amor chega sem avisar, também pode partir sem se despedir. Senti o pesadelo que tantas outras mulheres já tinham sentido e que eu nunca pensei sentir, afinal, eu era uma sortuda e nós íamos ser felizes para sempre, não era? Não, não era. E no fim de contas, os sorrisos transformaram-se em lágrimas consecutivas. Aquela criança que eu tinha sido nunca tinha chorado tanto, nem quando fazia birra por não poder ter aquele brinquedo que sempre quis. Este choro era diferente, sabia à primeira desilusão. A primeira. Exato, a primeira. Aquela da qual todos falam mas da qual todos achamos conseguir escapar. Mas não conseguimos. Durante meses, eu não fui capaz. Sofria em silêncio, fechada no quarto e isolada do mundo. As minhas noites, que antes eram preenchidas por jogos em família ou sessões de cinema, passaram a ser noites sombrias onde as lágrimas teimavam em verter desde o cair da noite até ao dia seguinte. E isto foi-se prolongando. Não durante dias mas durante meses. Meses a fio de dor constante e de um sofrimento que nunca ia ter fim. Ou, pelo menos, achava eu.
Mas como costumam dizer “depois da tempestade vem a bonança”, certo? É bem verdade. Um dia, após ver aquele que tinha sido a causa do meu sofrimento feliz e cheio de vontade de viver sem mim, decidi que tinha de ser CAPAZ de ultrapassar esta fase menos má. Afinal o amor não mata, não é? Ele ensina a viver. E ensinou. Sozinha, consegui deixar o meu quarto e atravessar o corredor para a sala onde a minha família estava. Troquei as lágrimas por sorrisos que, ao início, eram falsos mas que, com o passar do tempo, se tornaram verdadeiros. E aqueles meses todos de dor passaram a ser uma aprendizagem. Uma aprendizagem que me mostrou que eu sou capaz! Sou capaz de enfrentar esta e tantas outras desilusões sozinha. Sou capaz de tudo! Porque com força, garra e luta, tudo é possível e tudo se ultrapassa. E não, não deixei de acreditar no amor. Ao contrário do que uma pessoa magoada normalmente pensa, eu nunca achei que o amor fosse “uma merda”, porque não é. O amor é a coisa mais bonita que existe, principalmente o amor que sentimos por nós próprios.
Um dia alguém me disse que o meu primeiro desgosto amoroso me iria trazer uma lição qualquer que, só quando a dor passasse, eu iria entender. E, hoje, acho que já a consegui descobrir. Talvez eu tivesse de aprender a amar-me incondicionalmente e não ser egoísta ao ponto de pedir a alguém que me amasse por mim. Hoje, com vinte e um anos, afirmo com todo o orgulho que eu me amo! Amo-me como nunca me amei antes e cada dia me amo mais. Por isso não pensem que essa dor nunca vai passar, porque vai. E sabem porquê? Porque vocês são Capazes!

Publicado em: Capazes


sexta-feira, 3 de junho de 2016

Futebol é amar um desporto e não somente um clube

sexta-feira, junho 03, 2016 3 Comments
Quanto a vocês eu não sei, mas eu amo futebol. Futebol enquanto desporto propriamente dito e não aquele "futebol" em que temos uma pala à frente dos olhos e só conseguimos ver o nosso clube à frente.
Ao contrário do que muita gente que eu conheço pensa, eu acho que se pode amar futebol, sim. E não, futebol não é "uma cambada de homens a correr atrás de uma bola", como muita gente diz. Assim como representar, dançar ou cantar são artes, também o futebol pode ser considerada uma arte, só que uma arte diferente das que referi anteriormente. Uma arte que se insere na categoria do desporto e que pode ser tão amada como as outras. Por vezes, deparo-me com algum preconceito -principalmente por parte de raparigas- relativamente ao futebol por ser um desporto "sem piada nenhuma" ou porque provoca "conflitos e zangas nas pessoas". Não. O futebol é um desporto que exige dedicação, paixão, esforço e muito suor. Não são uns simples pontapés numa bola, caso contrário, todos nós seríamos mestres na arte futebolística. Eu acredito que o futebol mereça o valor todo que lhe dão e não deve ser culpado pelo erro das pessoas decidirem não prestar atenção a outros desportos, porque a culpa não é do futebol, é das pessoas que não querem admitir que exigem tantos outros desportos interessantes. Mas porque será que isto acontece? Eu acho que parte tudo da paixão. O futebol é, provavelmente, o desporto mais comentado, admirado e glorificado porque é aquele pelo qual um maior número de pessoas são apaixonadas. E digo-o porque, sendo eu uma apaixonada por representação, acabo por pôr de parte algumas artes que, para mim, não me tocam da mesma forma que o teatro. Isso não significa que elas não sejam boas, significa apenas que não me aquecem o coração e me provocam uma sensação de paixão tão grande como o teatro. Isto é aplicável ao desporto também. Por muito que as pessoas adorem andebol, basquetebol ou outro desporto qualquer, a sua grande paixão pode estar mais virada para o futebol. E não o digo por ser o meu caso porque o desporto do meu coração é e será sempre o basquetebol mas não consigo pôr de parte o futebol porque eu entendo essa cegueira por ele. Eu própria fico cega quando vejo um jogo. É incrível o que um simples desporto pode fazer connosco!
Esta temática traz consigo outra questão imediata: o amor. Muita gente não entende essa "obsessão" por um clube. Eu não lhe chamaria obsessão. Ok, acredito que haja pessoas obcecadas ao ponto de se tornarem agressivas em situações extremas mas obsessão é diferente de amor. E o chamado "amor à camisola" existe, sim. Eu sei e sinto que amo o meu clube de uma forma indescritível quando dou por mim a viver sensações únicas e a chorar por uma simples derrota ou por uma vitória que parecia inalcançável. As lágrimas não são em vão. Mostram esse amor que tu és capaz de sentir por algo tão simples como um clube de futebol. E isso não é estúpido, é real e verdadeiro.
Tudo isto para vos dizer que o futebol não é um desporto ridículo que só provoca desacatos e confusões. O futebol é um desporto que gera amor naqueles que o sabem viver e sentir. E saber sentir o futebol é vibrar com golos extraordinários, mesmo que não sejam da nossa equipa. Amar futebol é amar o desporto e não somente o clube. O clube é aquela parcela que nos faz sentir o futebol mas o amor propriamente dito está lá, na modalidade.


Publicado em: Blasting News



quarta-feira, 11 de maio de 2016

Carta a alguém que mudou a minha vida

quarta-feira, maio 11, 2016 3 Comments
Não é fácil. Nada disto é fácil. Mas também ninguém disse que era...
Quando era pequena achava que ser crescida era a melhor coisa do mundo e ansiava por isso. Agora que cresci dava tudo para ser uma criança outra vez. Voltar a brincar na rua, cair da bicicleta e ser levantada pelos meus pais, jogar às escondidas e fazer birra por coisas banais. Mas agora acabou. A rua, já não serve para eu brincar. Aliás, não me lembro da última vez que observei a rua. Quando somos adultos passamos por ela e nem paramos para olhar bem, vivemos tudo com pressa, sempre a correr porque queremos o melhor para nós quando, pelo contrário, quando éramos crianças reparávamos nos pormenores mais inimagináveis. Não havia coisa que nos escapasse mas agora o difícil é impedir que alguma coisa escape. Já não caio da bicicleta, aliás, já nem me lembro de como se anda de bicicleta sequer. As únicas quedas que sofro agora são as da vida, aquelas que ninguém quer mas pelas quais todas passamos. Os meus pais ainda tentam levantar-me mas, com o passar do tempo, tive de aprender a fazê-lo sozinha. Já não faço birras por coisas banais. Às vezes sinto que perdi o direito de fazer birra. A vida não deixa sequer que haja tempo para isso. Quando crescemos somos obrigados a deixar as birras, os amuos e as lamentações de lado. Se queremos sobreviver temos de ser fortes, de ferro e chorar sozinhos para que ninguém pense que somos fracos. É sempre assim, não é? É esta a lei da vida. Somos educados para sermos fortes. "Não faças isso porque te vais magoar", "Não chores, já não és um bebé". Mas e se eu me quiser magoar? E se eu quiser chorar até não poder mais? Porque raio tenho de ser forte o tempo todo? A vida tem valor mas nós temos muito mais. Será que aproveitamos realmente a vida quando vivemos constantemente sob stress porque temos milhares de coisas para fazer em tão pouco tempo? E se pudéssemos esquecer os problemas e seguir em frente sem pensar no que poderá acontecer a seguir?
Hoje, com vinte e um anos, percebi que há coisas mais importantes do que parecem. A amizade é uma delas. Todos nós conhecemos alguém num certo ponto da nossa vida que muda a nossa forma de pensar. Alguém que nos mostra que as quedas da bicicleta, as birras ou as brincadeiras na rua ainda existem só que em formas diferentes. Quando temos alguém que está ali para nós dia e noite voltamos a lembrar-nos da nossa infância e de que ainda somos aquelas crianças inocentes, simplesmente não nos lembramos. Não nos lembramos até que alguém nos faça lembrar disso. Alguém que seja tão importante para nós que sejamos capazes de dar a nossa vida por esse alguém. E aí, tudo o resto não interessa mais. Não importam os nossos problemas, não importa o tempo que temos para fazer tanta coisa, só importa o tempo que temos para poder dedicar a essa pessoa. Uma pessoa que te mostra que a amizade é a coisa mais forte do mundo e que não há nada mais importante do que ela. E é essa amizade que te vai fazer perceber que vale a pena parar na rua e observar a luz do dia, ver em vez de olhar, sorrir em vez de chorar. Uma pessoa que te faça rir e que te traga de volta a alegria de viver pode mudar a tua vida e fazer-te perceber que os problemas não são nada em comparação às coisas boas que a vida já te deu.
Ao longo da minha vida, sempre tive pessoas que me marcaram mas nem todas conseguiam entender o meu lado mais sombrio e triste. Mas, como sempre acreditei, há sempre alguém no mundo que te entende a 100% e que vai entender todas as tuas falhas e defeitos. E eu encontrei essa pessoa há um ano atrás. Alguém a quem eu desejo a maior felicidade do mundo, que merece o melhor do mundo e por quem eu dava tudo para ver sempre feliz. A ti, Cristiano, obrigada por seres uma das pessoas mais fantásticas que já conheci, o amigo que sempre pedi e nunca tive, a pessoa que se esforça por me entender e nunca me julga pelas minhas atitudes. Nunca deixes que te cortem as asas, nunca deixes que te façam desistir. És melhor do que aquilo que todos pensam e superior àquilo que imaginas. Um amigo é a coisa mais importante do mundo e ter-te na minha vida veio provar-me isso mesmo. Luta por ti, pelos teus sonhos e ambições e sê feliz como só tu mereces ser. Porque todos merecemos o melhor da vida pelas quedas que demos quando andávamos de bicicleta, pela inocência que tínhamos quando éramos crianças e por termos enfrentado tantas birras sozinhos no quarto. E tu, mais do que ninguém, mereces ver o arco-íris depois da tempestade. 
Porque todos temos alguém que nos faz mudar a nossa vida de uma forma fantástica. Porque todos temos alguém que nos levanta quando estamos prestes a cair e porque todos temos aquele amigo que nos dá 100 quando, por vezes, só conseguimos dar 50. É esse amigo que levamos para a vida e que guardamos em nós para sempre.

sábado, 7 de maio de 2016

Coimbra é tudo!

sábado, maio 07, 2016 6 Comments
Nunca fui muito boa a controlar as emoções mas sempre consegui conter as lágrimas quando queria contê-las. Guardava-as bem dentro de mim até estar sozinha no quarto e poder deitar tudo cá para fora.
Mas, com o passar dos anos, tudo mudou. Hoje em dia emociono-me com tudo e não consigo sequer impedir que as lágrimas caiam dos meus olhos nos momentos mais inapropriados e em que só quero ser forte. Coimbra é a principal culpada por isso. As emoções estão constantemente à flor da pele, e agora que estou a chegar à reta final do segundo ano da licenciatura é praticamente impossível não sentir um misto de sensações. É uma mistura de missão cumprida com uma saudade que já está a espreitar. É difícil ver pessoas que adoramos ir embora e saber que cada vez estamos mais perto de, também nós, seguir em frente. Sempre me disseram que seguir em frente é uma coisa boa e, de facto, é. Mas não há como negar que seguir em frente também é difícil, exige uma coragem enorme e uma força de vontade ainda maior. Não é fácil habituares-te a novas rotinas, a novas pessoas e a novos hábitos. E hoje, no último mês do meu segundo ano, já são muitas as memórias que me passam pela cabeça quando penso nestes dois anos que passaram. Tem sido uma semana muito emotiva e não me canso de agradecer a mim mesma por ter tido força suficiente para me manter aqui e por me deixar amar esta cidade e estas pessoas. 
Coimbra mudou-me. Coimbra tem sido uma força incrível. Coimbra é tudo. E agora? Agora é aproveitar a Queima e todos os momentos com as pessoas que mais adoro no mundo.

terça-feira, 12 de abril de 2016

Partilha a tua história

terça-feira, abril 12, 2016 7 Comments
Olá internautas!
Bem, como sabem, o meu objetivo principal com o blog é mostrar coisas que merecem ser vistas. Isto para vos dizer que, desde que entrei para a blogosfera, tenho lido/visto/lidado com várias histórias de vida que me deixam mesmo sem palavras. Este facto fez com que eu, aliada ao meu ex professor de teatro, embarcasse num novo projeto, um projeto que permita dar voz a tantas pessoas que não têm coragem de se expressar. Queres saber como?
Basicamente só preciso que me contes a tua história. Aquela história que mais ninguém conhece, aquela história que sabes que pode mudar a vida de alguém, algo que te tenha marcado e que saibas que pode marcar a vida de alguém. Já passaste por uma fase tão má na tua vida que não sabias se ias aguentar? Já viveste algo tão fantástico sem estares à espera? A tua história pode trazer esperança a outras pessoas! Tudo o que tens de fazer é seguir os passos que vou deixar em baixo e contar-me aquele segredo que merece ser partilhado. As histórias serão anónimas (a não ser que queiram dar o vosso nome) e serei eu a contá-las na primeira pessoa para que toda a gente as possa ouvir. 
Caso precisem de mais informações basta enviarem uma mensagem para a minha página pessoal que terei todo o gosto em esclarecer-vos.
P.S: A atividade ainda não tem prazo para começar. No entanto, necessito de saber já emails dos interessados para me poder organizar! :)


Se quiseres participar só tens de:
- Seguir o blog;
- Deixar o teu like na página;
- Enviar-me um mail a dizer que queres participar (katia_barbosa21@hotmail.com)


Participa porque a tua história pode ajudar muita gente! 


sábado, 19 de março de 2016

Feliz Dia do Pai!

sábado, março 19, 2016 6 Comments
Não tenho muito a dizer, não tenho muito a escrever...
A única coisa que tenho certa na vida é o amor que sinto por ti e aquele que tu sentes por mim. Tenho um orgulho enorme no pai que tenho e um orgulho ainda maior por saber reconhecê-lo e dizer-lho imensas vezes. Porque o dia do pai é só mais uma data no calendário mas o amor deve ser dado a cada dia que passa. 
Não me canso de te agradecer, pai. Não me canso de te mostrar o quão és importante para mim. Sem ti eu não seria a pessoa que sou hoje. Sem os princípios, os valores e as lições que me transmitiste eu não seria o ser humano que tanto gosto de ser. Se hoje sou feliz, a ti o devo. Se hoje sou uma lutadora, é graças a ti. Se hoje sou o que sou, foi porque tu me ajudaste a sê-lo. Sem ti esta caminhada não seria a mesma coisa, aliás, nem sei se seria alguma coisa. Porque não me imagino nem quero imaginar sem ti por perto. Porque te quero acompanhar em todos os momentos da tua vida até seres velhinho e já não teres força para correr pela casa atrás dos teus netos. Porque te quero na minha vida para me acompanhares em todos os momentos, como sempre o fizeste. 
Obrigada pai, obrigada por me fazeres a pessoa mais sortuda do mundo! Obrigada por me dares a oportunidade de dizer ao mundo que tenho um pai de quem me orgulho e por quem era capaz de dar a vida! Obrigada por seres o que és e, acima de tudo, obrigada por dares tudo pelos teus filhos! És tudo aquilo que quero ser quando for mãe. Obrigada! Porque te amo e vou amar sempre.


sexta-feira, 18 de março de 2016

Finalmente de volta!

sexta-feira, março 18, 2016 3 Comments
Olá internautas!
Bem, passei por aqui para vos pedir desculpa pela minha ausência aqui no blog. A verdade é que esta foi, provavelmente, a semana mais complicada dos últimos tempos. Tive imenso trabalho e não me sobrou tempo nenhum para vir à net sequer. E quando o trabalho se une aos problemas pessoais, as coisas são ainda piores. Ainda me custa a acreditar que já é sexta-feira!
Finalmente a semana acabou e eu já estou em casa com a minha família e pronta para umas mini-férias bem merecidas.
A partir de amanhã os posts voltarão a ser  diários e as entrevistas irão voltar no sábado seguinte prometo!
Bom fim-de-semana leitores! :)

quinta-feira, 3 de março de 2016

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Obrigações a chegar

segunda-feira, fevereiro 15, 2016 13 Comments
Acabadinha de chegar a Coimbra, e apesar de só estar na segunda semana de aulas, já tenho mil e uma coisas para fazer. Mil e uma coisas em que pensar.
Quanto a vocês não sei mas a mim acontece-me tudo ao mesmo tempo. Tive um fim de semana mais cansativo do que propriamente relaxante. Uma viagem de comboio que era suposto durar 1h50, durou 5h porque o mau tempo não ajudou muito. Só gosto de chuva quando estou em casa, essa é que é a verdade. 
Agora, de volta à faculdade, vou passar a semana a tentar empenhar-me ao máximo para todas as coisas que, feliz ou infelizmente, já tenho para fazer.
Boa semana a todos internautas!

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Atraso em publicação

sexta-feira, fevereiro 05, 2016 4 Comments
Boa noite internautas!
Vim pedir-vos imensa desculpa pelo meu atraso relativamente a este post. Sei que prometi, no máximo, publicar o vídeo na primeira semana de fevereiro mas não contava ter tanto trabalho e tão pouco tempo. No entanto, prometo publicar o vídeo em breve e responder a todas as vossas questões. Nas próximas duas semanas já terei isso pronto. Até lá peço-vos que continuem a seguir o blog porque amanhã será publicada uma nova entrevista! :p
Querem ficar a saber qual é? Metam like na página do facebook do blog aqui.



terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Aceita-a e ama-a mesmo com todos os seus devaneios.

sexta-feira, janeiro 29, 2016 12 Comments
Mulher é mulher mesmo com todos os seus devaneios, defeitos e contradições.
Não procures a mulher "ideal" para ti porque ela não existe. Ou se calhar até existe mas não da forma que tu pensas. A mulher ideal não é aquela que tem um emprego seguro, um bom carro, que cuida da casa e é uma excelente mãe. A mulher ideal é aquela que comete erros, é louca, faz cenas de ciúmes, põe o amor que sente por ti à frente de qualquer trabalho e escolhe-te a ti em todas as suas decisões. 
Não tentes procurar a mulher certa porque não a vais encontrar. No amor nada é certo. Ama, ama incondicionalmente sem pensar em mais nada. Esquece o futuro e vive o agora. Não tenhas medo de te envolver porque, se te entregares, ela não vai querer mais ninguém. Ela vai mostrar-se diferente quando está contigo, vai revelar uma mulher que ninguém mais conhece. Vai deixar de ser calma para passar a ser ousada. Vai deixar de dormir tanto tempo para poder passar mais horas a falar contigo ou simplesmente a imaginar um futuro a dois. Vai cometer loucuras, loucuras que nunca pensou cometer. Vai parar de dizer "nunca" porque vai perceber que contigo pode cometer as maiores loucuras e acreditar em coisas nas quais nunca acreditou. Vai chorar sem motivos, vai ter ciúmes sem razão, vai querer bater-te porque a vais irritar algumas vezes, vai ter medo de te perder e ficar insegura. Mas, mesmo assim, vai estar ali ao teu lado. E mesmo quando pensar em desistir vai arranjar forma de consertar e de lutar porque ela sabe que amor como o vosso não vai encontrar em mais lugar nenhum. 
Porque se souberes cuidar dela, ela vai saber cuidar de ti. Porque tu vais ser o seu fio condutor. Ela vai viver por ti e para ti. Vai amar-te como não ama mais ninguém e vai defender-te mesmo quando não mereceres. Por isso, aceita-a e ama-a mesmo com todos os seus devaneios. Porque são esses devaneios que te vão fazer feliz até ao resto da tua vida, ou até quando tu a deixares permanecer no teu coração.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Talvez esse nome seja a coisa mais importante da tua vida

quinta-feira, janeiro 14, 2016 6 Comments
Quando gostas aceitas tudo. Fazes sacrifícios. Ultrapassas as mais cruéis tempestades e lutas para ver o sol lá no fundo do horizonte.
Sempre me disseram que não é fácil, é verdade. Mas também sempre acreditei que nada é impossível. Afinal, o que é que o amor não resolve? Talvez nem todos saibamos usufruir do amor da mesma forma. Para alguns ele é uma arma que serve para causar os maiores estragos, para outros é a força mais poderosa deste mundo. Sim, é essa a palavra certa "força". Talvez uma das palavras que melhor descreve esse sentimento a que todos chamamos "amor". Pena que nem toda a gente tente entender o seu significado, mas eu tento e eu entendo. Agora entendo. Todos chegamos a uma fase da nossa vida em que começamos a perceber um bocadinho mais sobre o amor. Explicações mais adultas do que aquelas que tínhamos quando éramos crianças. O amor é a maior força que existe. É universal. É único. Não tem forma, nem cor. Mas, certamente, tem o nome. Tem o nome que nós lhe quisermos dar. O meu amor também tem um nome. Um nome que eu guardo a sete chaves, um nome que me faz acordar todos os dias com vontade de ser feliz. Um nome que, no meio de tantos, é único e nunca vai deixar de ser. É engraçado porque esses nomes pelos quais nós nutrimos amor não têm uma definição no dicionário. Talvez porque sejam a única coisa que não se define. É impossível arranjar uma definição para algo que nos enche o coração de tal forma que ficamos sem conseguir respirar por breves segundos. Talvez esse nome seja a coisa mais importante da tua vida. Talvez esse nome não seja apenas um nome mas sim um alguém. Um alguém com o nome mais bonito que tu alguma vez ouviste. Um nome que te faz pensar na música mais bonita que o teu coração já ouviu. Talvez esse alguém seja a exata definição do amor para ti neste momento. Mas tu não percebes e, na maior parte das vezes, finges não perceber. Não deixes fugir esse alguém. Não deixes que, da próxima vez que ouvires esse nome, as únicas coisas que sentes passem a ser dor e sofrimento. Preserva as borboletas na barriga das quais tens vindo a fugir há tanto tempo. Preserva o sorriso parvo sem motivo aparente. Preserva o calor que te aquece por dentro quando pensas nesse alguém. Preserva essas coisas mais simples porque, acredita, é nelas que reside a tua felicidade.
Porque não há felicidade completa sem um bocadinho de amor à mistura. Nada se faz sem amor, não se vive sem amor e nem toda a gente tem a capacidade de amar. Por isso, considera-te uma sortuda.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

All I want for Christmas is...

segunda-feira, dezembro 21, 2015 10 Comments
Percebes que alguém é importante para ti quando queres a felicidade dessa pessoa acima de tudo. Quando a colocas no topo da lista das tuas prioridades e, acima de tudo, quando não pensas em mais nada o tempo inteiro.
Não é fácil sentir que gostamos de alguém mais do que gostamos de nós próprios ao ponto de ser capaz de dar a vida por essa pessoa ou simplesmente abdicar da tua felicidade em prol da dela. Mas é esse o verdadeiro sentido da nossa existência. Nascemos para lutarmos pela nossa felicidade, é verdade. Mas, e se a nossa felicidade estiver toda contida numa só pessoa? Se a nossa felicidade depender de alguém que não somos nós? É isso que quero até ao fim dos meus dias. Fazer da tua felicidade a minha, colocar-te no topo das minhas prioridades e sentir que esse foi o verdadeiro sentido da minha existência. Afinal, de que serve uma carreira fabulosa, uma casa com piscina e uma aparência brilhante se, no final do dia, aquele sorriso que tanto queres não te pertence? Às vezes a felicidade não está no que comprámos mas naquilo que nunca conseguimos comprar. Aliás, atrevo-me a dizer que a felicidade está somente naquilo que o dinheiro não compra. Às vezes o sorriso da pessoa que mais amamos no mundo é o suficiente para nos fazer a pessoa mais feliz de sempre. Eu sinto-me a pessoa mais feliz do mundo pelo simples facto de ter olhado para ti. Nem toda a gente teve essa sorte. Talvez porque ninguém te olha como devia olhar. Sim, porque tu és muito mais do que aquilo que os outros pensam. Tens aquilo que mais ninguém tem e não consigo perceber como é que mais ninguém vê isso. 
Se é Natal, tu és o meu maior presente, a tua felicidade é o meu maior presente. Para além disso não preciso de mais nada, não quero mais nada e não vivo por mais nada. Um dia alguém me disse que não temos de nos desculpar por aquilo que escolhemos como prioridade e tu és a minha. E eu nunca me vou desculpar por isso. Porque não preciso. Porque não faz sentido. Porque tu és tudo. E por ti eu faço o que for preciso. Para te proteger eu travo as batalhas que forem precisas, desisto do que for preciso desistir e abdico do que tiver de abdicar. Porque a nossa felicidade nem sempre está no nosso futuro, às vezes está bem no nosso presente mas estamos tão ocupados a pensar no dinheiro que queremos ter na nossa bancária daqui a dez anos que a deixamos passar-nos à frente. E eu não quero isso. Não quero estar bem na vida daqui a dez anos e, mesmo assim, sentir um vazio que nunca poderá ser preenchido. Porque eu não quero deixar-te fugir mesmo antes de te ter agarrado. Porque tu és tudo e o resto é nada. Porque tu és a luz no meio da escuridão que o resto do mundo tenta atirar para cima de mim. Porque mesmo sem saberes conseguiste levantar-me quando eu já não tinha forças para sair do chão. 
Obrigado! Obrigado por me teres mostrado que a vida é muito mais do que aquilo que nós pensamos ser. Talvez não o consigas ensinar a mais ninguém, talvez ninguém perceba o quão tu consegues ser feliz com coisas tão básicas como o olhar pela janela e admirar o céu. Talvez ninguém te entenda. Mas eu entendo. Talvez porque somos feitos da mesma fibra. Talvez porque é mais aquilo que nos une do que aquilo que nos separa. Talvez porque tu apareceste para me fazer ver aquilo que eu teimava em apagar. Foste o maior presente de Natal que podia ter recebido, foste a pessoa mais encantadora que podia ter sido trazida até mim e nada nem ninguém vai tirar-me isso. Porque eu não vou deixar. Porque para chegarem até ti vão ter de passar por mim primeiro. Porque sim. Porque tudo. 
Feliz Natal a ti. Feliz Natal a nós. Feliz Natal àquilo que temos. Feliz Natal àquilo que não temos. E que o ano que aí vem te traga, de novo, até mim. Desta vez sem cobardias ou incertezas, sem medos ou reticências. Só certezas e firmeza. Apenas tu e eu. Apenas eu e tu. Apenas nós os dois.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Coimbra dos Amores

sexta-feira, dezembro 18, 2015 10 Comments
Acabou-se o primeiro semestre. Não posso deixar de sentir aquela melancolia saudável que significa felicidade por mais um dever cumprido. 
Sim, este foi, sem dúvida, o semestre mais cansativo de sempre. Acho que nunca me senti tão cansada na minha vida toda! Mas as dores que sinto pelo corpo aquecem-me o coração. São dores de cansaço é verdade, mas significam muito mais que isso. Significam o esforço, a dedicação e a vontade de a cada dia melhorar mais um bocadinho. Estes meses foram, provavelmente, os mais felizes que já tive quer a nível de estudos, quer a nível de amizade. Os laços que já tinha conseguiram aumentar ainda mais e nunca me custou tanto voltar para casa sabendo que, em Coimbra, ia deixar as melhores pessoas que alguma vez entraram na minha vida. Este semestre conheci pessoas fantásticas, que me ensinaram que há muito mais para além daquilo que vemos todos os dias. Tive, sem dúvida, os melhores professores e vivi experiências únicas que nunca mais vou esquecer, passe o tempo que passar. Este semestre tudo aconteceu. Ri, chorei até não poder mais, apanhei sustos de morte, pensei que não ia sobreviver a semanas e semanas de trabalho e... apaixonei-me. Coimbra tem estas coisas fantásticas. Coimbra surpreende-nos. Coimbra é capaz de tudo! Cada vez mais sinto que estou no lugar certo e que não quero por nada que isto que estou a viver acabe. 
Hoje, ao entrar no autocarro que me trouxe de volta a casa, não consegui conter as lágrimas. Eu consegui, Eu sobrevivi a tantas noites sem dormir, a frequências de um curso que não era o meu, consegui conciliar dois cursos, consegui correr de casa para a faculdade e da faculdade para casa em milésimos de segundo. Consegui terminar trabalhos quando só pensava "vou desistir e deixar isto para recurso", mas não, eu consegui bolas! Isto só prova que o amor é tudo, com amor tudo se faz, com amor cada pequeno grande esforço vale a pena.
E agora preparem-se porque, pelo menos até Fevereiro, vou voltar a estar mais ativa no blog! 

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

O melhor que a vida nos dá

quinta-feira, dezembro 10, 2015 4 Comments
O melhor que a vida nos dá... Esta frase pode suscitar em diferentes pessoas, diferentes perspetivas. Mas, para mim, não há nada melhor na vida do que os amigos.
Amigos são, sem dúvida, a melhor coisa que a vida nos pode trazer. Hoje senti isso mais que nunca. Há gestos tão simples que nos podem fazer tão felizes desde que sejam feitos pelas pessoas certas!
Confesso que quando me vi em Coimbra, no primeiro ano, me senti completamente perdida. Foram meses terríveis, sem saber muito bem o que fazer ou para onde me virar. Nunca pensei que um dia ia ficar tão dependente desta cidade no que toca a laços afetivos, A verdade é que foi em Coimbra que conheci as melhores pessoas de sempre, as que quero guardar até ao fim dos meus dias. Tenho a certeza que laços deste nunca se perdem por mais anos que passem e por mais afastadas que possamos estar. Há coisas que, simplesmente, ficam gravadas no nosso coração e aquilo que é puro é uma delas.
Orgulho-me por completo de poder dizer que tenho pessoas incríveis na minha vida, que me fazem querer continuar quando estou prestes a desistir e que me dão força para fazer coisas que nunca antes imaginei saber. Não há nada na vida que nos faça mais feliz do que as pessoas. São elas que nos fazem mais fortes, são elas que nos apoiam e nos fazem sorrir e, sem dúvida, são elas que nos constroem aos poucos.
Por isso, tenho de agradecer a essas pessoas que tantas lágrimas de felicidade já me fizeram derramar. Sou uma sortuda, a mais sortuda...

Até logo, Diamond!

Obrigada pela visita!
Volta Sempre :)