Atacantes de "Charlie Hebdo" mortos.
Cátia Barbosa
sábado, janeiro 10, 2015
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Ontem, 9 de
Janeiro de 2015, enquanto viajava de volta a casa deparei-me, na rádio, com a
notícia de que os suspeitos estariam barricados e teriam feito reféns. Tentei
perceber tudo o que se estava a passar mas a notícia foi demasiado rápida.
Percebi que algo de grave iria acontecer e que as mortes não tinham acabado no
dia em que os suspeitos invadiram o jornal.
Assim que
cheguei a casa fui ver as notícias e não pude conter a minha revolta quando vi
que houve reféns mortos. Mais pessoas inocentes morreram, mais famílias
choraram a morte dos seus ente queridos... Onde é que este mundo vai parar? Já
perdi a conta às pessoas inocentes que perderam a visa nesta história, ao
sangue derramado pelas ruas e às lágrimas que já caíram por todo o país. Seria
fantástico que toda a gente percebe-se que todos temos o direito de nos
expressar e a sátira é só mais uma forma de expressão que deve ser respeitada
como qualquer outra. Não podemos nem devemos deixar este acontecimento passar
em vão. A liberdade de expressão é um direito que não só pertence a todos os
jornalistas como a todos nós.
"A polícia confirmou que os dois irmãos suspeitos do
ataque ao Charlie Hebdo, Chérif et Said Kouachi, morreram.",
adiantou o Público esta sexta-feira. Apesar de me
custar ver que foi preciso chegar a este ponto, não consigo deixar de entender
a situação dos agentes que, ao verem que os suspeitos não tinham qualquer
intenção de parar de matar, tiveram de abrir fogo sobre eles. Ao que consegui
apurar parece que a situação está mais calma por agora e que as pessoas já saem
às ruas apesar do medo. Falta ainda encontrar Hayat Boumeddiene, a mulher
mais procurada em França neste momento.
Desde este trágico acontecimento, a frase “Je suis Charlie” tem corrido
o mundo como forma de homenagem para com todas as vítimas deste atentado e eu
digo e volto a repetir: Todos temos de nos unir, todos somos livres, todos
somos Charlie!