A vida obriga-nos a
crescer. Passamos grande parte do tempo a correr, preocupados com o amanhã, sem
pensar muito no hoje. Vamos na rua e encontramos aquela pessoa que já não vemos
há imenso tempo. Pergunta-nos o que temos feito, como está a correr o trabalho,
quando é que vamos casar e se pretendemos ter filhos em breve. Pergunta-nos
tudo menos o mais importante: se estamos felizes.
A sociedade planeia tudo
por nós. Como se tivessemos de viver por etapas. Estudas para conseguires um
bom trabalho (sem que te perguntem se é o trabalho que te apaixona), depois,
automaticamente, tens de formar uma família. Se fizeres isto tudo direitinho,
as pessoas partem do princípio de que tens a vida perfeita. Aos olhos delas, és
feliz. Mesmo que não o sejas. E, se mostrares que não o és, provavelmente vão
chamar-te de mal agradecido e dizer que não sabes aproveitar aquilo que tens.
No fundo, tudo é posto em primeiro lugar, menos a felicidade. Raramente paramos
para pensar se é mesmo isto que queremos ou se o fazemos porque o que está à
nossa volta assim o exige. Não nos perguntamos se somos felizes, o que é que
nos faz falta ou o que é que queremos mudar. Talvez porque a mudança nos
assusta, principalmente se isso significar quebrar o que “é suposto acontecer”.
Aquele conhecido segue o
seu caminho. E tu também. Falaram sobre tudo o que envolve as vossas vidas, mas
nem sequer te ocorre que nenhum perguntou ao outro se está feliz. Talvez porque
nem tu colocas essa questão a ti mesmo. Por mera distração. Porque estás a
pensar em mil e uma coisas ao mesmo tempo. E a maior parte delas nem sequer tem
importância porque se baseiam nos teus planos de corresponder às expectativas
que o mundo tem sobre ti. Mas a vida só funciona realmente se olharmos mais
para dentro do que para fora. E se, neste preciso momento, estiveres a viver
uma vida que não é a tua?
Publicado em: Repórter Sombra.
Chegamos a um ponto em que a felicidade parece uma utopia, uma necessidade de segundo plano. Quando, na realidade, é muito daquilo que nos move. Precisamos de estar bem, felizes, realizados, para prosseguirmos. E, para tal, temos que seguir o nosso caminho. Não somos máquinas, muito menos fotocópias, para termos que decalcar passos iguais
ResponderEliminarÀs vezes pergunto-me se estou realmente feliz, se esta vida é a minha ou se alguém está a "jogar" comigo. Mas uma coisa eu sei: posso ainda não ser plenamente feliz porque acho que só o vou ser quando alcançar alguns objetivos na minha vida mas um dia poderei dizer "eu sou completamente feliz!"
ResponderEliminarBeijinhos
THAT GIRL | FACEBOOK PAGE | INSTAGRAM | TWITTER