Alô, internautas! É verdade que tenho estado ausente deste cantinho e perdoo-vos se já se tiverem esquecido de mim (ai de vocês!). No entanto, o motivo da minha ausência ao longo deste último meio ano é um excelente motivo.
Como sabem -por já o ter partilhado aqui no blog-, entrei no mestrado em Jornalismo e Comunicação, na FLUC e quis dedicar-me a 100% a ele. O blog acabou por ficar um bocadinho para trás por ter de me dedicar ao mestrado e por fazer parte da rádio e de um jornal online. Portanto, foi um ano de loucos, é verdade. Mas compensou imenso. E, apesar de ter sentido saudades deste cantinho, tomar a decisão de me afastar por uns tempos foi fulcral para o meu bom aproveitamento nas outras áreas. E a prova disso foram os resultados e as aventuras que fui vivendo. Conheci novas realidades e vivi experiências que me marcarão para sempre. Algumas delas até fui partilhando aqui conforme fui conseguindo.
O post que vos trago hoje não só marca o meu regresso como tem o objetivo de vos mostrar um dos resultados da minha ausência ao longo dos últimos meses. Há umas semanas (se não me falha a memória), partilhei convosco a minha curta-metragem. A primeira que realizei. Foi um desafio que consegui superar com sucesso e orgulho. Agora, partilho convosco o trabalho que fiz com a maior paixão do mundo. Como sabem, a rádio é a minha vida. Aquilo que me inspira a ser melhor todos os dias. E, dentro da rádio, fazer reportagens é das coisas que mais me dá prazer. Quando surgiu a oportunidade de fazer uma Grande Reportagem para uma cadeira da faculdade, não desisti até me dizerem que a podia fazer em formato radiofónico. E depois? A escolha do tema foi fácil. Quis juntar duas áreas que amo num trabalho só: a rádio e o teatro. Por isso, lancei mãos à obra e fiz a reportagem sobre a forma como o teatro pode ser visto enquanto uma terapia. Investiguei, ouvi diversos "não" e chorei bastante porque via tudo a conspirar contra mim. A parte mais difícil do trabalho jornalístico é que, por vezes, as pessoas não colaboram e tu tens de dar a volta e não deixar o trabalho desaparecer. Finalmente (e depois de muito procurar e batalhar) consegui recolher testemunhos de pessoas ligadas ao psicodrama (terapia que usa técnicas teatrais) e da APPACDM (onde pude falar com utentes com diversas deficiências mentais que me disseram que o palco as libertava e lhes dava autonomia).
Este foi, sem dúvida, um trabalho que me levou às lágrimas pelas realidades que conheci, pelas experiências que vivi e pelo resultado final que, no fundo, superou as minhas expectativas. Quanto ao processo, não sei do que gostei mais. Se escrever o texto, gravar as entrevistas ou editar tudo. É este o poder que a rádio tem em mim. Não consigo decidir o que mais gosto de fazer dentro deste mundo, porque tudo é mágico. Tudo me faz sentir livre. Tudo me encanta. E sou tão feliz a fazer isto que tudo o que mais quero é fazê-lo para sempre.
O que aqui em baixo vos mostro é o resultado deste trabalho que fiz com todo o amor do mundo. Oiçam-no e percebam o encanto da rádio. O encanto do teatro e valorizem estes dois mundos. É isso que eu mais quero: que as pessoas valorizem mais estas que são as minhas duas maiores paixões.
Grande Reportagem disponível aqui.
Quando definimos as nossas prioridades, inevitavelmente, há coisas que ficam em segundo plano. Faz parte. E isso não quer dizer que se goste menos de determinado projeto, simplesmente precisamos de nos focar noutros :)
ResponderEliminarDesmotiva quando tens uma ideia que te enche as medidas, mas depois sentes que não há colaboração, o que acaba por a limitar. Apesar disso, ainda bem que acabou por correr tudo pelo melhor.
Fico muito feliz por ti <3
r: Quando tiveres oportunidade, aconselho. Também demorei um pouquinho a aventurar-me nos seus livros, mas vale bem a pena :)
Beijinho grande