quinta-feira, 21 de junho de 2018

# Grande Reportagem # Jornalismo

Palcos terapêuticos

Alô, internautas! É verdade que tenho estado ausente deste cantinho e perdoo-vos se já se tiverem esquecido de mim (ai de vocês!). No entanto, o motivo da minha ausência ao longo deste último meio ano é um excelente motivo.
Como sabem -por já o ter partilhado aqui no blog-, entrei no mestrado em Jornalismo e Comunicação, na FLUC e quis dedicar-me a 100% a ele. O blog acabou por ficar um bocadinho para trás por ter de me dedicar ao mestrado e por fazer parte da rádio e de um jornal online. Portanto, foi um ano de loucos, é verdade. Mas compensou imenso. E, apesar de ter sentido saudades deste cantinho, tomar a decisão de me afastar por uns tempos foi fulcral para o meu bom aproveitamento nas outras áreas. E a prova disso foram os resultados e as aventuras que fui vivendo. Conheci novas realidades e vivi experiências que me marcarão para sempre. Algumas delas até fui partilhando aqui conforme fui conseguindo.
O post que vos trago hoje não só marca o meu regresso como tem o objetivo de vos mostrar um dos resultados da minha ausência ao longo dos últimos meses. Há umas semanas (se não me falha a memória), partilhei convosco a minha curta-metragem. A primeira que realizei. Foi um desafio que consegui superar com sucesso e orgulho. Agora, partilho convosco o trabalho que fiz com a maior paixão do mundo. Como sabem, a rádio é a minha vida. Aquilo que me inspira a ser melhor todos os dias. E, dentro da rádio, fazer reportagens é das coisas que mais me dá prazer. Quando surgiu a oportunidade de fazer uma Grande Reportagem para uma cadeira da faculdade, não desisti até me dizerem que a podia fazer em formato radiofónico. E depois? A escolha do tema foi fácil. Quis juntar duas áreas que amo num trabalho só: a rádio e o teatro. Por isso, lancei mãos à obra e fiz a reportagem sobre a forma como o teatro pode ser visto enquanto uma terapia. Investiguei, ouvi diversos "não" e chorei bastante porque via tudo a conspirar contra mim. A parte mais difícil do trabalho jornalístico é que, por vezes, as pessoas não colaboram e tu tens de dar a volta e não deixar o trabalho desaparecer. Finalmente (e depois de muito procurar e batalhar) consegui recolher testemunhos de pessoas ligadas ao psicodrama (terapia que usa técnicas teatrais) e da APPACDM (onde pude falar com utentes com diversas deficiências mentais que me disseram que o palco as libertava e lhes dava autonomia).
Este foi, sem dúvida, um trabalho que me levou às lágrimas pelas realidades que conheci, pelas experiências que vivi e pelo resultado final que, no fundo, superou as minhas expectativas. Quanto ao processo, não sei do que gostei mais. Se escrever o texto, gravar as entrevistas ou editar tudo. É este o poder que a rádio tem em mim. Não consigo decidir o que mais gosto de fazer dentro deste mundo, porque tudo é mágico. Tudo me faz sentir livre. Tudo me encanta. E sou tão feliz a fazer isto que tudo o que mais quero é fazê-lo para sempre.
O que aqui em baixo vos mostro é o resultado deste trabalho que fiz com todo o amor do mundo. Oiçam-no e percebam o encanto da rádio. O encanto do teatro e valorizem estes dois mundos. É isso que eu mais quero: que as pessoas valorizem mais estas que são as minhas duas maiores paixões. 

Grande Reportagem disponível aqui.

1 comentário:

  1. Quando definimos as nossas prioridades, inevitavelmente, há coisas que ficam em segundo plano. Faz parte. E isso não quer dizer que se goste menos de determinado projeto, simplesmente precisamos de nos focar noutros :)
    Desmotiva quando tens uma ideia que te enche as medidas, mas depois sentes que não há colaboração, o que acaba por a limitar. Apesar disso, ainda bem que acabou por correr tudo pelo melhor.
    Fico muito feliz por ti <3

    r: Quando tiveres oportunidade, aconselho. Também demorei um pouquinho a aventurar-me nos seus livros, mas vale bem a pena :)

    Beijinho grande

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