Sara Ribeiro é uma
jovem amante de música que, desde cedo, começou a cantarolar temas de algumas
bandas que a inspiram até aos dias de hoje.
Aos 16 anos de idade,
Sara já fazia parte de uma banda de originais, Perfect Mess, onde começou a explorar a sua veia criativa. Mas, aos
19 anos, mudou-se para Lisboa para estudar Design e a música passou
automaticamente para segundo plano.
De 2008 a 2014 fez
parte de uma banda de covers, os Glow,
onde teve a oportunidade de explorar a sua maior paixão: o rock. Mas a sua
primeira experiência no mundo televisivo surge em 2011 quando decide participar
no programa A Voz De Portugal, na
RTP1. Apesar de ter sido eliminada na fase das Batalhas, Sara não desistiu e,
em 2013, influenciada pelo seu irmão e pelo seu companheiro, voltou à televisão
desta vez num programa da SIC. Factor X mostrou
ser um verdadeiro teste para a Sara enquanto cantora que se revela orgulhosa do
seu percurso. Conseguiu chegar à sexta gala em direto e, a partir daí, nunca
mais parou.
Nesta entrevista, Sara
Ribeiro fala-nos da sua participação no programa televisivo assim como do seu
amor pela música e do que podemos esperar dela no futuro.
Como
surgiu o teu gosto pelo mundo da música?
O meu gosto pela música
começou quando eu tinha quatro anos por influência do meu pai, que sempre ouviu
muita música, e foi-se desenvolvendo ao longo dos anos. Aos 9 anos descobri a
paixão por cantar e tive algumas aulas de formação musical e isso ajudou-me, de
alguma forma, a descobrir o que é que eu gostava de fazer.
Encontras
alguma relação entre design de interiores e a música?
Não existe nenhuma
relação direta entre ambos. A única relação que existe entre essas duas coisas
é mesmo ser a área das Artes. Eu sempre fui ligada à área das Artes, sempre
estive ligada ao desenho e à música. Por isso, a única ligação que existe é
aquela que eu faço, que consiste em conjugar as duas. Aos 18 anos fui para a
faculdade, tirei o curso de Arquitetura e Design, na Faculdade de Arquitetura
em Lisboa e estive muitos anos afastada da música. A Licenciatura foi de seis
anos e, quando terminei o curso e comecei a trabalhar como designer de
interiores, comecei a trabalhar na área da música de forma mais profissional.
Desde então comecei a levar a coisa mais a sério na área da música mas sempre
ligada ao rendimento do design de interiores que também gosto muito.
Então
nunca pensaste seguir um curso só de música?
Eu nasci com a música
em mim e fui desenvolvendo esse gosto como um hobbie e como uma paixão. De
certa forma, vi sempre a música dessa forma e, hoje em dia, ainda a vejo assim.
O que, por um lado, é mau porque trabalho na área da música e ela acaba por ser
80% da minha atividade profissional e a área do design 20% e há alturas em que
é o oposto. Mas tento sempre manter o equilíbrio entre as duas e não deixar nem
uma nem outra, porque eu gosto de ambas. Mas a verdade é que a música é mais
importante para mim do que a minha formação profissional, digamos assim.
E
como surgiu a ideia de participares no Factor
X?
Participar no Factor X não foi ideia minha porque eu
estava completamente dedicada à minha área profissional, trabalhava muito longe
de casa e vivia para o trabalho. E a verdade é que o meu irmão e o meu
companheiro juntaram-se e criaram um grupo secreto no facebook para me obrigar
a ir ao Factor X . E esse grupo
cresceu muito e eu inscrevi-me no programa. Inscreveres-te não significa que lá
chegues porque existem muitas fases que as pessoas não vêem em casa, muitas
fases que não passam na televisão e muitas fases de recrutamento, por assim
dizer e, portanto, há um todo gigante de produção por detrás do programa. E, no
fundo, é vestires a camisola e entregares-te àquilo. E como a Sónia disse a
certa altura do programa, fui passando entre os pingos da chuva, de forma muito
discreta, nunca quis evidenciar-me de forma alguma. Eu já canto
profissionalmente desde 2007/2008 e não queria chegar lá e sair desiludida ou
magoada com o programa e ter chegado aos diretos foi muita sorte porque, de
certa forma, arrisquei e todas as cartas que tinha eu mostrei e tive sorte. Fui
a única mulher na categoria de adultos que a Sónia teve. O meu objetivo era
mostrar a minha veia rockeira e consegui!
Qual
foi a atuação que mais te marcou?
Foi a atuação dos Foo
Fighters, The Best Of You, que foi
quando eu tive oportunidade de me libertar a 100% e de subir para o meio do
público e aí senti “ok, foi para isto que cá vim, já posso ir embora descansada
porque era este o meu objetivo”. O meu objetivo era mesmo mostrar que eu sou
assim, é aquilo que gosto de fazer. Há pessoas que também gostaram muito de me
ouvir cantar Tina Turner porque nunca me imaginei a cantar Tina Turner.
Identifico-me também muito com Bon Jovi porque é das bandas que gosto mais. Mas
Foo Fighters foi mesmo a atuação em que tive a oportunidade de mostrar a 100% a
minha personalidade enquanto cantora rock.
Gala
5- Factor X
E
qual foi a fase mais difícil do programa?
Houve várias fases um
bocadinho complicadas. Perdi algum peso porque, quer queiras quer não, acaba
por te pesar muito a responsabilidade de estares em direto e de decorares as
músicas em muito pouco tempo. As fases mais difíceis foram, provavelmente, o
início –em que me dei a conhecer e tive aquele receio de me darem respostas
negativas-, e a fase de ter saído e ter estado doente na semana anterior, que
foi realmente difícil para mim. Mas não saí derrotada, muito pelo contrário, o
programa trouxe-me muita coisa, acredita, mesmo muita coisa. Se acompanharem o
meu percurso na minha página vão ver que, em breve, vão haver novidades. O Factor X trouxe muita coisa positiva
para a minha vida e, felizmente, consegui explorar ainda mais a minha veia do
rock e, cantar em nome próprio e a solo, é espetacular. A partir daí continuei
sempre a cantar como “Sara Ribeiro”, estou envolvida num projeto de uma banda
de originais que ainda não posso divulgar, e estou a trabalhar bastante com
eles no sentido de promover mais o rock em Portugal. Eu costumo dizer que é 50%
trabalho, 50% sorte porque nós sabemos muito bem que, num país tão pequeno, as
pessoas estão habituadas àquelas pessoas e às vezes não olham tanto para o que
é novo. Eu vou ser a voz da banda e espero que isso aconteça para breve.
Como
referiste continuas ainda ligada à música e a tua vida mudou depois do Factor X. Que aspetos mudaram?
Todos os aspetos.
Deixei de trabalhar em design de interiores a 100%. O ano de 2014 foi
totalmente dedicado à música. Aproveitei o facto de ter saído do programa há
pouco tempo. Mudou também o facto de, atualmente, eu trabalhar por conta
própria como designer porque consigo fazer uma gestão melhor da música e do
design. E voltei, de novo, ao design porque há coisas que não se podem mesmo
largar. O rock é uma área da música em que, depois de sermos velhos, torna-se
complicado termos a mesma postura em palco a cantar esse estilo e, de certa
forma, por segurança, amor e por paixão não quero desperdiçar esse meu talento
porque também gosto muito da área do design. Mas sim, o Factor X mudou muito a minha vida porque deixei o meu trabalho em
prol do programa e em prol da minha carreira na música e, felizmente, surgiram
muitas oportunidades na música graças ao programa.
Escreveste
no teu facebook “Quando deixares de acreditar é porque deixou de valer a pena”.
Já estiveste perto de deixar de acreditar?
Não. Nunca estive. E
essa mensagem foi para algumas pessoas com quem trabalhei e para as pessoas que
continuam a acompanhar-me e, a seguir a isso, eu escrevi que, enquanto houver
pessoas que continuam a ajudar-me, essa mensagem será dirigida a essas pessoas
que continuam a acompanhar-me mesmo depois de o programa ter terminado. E, de
certa forma, quando deixar de acreditar é porque as coisas aconteceram da forma
que tinham de acontecer e, neste momento, eu acredito e vou continuar a
acreditar. Porque isso vai acontecer enquanto houver pessoas do nosso lado a
apoiar-nos -estou a falar da minha família, do meu namorado, dos meus amigos e
das pessoas que trabalham diretamente comigo-, pois o acreditar tem a ver com
tudo isso. Essas pessoas acreditam juntamente comigo. Eu não estou sozinha.
Que
mensagem pretendes transmitir às pessoas quando cantas?
Enquanto canto, a
entrega é tão grande porque carrego no botão e estou num mundo completamente
diferente. É como se estivesse no mundo da fantasia. Não há uma única música
que eu cante e que não me esteja a arrepiar e aquilo que pretendo transmitir às
pessoas é mesmo essa paixão e quero mesmo que essa mensagem chegue às pessoas
através das minhas interpretações. Eu canto covers e espero que a mensagem,
mesmo cantando músicas das outras pessoas, chegue às pessoas. Porque a música
não é só cantar, é a linguagem corporal, são as expressões, é o olhar e o suor
que me sai do corpo. A música é tudo isso. Primeiro é a minha paixão e só
depois é o lucro. Se eu puder fazer isso todos os dias, eu faço.
Falaste
dos covers. Tens uma banda de covers desde 2008. Que importância é que ele tem
para ti e para o teu percurso musical?
A banda foi até à
altura do Factor X porque depois eu
decidi cantar em nome próprio. É importante falar dela porque eu sempre aprendi
muito com eles e eles comigo, de certa forma, crescemos na música juntos. O
mais importante para mim foi estar em frente às câmaras porque, como eu costumo
dizer, eu posso não ter ganho o programa mas ganhei a confiança que eu
precisava para encarar a música de forma mais séria porque eu não tinha essa
consciência. Mas essa banda foi muito importante, na medida em que, aprendi
muita coisa, tive aulas de canto para preservar a voz e havia técnicas que não
tinha e não dominava e essa banda serviu para descobrir coisas em mim que ainda
não sabia que tinha. Agora, quando chego ao palco, o que faço é deixar-me levar
pela música.
Já
nos deste algumas dicas de alguns projetos futuros. Mas onde é que te podemos
encontrar? Muita gente lembra-se de ti mas não sabe se estás ou não ativa...
Estou ativa a 200%. As
pessoas podem encontrar-me na página de facebook e no perfil pessoal. Estou
como artista de música. Eu vou colocando sempre por onde ando e vou publicando
sempre agradecimentos e os sítios onde vou estar. Continuo a cantar em bares, em
festas da cidade, festas da aldeia e em eventos privados. Estou também a fazer
parte de vários musicais, um deles é o Capas
Negras, ligado à cidade de Coimbra. Eu tenho feito muita coisa mesmo, não
estou desaparecida. Sei que o mais fácil é procurar na televisão mas a verdade
é que tenho trabalhado muito na música. E em Janeiro/Fevereiro vou entrar em
estúdio para gravar um álbum com uma banda de originais que não posso mesmo
divulgar mas, em breve, darei notícias. Estou na música e estou para ficar. E, aliado
a isso, só peço o apoio da minha família que, para mim, é o mais importante.
Terminada esta
entrevista resta-me agradecer à Sara por toda a sua disponibilidade e simpatia
mas, principalmente, por ter aceite responder às minhas questões.
Acompanhem o seu
trabalho através das redes sociais (vou deixar os links aqui em baixo) e fiquem
atentos porque, como a Sara prometeu, novidades estão para chegar em breve...
Mulher cheia de garra e talento! Excelente entrevista :)
ResponderEliminarSem dúvida!
EliminarObrigada :)
Que linda e adorei a entrevista.
ResponderEliminarBeijinhos
www.beatrizcouto.com
Obrigada!
EliminarBeijinhos :)
Gostei muito, não a conhecia e adorei mesmo :) parabéns às duas ...
ResponderEliminarObrigada! :)
EliminarNão conhecia mas gostei de conhecer
ResponderEliminarBeijinhos
CantinhoDaSofia
Facebook
Ainda bem!
EliminarBeijinho :)
r: Sem dúvida!
ResponderEliminarADOREI ADOREI ADOREI! É tão bom ver-te a melhorar a cada dia que passa! Tenho orgulho em ti melhor colega de trabalho <3 <3
ResponderEliminarAwwww tão linda! Obrigada meu amor <3 Sempre tua colega de trabalho já sabes <3 <3 <3
EliminarNão conhecia, amei a entrevista, mega talento!
ResponderEliminarBeijos
http://duranteos16.blogspot.com.br/
Obrigada :)
EliminarBeijinho!
Se sabia, minha querida. Mega obrigado <3
ResponderEliminarMais uma vez adorei ler a entrevista. Não a conhecia mas nota-se que o carisma está lá!!!
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